Domínio Orkut.com é reativado com post contra ódio nas redes sociais após Musk comprar Twitter

É bastante interessante, e talvez não por acaso, que o Orkut ressurja nas manchetes brasileiras bem na semana em que o Twitter foi comprado pelo bilionário Elon Musk. Seu criador, Orkut Buyukkokten, colocou uma carta no domínio histórico orkut.com defendendo um ambiente social mais sadio contra discursos de ódio e amizades mais verdadeiras do que simples likes.

A gente já falou sobre o assunto aqui no blog da Rock Content, então, não vou me estender demais sobre o Twitter. Só queria registrar que o conceito de “liberdade de expressão” de Musk, o qual ignora o poder negativo da propagação de discursos de ódio e fake news, não combina com um ambiente online sadio.

E é neste ponto que Orkut vai.

Problemas de hoje já existiam no Orkut

O Orkut nunca foi um ambiente 100% sadio. Porém, seu criador, Orkut Buyukkokten, antes mesmo de empoderamento de minorias ganhar destaque na rede mundial nos anos 2010, já tratava destas questões como algo importante.

Como repórter, nos anos 2000, o entrevistei duas vezes. Também fiz muitas reportagens sobre os prós e contras do avanço das redes sociais já naquela época. 

Uma das reportagens que fiz tratava do aumento de venda de drogas e crimes de pedofilia na ferramenta. Foi capa do Estadão e chegou a fazer com que representantes do Google, dono da ferramenta, tivessem de depor no Congresso. Eu mesmo tive de depor na Justiça depois como testemunha.

Foi uma discussão necessária naquela época. Uma ONG chamada Safernet ganhou protagonismo por lutar com o Ministério Público para coibir estes crimes. E, em momento algum, o Google se colocou contra estes esforços. Muito menos o criador da ferramenta, o Orkut em pessoa. 

Orkut só queria fazer amigos

Encontrei Orkut Buyukkokten pessoalmente em 2008. Ele havia vindo ao Brasil pela primeira vez para entender o motivo de algo criado por um programador turco ter pegado tanto por estas bandas e não no resto do mundo. Orkut era jovem como eu. Estava aproveitando para ir a festas e baladas, conhecer gente. Mesma vibe da rede social que criou.

O Orkut foi criado mais ou menos como o Facebook. E mais ou menos na mesma época. Se Mark Zuckerberg estudava em Harvard, Orkut estudava em Stanford. A ideia era conectar os alunos. A diferença, entretanto, era o propósito. Zuckerberg queria dar notas para mulheres. O Orkut, integrar classes.

“Vi que era difícil conhecer gente no campus. Queria facilitar a interação entre alunos de classes distintas. E fiz duas comunidades virtuais lá (em Stanford)”, me contou ele numa entrevista exclusiva em um hotel de São Paulo logo após uma coletiva com a imprensa.

Claro, não podemos imaginar o que teria acontecido se o Orkut tivesse se tornado um Facebook. Mas é interessante que, 17 anos depois, e com a compra do Twitter por alguém que pode transformar a ferramenta em um ambiente tóxico, o Orkut use o mesmo domínio que, anos atrás, acessávamos todos os dias para relembrar o básico de uma rede social.

“Nossas ferramentas online devem nos servir, não nos dividir. Elas devem proteger nossos dados, não vendê-los. Elas devem nos dar esperança, não medo e ansiedade. A melhor rede social é aquela que enriquece sua vida, mas não a manipula”, escreveu ele na página.

Claro, o Orkut não citou os problemas com Justiça e Congresso de anos atrás, mas lembrou os esforços que empreendeu para tentar ter um ambiente virtual mais sadio: 

“Trabalhamos muito para tornar o orkut.com uma comunidade onde o ódio e a desinformação não fossem tolerados. Nos dedicamos muito para tornar o orkut.com uma comunidade onde você pudesse conhecer pessoas reais que compartilhavam seus mesmos interesses, não apenas pessoas que curtiram e comentaram em suas fotos.”

De volta ao básico

Eu tendo a ver a coisa um pouco diferente dele. Acredito no valor que o Twitter trouxe para democratizar o acesso às notícias com seu feed ultra veloz, por exemplo.

Também para o Marketing, ao permitir que as marcas falassem diretamente com seus públicos, quebrando o monopólio de poucos veículos de massa no processo e dando oportunidade a empreendedores crescerem com pouco investimento.

Mas também entendo que a crítica dele ao excesso de apego a likes vai bastante de encontro aos vazamentos que mostraram que o Facebook sabia que o Instagram fazia mal à saúde mental de adolescentes e não fez absolutamente nada por interesse financeiro. 

Também compartilho uma certa desilusão: sempre foi lindo ver vozes que nunca seriam ouvidas ganharem destaque nas redes. O empoderamento de minorias cresceu muito por isso: comunidades antes distantes geograficamente conseguiram se unir para exigir direitos.

Ao mesmo tempo, o que poderia ser usado só para o bem caiu em mãos de pessoas manipuladoras. E isto não está perto de se resolver. A compra do Twitter por Musk mostra isso.

É interessante ver uma voz histórica se posicionar nestes tempos. Mesmo se fosse relançado (e é isto que ele dá a entender no final da mensagem), não acredito que o Orkut tivesse mais espaço.

Entretanto, é ótimo ver que ainda há gente que acredita em ferramentas melhores e no espírito que sempre fez a internet evoluir desde a criação do WWW por Tim Berners-Lee: é sobre conectar pessoas, tornar a vida melhor. Não é sobre ódio ou qualquer outra coisa.

Pensemos nisso!

Elon Musk comprou o Twitter. O que vai mudar para os profissionais de marketing?

Goste dele ou não, Elon Musk é um dos bilionários mais excêntricos de nossos tempos. Suas decisões financeiras e investimentos dão o que falar. Até mesmo seus próprios tweets podem levar a discussões acaloradas na internet entre grandes empresas. Com certeza, esta não é a primeira vez que Musk fez algo que nos impressionou.

Apenas três semanas depois de comprar 9,2% por cento do Twitter, o proprietário da Tesla e da Space X, assumiu toda a empresa. Uma reviravolta inesperada, já que os diretores estavam apreensivos com a compra da empresa por Elon.

“A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento, e o Twitter é a praça da cidade digital onde são debatidos assuntos vitais para o futuro da humanidade”

Elon Musk

Todos concordamos que a liberdade de expressão é importante. A questão é que não podemos ignorar suas inúmeras polêmicas, incluindo sua própria visão não convencional sobre a liberdade de expressão, que é considerada radical e pode levar o Twitter a ter mais discursos de ódio e notícias falsas, segundo alguns analistas.

E com certeza não podemos esquecer que nós, profissionais de marketing e donos de marcas que estão no Twitter de forma estratégica, também podemos sentir os danos das mudanças que Musk pretende fazer — na verdade, já estamos sentindo isso: depois de apenas um dia após a aquisição, usuários proeminentes na plataforma têm visto grandes oscilações em suas contagens de seguidores.

Então… o que pode realmente mudar no Twitter a partir de agora? Essa “liberdade de expressão” de Musk aumentará o discurso de ódio e a desinformação? E como isso afeta as marcas que estão no Twitter?

Vamos investigar isso a fundo.

Primeiramente, vamos relembrar o comportamento controverso de Elon Musk no Twitter

O novo dono do Twitter tem alguns antecedentes de controvérsias na plataforma. Um deles recebeu muitas críticas por compartilhar notícias falsas sobre o COVID-19 em 2020. De fato, seu polêmico tweet lhe trouxe problemas com suas próprias empresas e colegas.

Musk já reclamou das ferramentas de moderação do Twitter, embora nem mesmo suas postagens antivacinas e “piadas” de mau gosto envolvendo até Hitler não tenham sido deletadas pela plataforma. Uma vez, ele comparou o último CEO do Twitter, Parag Agrawal, a Joseph Stalin devido a essas mesmas ferramentas de moderação.

Por exemplo, em 2018, ele teve alguns problemas por fazer uma piada sobre as ações privadas da Tesla na plataforma de microblogging. Além disso, muitos de seus acionistas demonstraram desconforto por seu comportamento. E a lista continua.

Em outros cenários, o sul-africano é conhecido por suas atitudes no ambiente de trabalho. Ex-colegas o descrevem como um workaholic. Além disso, suas empresas foram processadas por seus empregados por assédio e comportamento inadequado.

Elon Musk, como um dos maiores bilionários do mundo, tem muito poder na bolsa de valores, assim como na economia internacional. Comprar a maior rede social de microblogging do mercado vai impactar a forma como nos comunicamos com nosso público.

Como marcas, teremos que estar atualizados com todas as mudanças que veremos no algoritmo e novas políticas que estão por vir.

Liberdade de expressão?

Como ouvimos repetidamente nos últimos dias, o foco principal de Musk é melhorar a liberdade de expressão no Twitter. Mas o que isso significa para o bilionário? É importante destacar que ele se autodeclarou absolutista da Liberdade de Expressão (apesar de ser duro com funcionários e críticos), então poderemos ver muito disso nos meses seguintes.

O principal problema é que a visão de liberdade de expressão compartilhada por Musk e outros “absolutistas da liberdade de expressão” é controversa e pode abrir espaço para o compartilhamento massivo de notícias falsas e discursos radicais contra minorias, por exemplo. O próprio Musk já fez publicações antivacinas no Twitter. Como um “absolutista”, o discurso de Musk parece mostrar que ser capaz de transmitir informações gratuitas é mais importante do que ter informações seguras e responsáveis.

Claro, Musk não é jornalista. Mas, como profissionais de marketing de conteúdo, a maioria de nós tem formação em jornalismo, e a regra número um de nossa profissão é: sempre verifique as informações antes de publicá-las. Por quê? Não é apenas uma questão de técnicas. Quando você tem um grande público, você tem um grande poder de divulgar notícias importantes, mas também de fazer a população entrar em pânico se você não for responsável.

Por exemplo, os principais meios de comunicação não publicam histórias suicidas. A razão é simples: há pesquisas que mostram que publicar sobre suicídios faz com que mais pessoas o cometam. O mesmo que divulgar fake news sobre vacinas, por exemplo. Você pode deixar as pessoas com medo de se proteger. Estamos falando de mortes. Qualquer um de nós tem uma enorme responsabilidade antes de clicar em qualquer botão “publicar” na internet.

Mas Musk parece não ter esse histórico e pode encontrar barreiras legais em seu caminho. O Congresso dos EUA está atualmente debatendo alguns regulamentos e leis federais para responsabilizar plataformas de mídia social e grandes empresas de tecnologia por informações compartilhadas dentro de seus domínios digitais. Se eles não tiverem uma maneira claramente definida de evitar desinformação e discurso de ódio dentro de suas plataformas, eles podem ter problemas com a lei.

Funcionários em pânico, usuários preocupados. Todos temendo o pior, mas esperando o melhor

E como a notícia foi recebida pelos funcionários do Twitter e usuários da rede social? Como tudo desde que essa história começou, de forma controversa.

Os funcionários do Twitter estão divididos. Alguns veem a propriedade de Musk como uma coisa boa para fazer algumas mudanças reais na plataforma social e “fazer as coisas”. Outros se preocupam com o que pode ser desfeito, principalmente quando se trata de conter o discurso de ódio ou conteúdo semelhante.

Logo após o bilionário comprar a plataforma social, a advogada do Twitter Vijaya Gadde convocou uma reunião virtual e acabou chorando por causa de suas preocupações sobre como a empresa poderia mudar. Adivinha o que aconteceu a seguir? Ela começou a enfrentar abusos em sua conta no Twitter.

Musk criticou publicamente o trabalho dela, mas a Justiça disse que ele está proibido de fazer postagens como essa durante o processo de aquisição do Twitter.

O ex-dono do Twitter, no entanto, parece otimista com a aquisição, depois de dizer em sua conta pessoal que Elon Musk era a “solução singular em que confia”.

O tweet, no entanto, não foi muito bem recebido pelas respostas dos usuários.

Leslie Miley, CTO da Fundação Obama, sobre o caso.

Bem, se tem uma coisa que estamos nos acostumando com essa aquisição são as polêmicas, preocupações e divisão de opiniões.

Mas, em termos práticos, o que Elon Musk realmente pretende fazer com o Twitter?

Então, o que realmente pode mudar a partir de agora?

Pelo tom de alguns discursos do novo dono do Twitter, podemos especular muitas mudanças (e ficar bastante alarmado com algumas, como mencionamos anteriormente).

Mas, na prática, existem algumas informações que já sabemos sobre possíveis mudanças futuras no Twitter, que podem afetar sua marca na rede social.

Vamos conferir algumas dessas atualizações…

Um algoritmo aberto

Para os seguidores de Musk, o algoritmo deveria ser mais aberto. A hipótese é lutar contra a manipulação e a propaganda massiva. Além disso, essa iniciativa permitiria que os usuários soubessem se seu conteúdo foi rebaixado ou promovido.

Ter um algoritmo mais transparente fará com que os anunciantes repensem seu conteúdo e se concentrem mais em seus usuários. O novo desafio é entregar experiências mais imersivas e manter um ambiente seguro.

Verificação de contas reais

Outra ideia de Musk é ter uma autenticação mais alta usando nomes reais e documentação. Se isso pode soar legal para parar fraudes e robôs, alguns usuários têm motivos legítimos para permanecer anônimos.

Embora a verificação de pessoas reais possa ser uma coisa boa, a desvantagem real é a nova falta de moderação. Isso significa para os profissionais de marketing muito conteúdo sem filtros, o que dá espaço para continuar espalhando mais notícias falsas.

Devemos lembrar que o Twitter é uma das redes sociais que possui menos políticas de moderação em comparação com seus concorrentes. Então, a verificação de contas reais garante um ambiente mais seguro e livre de desinformação? Especialistas e profissionais de marketing afirmam que isso pode ser agravado com as mudanças que Elon Musk quer implementar.

E, é claro, um botão de editar

O botão de editar é uma atualização que muitos profissionais de marketing estavam esperando. No entanto, Elon Musk ainda não tem um plano completo sobre como realizar essa mudança. Temos que levar em conta que um botão de edição completa ou para deletar conteúdo pode ser usado para tirar de contexto muitas mensagens depois que elas forem retuitadas.

A edição de tweets abre espaço para a discussão do assédio online na rede, que pode ser facilmente editado após atingir o público-alvo e gerar revolta nos usuários.

Mas, fugindo desse problema, editar tweets pode ser um recurso incrível para quem cria conteúdo na rede social. Afinal, é muito fácil cometer um erro de digitação ou fazer upload de um arquivo incorreto ao lançar uma campanha.

Este ano foi marcado por muitas mudanças nas redes sociais. Enquanto algumas plataformas procuram reduzir notícias falsas e discursos de ódio, a aquisição de Elon Musk pode significar um passo atrás nesses avanços.

É importante lembrar que o fato de termos menos filtros no Twitter não tira nossa responsabilidade como marcas. Procurar a melhor forma de comunicar os nossos serviços deve ser o nosso norte. Fazendo o equilíbrio perfeito entre o que é realmente significativo para o nosso público e superando o algoritmo.

Instagram muda seu algoritmo de ranqueamento para beneficiar conteúdo original

O ano é 2022 e o mundo está no meio de uma guerra entre plataformas. As principais razões para isso? Atenção, retenção e criação. Ao longo dos anos, vimos como o Instagram dominou o mercado de redes sociais e como basicamente se tornou o selo “oficial” para determinar se uma pessoa poderia ser considerada um influenciador ou mesmo um criador de conteúdo. Mas muita coisa mudou nestes últimos anos, especialmente as regras do jogo de conteúdo.

Como estratégia para manter as pessoas dentro da plataforma e valorizar criadores, o Instagram anunciou que atualizará seu algoritmo de ranqueamento para beneficiar conteúdos originais.

Embora isso possa parecer uma notícia empolgante, ainda não foram divulgados detalhes sobre o que de fato serão essas atualizações, como e quando podemos esperar qualquer mudança. Não está claro se, por “conteúdo original”, o Instagram está se referindo a recompensar os criadores pela originalidade ou incentivar a criação de mais conteúdo exclusivo do Instagram.

Mas temos alguns palpites sobre como essa nova atualização pode afetar os profissionais de marketing e a criação de conteúdo dentro da plataforma social. Vamos entender isso em detalhes.

Uma guerra pelos vídeos curtos

Após a pandemia do COVID-19, as marcas perceberam que, para manter os usuários consumindo seu conteúdo, era necessário não apenas ter uma interface prática e criar um bom conteúdo, mas também de uma forma original que chamasse e mantivesse a atenção do público (e eles também viram que uma das melhores formas de fazer isso era trabalhar junto com os criadores), para vencer a escalada do crescente número de pessoas consumindo vídeos curtos para entretenimento rápido.

Pensando nisso, temos duas marcas que são protagonistas nessa guerra de plataformas: Instagram e TikTok.

O TikTok se tornou um grande sucesso não só pelo formato de vídeos curtos, mas também pelas formas dinâmicas de criar conteúdo com reações, parcerias (as chamadas collabs) e por estar bem alinhado com a indústria da música.

Mas mesmo com tudo isso, o Instagram ainda era o lugar para ser reconhecido como influenciador, então o mais prático a fazer era criar conteúdo com todas as ferramentas do TikTok e repostá-lo no Instagram. E o que o Instagram fez para evitar isso? Limitar o alcance orgânico de vídeos com marcas d’água de outras plataformas. Isso não deu muito certo.

Como o TikTok foi se tornando cada vez mais popular com o passar do tempo, o Instagram decidiu dar mais um passo para manter os usuários dentro da plataforma. Eles descontinuaram o IGTV. Tiveram resultados com disso? Não muito, na verdade.

Mas no ano passado, vimos o Instagram tentando se tornar “mais TikTok”, até mesmo alegando que não era mais um aplicativo de compartilhamento de fotos.

Mas o que todas essas ações têm em comum? Nenhuma delas está realmente focada nos criadores de conteúdo nem na experiência deles com a plataforma. Era basicamente apenas fazer o que o concorrente faz e usar o nome da marca para ficar no topo. Mas não estamos em 2018 e essa estratégia não funciona mais.

Demorou quase 2 anos para a marca perceber que os criadores são como clientes e promotores de marca. Se eles não se sentirem à vontade ou se não se sentirem respeitados por seu trabalho, eles simplesmente partirão para outra plataforma. Finalmente entendendo isso, o Instagram decidiu atualizar seu algoritmo para favorecer conteúdos originais.

Originalidade é fundamental

O que nós, como profissionais de marketing e criadores de conteúdo, podemos esperar disso? Bem, podemos dizer que é um pequeno passo para o Instagram, mas um grande passo para o mercado. De acordo com o Head do Instagram Adam Mosseri: “Se você cria algo do zero, deve obter mais crédito do que se estiver apenas repostando algo que encontrou de outra pessoa. [Dessa forma] faremos mais para tentar valorizar o conteúdo original, principalmente em comparação com o conteúdo repostado.”

Isso não significa que o conteúdo que foi editado fora da plataforma antes de ser publicado será penalizado, segundo Mosseri, “a ideia é se você fez, é original”. E isso também é um bom termômetro para ver se a maioria dos vídeos são editados fora da plataforma, o que significa que as ferramentas de edição do Instagram devem ser aprimoradas, então podemos esperar alguns anúncios futuros relacionados a essa nova atualização do algoritmo.

Por enquanto, vamos aguardar o que realmente vai mudar no Instagram em um futuro próximo. Se a rede social está realmente tentando criar uma comunidade de criadores engajados, valorizar o trabalho deles é uma boa maneira de começar.

Não se esqueça de que essa atualização também pode prejudicar muitas contas que têm suas estratégias baseadas apenas em Conteúdo Gerado pelo Usuário, principalmente se seus seguidores também estiverem postando o mesmo conteúdo em seus perfis. Mas teremos que esperar por testes e ferramentas futuras para ter uma resposta.

‘O segredo de uma boa newsletter está na consistência, paciência e qualidade em cada edição’, afirma editora da Bits to Brands

“Quando foi a última vez que você fez alguma coisa 100 ou 150 vezes?”. Com essa indagação, Beatriz Guarezi, editora da newsletter Bits to Brands e Brand Manager na Liv Up, sustenta a importância de ser consistente em nossas ações de Marketing.

A Bits to Brands existe desde 2018 e hoje conta com cerca de 15 mil assinantes. É uma newsletter focada em temas relacionados a branding, tecnologia e tendências em marketing. Já a Liv Up é uma food tech brasileira que oferece alimentos naturais e saudáveis produzidos por produtores locais, unindo-os com os consumidores por meio de tecnologia.

Guarezi participou da nossa Jam Session, série de entrevistas com os maiores nomes do Marketing do Brasil e do mundo. No webinar, ela compartilhou seu conhecimento sobre criação de conteúdos para newsletter e como gerar engajamento com E-mail Marketing.

Segundo ela, mesmo que redes sociais como TikTok e Instagram estejam em alta e sejam o foco de Marketing de muitas empresas, conteúdos por e-mail têm benefícios únicos. Por meio de newsletters, é possível criar um ambiente muito mais controlado e personalizado para sua audiência, que escolheu estar ali para ter acesso aos seus conteúdos, afirma. 

“A caixa de entrada tem o papel hoje de ser o lugar onde registramos as coisas mais importantes. Você abre com calma para ver o que chegou e se vale a pena a leitura ou não”, analisa. Segundo ela, enquanto nas redes sociais somos levados a consumir conteúdo a partir dos algoritmos e pelo excesso de informações, a newsletter propõe um espaço em que o leitor escolhe o momento ideal para ler.

Além disso, afirma, é uma excelente oportunidade para criar um vínculo interessante com a audiência. Para Guarezi, a newsletter cria um espaço íntimo entre marca e audiência no meio do ambiente acelerado da internet. “Quanto mais acelerado e movimentado fica o universo das redes sociais, mais as pessoas gostam e priorizam a tranquilidade e a calma de saber que a newsletter vai estar no e-mail para quando elas quiserem abrir.”

Você pode conferir esses e outros insights sobre conteúdos para newsletter na entrevista completa. Beatriz ainda fala sobre principais estratégias para manter uma audiência engajada, tendências para 2022 e 2023, erros a se evitar e muito mais.

Assista à entrevista no vídeo abaixo ou leia a transcrição.

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Transcrição

[Marina – Rock] Boa tarde, é um prazer muito grande estar aqui com vocês! Meu nome é Marina Cordeiro, sou gerente de Marketing na Rock Content e vamos começar mais um webinário da série Content Experience – Jam Session. Esta Jam Session é parte de uma série de webinários onde entrevistamos especialistas do mercado sobre diversos temas, como Marketing, vendas, conteúdo, mídia paga e muito mais. Aqui nosso objetivo é dar conselhos, compartilhar tendências e as melhores práticas para impulsionar as empresas em seus resultados.

Hoje, eu tenho uma especialista muito querida. A gente já teve a oportunidade de se conhecer pessoalmente e dividir lanches lá em Belo Horizonte. E deixo aqui também meu abraço para o Paulino, que fez essa ponte para a gente se conhecer. Ela, que é nossa 15ª convidada, mestre em Marketing internacional pelo International Business School, atua com branding desde 2013, é brand manager da Liv Up desde 2020, professora na Tera, na PR3 e na Alura, ou seja, muito professora! Foi senior brand strategy executive da Ana Couto e é reconhecida entre os top 10 palestrantes do RD Summit 2019, evento que eu acho que volta ao presencial este ano. Vai ser sucesso!

Além disso, ela mantém uma newsletter semanal desde 2018 que inspira mais de 15 mil profissionais, a Bits to Brands. Beatriz, seja muito bem vinda, estamos muito felizes de ter você aqui com a gente!  

[Beatriz Guarezi – Especialista] Que chique! Não tenho nem roupa para essa introdução (risos). Obrigada! Eu adoro vocês e não canso de falar que é sempre um prazer estar com a Rock Content. Felizmente não é a primeira vez que estou em um evento de vocês. Lembro quando eu comecei a trabalhar com Marketing Digital, que eu lia muitos e-books da Rock sobre o que é SEO, o que é Marketing de Conteúdo… Eu fui muito usuária e consumidora dos conteúdos de vocês, então é um prazer poder contribuir com as pessoas que podem estar com as dúvidas que eu já tive ou até dúvidas novas conforme o mercado vai evoluindo.  

E nos vemos em Florianópolis para o RD Summit este ano! 

[Marina – Rock] Você já está em Florianópolis? 

[Beatriz Guarezi – Especialista]  Eu estou! Eu sou de Florianópolis, mas moro em São Paulo, e estou esta semana de férias em Floripa. Estou muito animada para o stand da Rock no RD Summit, porque é sempre o melhor stand, com as melhores camisetas… Quero ver o que vocês vão aprontar esse ano! 

[Marina – Rock] Agora a expectativa ficou grande, socorro! Mas a gente vai entregar, pode deixar. 

[Beatriz Guarezi – Especialista] Se tem alguém na live que já foi no RD Summit, sabe que as blusinhas da Rock Content são sempre um caos, todo mundo quer e chega no terceiro dia de evento as pessoas já estão usando as camisetas que ganharam no primeiro e no segundo dia. 

[Marina – Rock] Todo mundo uniformizado! Bia, para a gente começar nossa conversa, eu queria que você falasse um pouco mais sobre a sua trajetória profissional para quem ainda não te conhece: como é que foi esse começo no mundo das marcas e como você chegou a criar uma newsletter sobre o assunto de branding e tecnologia. 

[Beatriz Guarezi – Especialista] Eu fiz faculdade de administração em Florianópolis e sempre soube dentro do universo da administração que eu queria trabalhar com Marketing. Sempre foi o que eu mais gostei. Teve um momento que eu caí na reflexão de por que as pessoas compram o que elas compram, por que as coisas valem o que elas valem, e não tem como passar por essas perguntas sem olhar para marca. Eu achei isso muito interessante. A diferença entre uma camiseta custar X e custar 100X ou 1000X é a marca. Então, me perguntei: o que tem aí? Qual é esta fórmula, esta construção? Foi assim que eu comecei. Ainda dentro da faculdade, já estava mergulhada nos livros, nas teorias, nos métodos, e fiz meu TCC sobre branding.

Saindo da faculdade, eu fui para consultoria de branding em Floripa mesmo e passei quase dois anos fazendo o posicionamento e o reposicionamento para marcas aqui da região. Depois, eu passei um ano nos EUA para fazer meu master na Hult e para me aprofundar um pouco mais em Marketing. Como eu tinha me formado em administração e tinha ido trabalhar com consultoria, eu sentia um pouco a falta de mais conteúdo e lá eu descobri o mundo mágico da tecnologia. 

Eu estava em Boston em 2015, ano que a Uber tinha acabado de chegar em São Paulo. Quando eu cheguei nos EUA, já tinha um monte de opção, como Uber, Lyft, etc. Então, eu entrei num universo que me mostrou quanta coisa não existia em nossas vidas e ia começar a existir – e essas coisas se tornam marcas, se tornam palavras que a gente usa e fazem parte do nosso dia a dia.

É isso o que eu amo, é essa disciplina que eu adoro, esta área que é muito fascinante e pensei: isso vai fazer toda a diferença daqui a pouco, então, é aqui que eu quero morar. Foi esse o momento que eu tive de branding e tecnologia. Quando eu voltei para o Brasil, eu tive uma certa dificuldade de me encontrar profissionalmente nessa intersecção, porque, quando ia para o lado de tecnologia, as pessoas queriam profissionais de Marketing Digital. Estávamos no auge do inbound, dessas metodologias de growth. Todo mundo se aprofundando e aprendendo e acho que as empresas de tecnologia estavam muito atrás desse tipo de perfil. Ao mesmo tempo, tinha consultoria de branding que estava atendendo todo o tipo de cliente. Eu via essas disciplinas meio afastadas e, tentando me encontrar, eu acabei aceitando uma oportunidade na Ana Couto, que foi onde eu passei dois anos fazendo consultoria para várias marcas muito legais, mas para branding

Passei esse tempo pensando em como eu gostava de tecnologia e como não existia um lugar para falar de branding e tecnologia misturados. Aí me veio a ideia: “Se não existe, deixa eu criar”. E assim surgiu a Bits to Brands, que é uma newsletter semanal começada do zero. Era eu comigo mesma. Escolhi a newsletter porque esse sempre foi meu jeito favorito de consumir conteúdo. Eu tenho muito FOMO (fear of missing out), estou sempre nas redes sociais, acompanhando tudo o tempo inteiro e nunca fico completamente atualizada. 

Eu assinava todas as newsletters dos profissionais que eu mais admirava e dos canais que eu mais confiava para me manter informada, então, era um ambiente como esse que eu queria construir para as pessoas. Três anos depois, estamos aqui, com quase 15 mil assinantes, alunos, palestras, eventos, espalhando a palavra da newsletter, do conteúdo, do branding e da tecnologia. Acho que eu realmente consegui construir esse espaço para o mercado e para mim mesma onde a gente realmente mistura os assuntos e explora essa intersecção do jeito que eu sempre quis fazer. 

[Marina – Rock] Muito bacana! E e-mail é uma coisa mágica. Quando eu cheguei na Rock, entrei como analista de E-mail Marketing, e na época, eu vim muito pelo frisson de querer uma experiência de startup – como estavam todos falando desta empresa, eu queria participar e ver como é. Me inscrevi para duas vagas que eram a de analista de Marketing Digital, que depois vim a entender que seria para o time de CS, que ajuda as empresas/clientes, e a de E-mail Marketing. Na época, para minha tristeza, me selecionaram para a de E-Mail marketing e eu pensava que ia ter que mandar spam para as pessoas! Como minha entrevista tinha sido maravilhosa e eu gostei muito da pessoa que seria minha gestora, acabei indo. 

Quando eu aprendi de verdade o que seria um E-mail Marketing, uma newsletter de qualidade, eu percebi que tinha uma ideia completamente errada, pois tem muito valor, gera muito engajamento, é muito mágico. Você comentou que está desde 2018 com a Bits to Brands e cresceu sua base do 0 para 15 mil pessoas inscritas. Ao longo dessa trajetória, quais foram os seus aprendizados, como você analisa a mudança do canal de 2018 até 2022, levando em consideração os impactos da pandemia também. Como você sentiu tudo isso?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Eu posso falar sobre dois grandes aprendizados que servem não só para minha trajetória, mas para quem está ouvindo a gente e que vai começar uma newsletter, está se desenvolvendo no Marketing Digital ou tem projetos e trabalha com qualquer tipo de canal.

A primeira coisa que você aprende é que o segredo de tudo está na consistência. É impossível fazer uma coisa uma vez, duas vezes, 10 vezes, 20 vezes e não sair diferente lá na vigésima primeira. No mínimo, você aprendeu e se desenvolveu durante o processo. Com sorte, dedicação e talento, vai ter conquistado uma audiência e vai ter trazido pessoas com você nessa jornada. Para mim, uma lição muito chave dos últimos anos é o poder que a construção consistente, paciente e de qualidade de uma edição de cada vez tem. 

[Marina – Rock] É como um atleta que vai praticando sempre, com frequência, até que chega um grande campeonato e ele consegue uma performance incrível. Aquilo não surge do dia para a noite, é o resultado de muitos dias. 

[Beatriz Guarezi – Especialista] Exatamente. E é 100% uma maratona e não os 100 metros rasos, aproveitando a sua metáfora. A Bits to Brands vai fazer 160 edições, são 160 semanas.

Quando eu completei 150 semanas, as pessoas falavam muito: “Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?”. O começar, a motivação, o start, o pulo é muito importante. Mas e depois que você pula? Por que ninguém glamouriza o quando foi a última vez que você fez alguma coisa 100 vezes? 150 vezes?  Então eu acho que a consistência é uma lição, algo super importante para mim.

A segunda coisa que eu aprendi nessa jornada é que tem espaço na internet pra todo mundo. Às vezes, ficamos muito pirados achando que o nicho está saturado, que já estão falando do seu tema, que é preciso fazer TikTok porque o Instagram não faz mais sentido, que é preciso estar aqui e ali, que é preciso muita coisa. Mas, na realidade, em 2018 quando eu criei um projeto de conteúdo, eu estava mandando e-mail para as pessoas. 

E em 2018, as pessoas já me falavam: “Nossa, Bia, você vai mandar e-mail? E-mail é tão anos 90, quem manda e-mail?” Hoje, desde ano passado, na verdade, temos falado em newsletter muito mais naturalmente do que se falava há 4 ou 5 anos. Isso era uma coisa que me dava medo. Eu pensava que podia estar criando no canal errado, despendendo um esforço, uma energia em um canal que não ia viralizar, que as pessoas não estavam usando, porque, na época, estava todo mundo criando perfil no Instagram.

Hoje em dia, eu sinto que o jogo virou de certa forma, porque esse canal que eu escolhi – e não foi uma escolha estratégica, foi por afinidade – é o mesmo que as pessoas estão correndo atrás, porque passaram muitos anos criando loucamente para o Instagram e perceberam que vivem num espaço alugado. Enquanto a minha audiência é minha, a minha base está ali por causa de mim, em um ambiente que eu escolho quando escrevo e eles escolhem quando vão ler, em uma coisa muito mais saudável e tranquila. Não foi algo que eu previ há 4 anos, mas minha dica é criar o que você tiver afinidade em criar, onde você se sente mais confortável. Porque a qualidade e a consistência você só consegue ter quando gosta de verdade do que está fazendo e é isso que vai te levar a algum lugar. 

[Marina – Rock] É engraçado pensar que a newsletter vai passando por picos de interesse. Há muito tempo na época da internet nascendo, as pessoas mandavam e-mail porque ter um site era uma coisa de outro mundo. Mas já era possível ter um endereço de e-mail e se comunicar por ali. De repente, os sites ficaram mais acessíveis e todo mundo achou que o e-mail morreu. Tinha notícia em jornal dizendo que E-mail Marketing tinha morrido. Agora o site saiu de cena novamente, o ouro está nas redes sociais – até perceberem que elas são do Mark Zuckerberg. Não são exatamente nossas. E aí o pessoal lembrou que tinha esse canal lá de trás que serve a esse propósito lindamente e fornece mais controle. Então, o e-mail não morreu, está aqui mais uma prova, estamos aqui para confirmar isso.

E aproveitando que a gente já falou um pouquinho do RD Summit, na sua palestra em 2019, você comentou que o e-mail é a primeira rede social usada pelas pessoas.  Na sua opinião, por que isso se mantém até hoje?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Eu acho que o e-mail tem trocado de papel e de utilidade, mas eu brinco que o e-mail foi a primeira rede social porque era um ambiente onde a gente interagia. Quando eu estava no colégio e até na faculdade, criava grupos de e-mail. Tinha o grupo da sala e era um grupo de e-mail. Eu trocava e-mail com as minhas amigas quando elas iam viajar, a gente escrevia cartas por e-mail em uma era pré-Orkut. Os nossos ambientes de interação e troca podem ter mudado, mas acho que a caixa de entrada permanece um espaço que é muito privado, muito seu. O seu e-mail é a sua identidade na internet – para tudo você cadastra o e-mail. E a caixa de entrada tem o papel hoje de ser o lugar onde registramos as coisas mais importantes – não tem mais aquele papel de trocar mensagens rápidas. É um lugar que você abre com calma para ver o que chegou e se é importante ou não.  

Eu brinco muito sobre a relação que as pessoas têm com o e-mail: é só pensar assim, nos Stories, você está vendo fulano, ciclano, propaganda e assim por diante. Aquela propaganda faz parte da sua navegação, ela não incomoda – incomoda um pouco, mas faz parte do ambiente que você está, ela não irrita. Quando você está na sua caixa de entrada e tem e-mail, e-mail, e-mail, spam ou uma pessoa desconhecida te mandando e-mail, aquilo provoca uma sensação de invasão, aquele pensamento: “O que isso está fazendo na minha caixa de entrada?” Não sei vocês, mas eu sou muito assim. Detesto spam, detesto que adivinhem meu endereço de e-mail, que me mandem e-mail que eu não pedi para receber, que vendam meu e-mail em uma lista. É uma coisa que irrita a gente.

E isso porque a caixa de entrada é o nosso ambiente controlado na internet, nós controlamos quem entra ou não, o que recebemos ou não. Há esse senso de importância, privacidade e organização em relação a nossa caixa de entrada que nenhum outro ambiente na internet tem. 

No início, ela tinha essa lógica mais social de interação e hoje tem essa lógica mais de privacidade e organização das informações que são mais importantes para cada um. 

[Marina – Rock] Super consigo me relacionar. Esses dias apareceu um e-mail em russo na minha caixa de entrada e fiquei pensando por onde estava andando meu e-mail! Alguém cadastrou alguma coisa, digitaram errado e veio para mim – mas levei um susto! 

Eu tenho uma caixinha escrito “importante” no meu e-mail de quando eu fiz intercâmbio e mandava e-mails para os meus pais. Aquilo é um diário vivo, é só ir lá que eu consigo ver tudo que escrevi e a resposta deles. É realmente muito privado, por isso, quando chega algo em russo, a gente se assusta (risos).

Uma coisa que percebemos falando de comportamento da internet é que as coisas estão ficando cada vez mais aceleradas. Com a pandemia, todo mundo voltou para o ambiente online. Acho que isso acelerou muito a aceitação das empresas tanto com o trabalho remoto como para ambientes online – eles viram que funciona e é uma experiência diferente. Isso está mudando a forma como a gente consome o conteúdo, estamos cada vez mais bombardeados – e se a pessoa sente FOMO como você falou, socorro – porque tem informação vinda de todos os lados. 

Como você acha que esse comportamento se reflete na maneira como as pessoas consomem as newsletters?

[Beatriz Guarezi – Especialista]  Eu acho que as newsletters vêm na direção oposta a isso tudo. Quanto mais excesso, mais barulho, mais FOMO sentimos nas outras redes sociais, mais aceitas são as newsletters como um lugar para consumir quem você quer consumir e quando você quer consumir. Eu, por exemplo, mando um e-mail toda quinta-feira de manhã, tenho uma relação com minha audiência de que toda quinta-feira de manhã vai chegar um novo e-mail na caixa de entrada deles com a curadoria das principais coisas que aconteceram. 

Às vezes, a pessoa segue vários perfis no Instagram e não consegue ver os conteúdos porque teve um problema, estava de férias ou não conseguiu acompanhar o Linkedin, o Twitter, mas não importa, porque uma vez por semana vai chegar uma seleção na caixa de entrada dela no horário determinado. A newsletter não vai te pegar de surpresa e não é o algoritmo que vai determinar se você recebe ou não o conteúdo naquela semana. Não é um conteúdo aleatório, eu tenho um compromisso com você, eu cumpro esse compromisso e você escolhe o momento da sua rotina que você quer dedicar a atenção para aquilo.

Tem pessoas que leem a newsletter só no final de semana. Então, ela chega na quinta-feira, fica guardada até o sábado ou domingo quando a pessoa tem mais calma. Tem gente que me escreve – e acho isso muito legal – falando que passa um café para ler a newsletter. É um momento da pessoa, ela organiza a cabeça e a rotina para quando ela vai consumir aquele tipo de conteúdo. Nenhuma outra rede social dá esse privilégio para a gente de ter somente a informação que escolhemos, no ritmo que queremos consumir. 

Então, eu acho que, quanto mais acelerado, mais movimentado fica o universo das redes sociais, mais as pessoas gostam e priorizam essa tranquilidade e essa calma de saber que aquilo vai estar no e-mail para quando elas quiserem abrir. 

[Marina – Rock] Uma coisa que você falou que eu acho que é a chave da sua newsletter e que faz com que ela seja uma das minhas favoritas é “curadoria”. No começo do ano, eu sou bombardeada com as tendências de Marketing para o ano novo e vou só arquivando porque sei que você vai compilar tudo em uma newsletter e eu não preciso ler todos os relatórios. Muito obrigada por isso (risos).

Eu queria que você falasse um pouquinho sobre como funciona a curadoria para fazer esse conteúdo que pode ser consumido sem essa pressa e sem esse tumulto. 

[Beatriz Guarezi – Especialista] Eu presto esse serviço para as pessoas de fato. Inclusive, estou fechando o relatório de tendências de 2022 da Bits to Brands e ele não é um exercício apenas de apostas minhas – eu leio pelo menos 25 dos principais relatórios de tendência que saem todo ano e dali eu vou escolhendo, vou ligando os pontos e vou construindo aquelas que dentro do nosso contexto fazem mais sentido. 

Isso já fala um pouco do meu processo de curadoria. Eu falo de tecnologia e branding. É a origem da Bits to Brands e são as duas áreas que eu quis conectar. Desde a primeira edição da Bits, eu fiz a escolha de que não queria falar sobre esses assuntos apartados em uma seção de branding e seção de tecnologia. Eu queria pescar coisas que fizessem sentido tanto para um lado quanto para o outro. Então, minha curadoria vai muito por esse caminho: não vou falar sobre o lançamento de um produto só porque está todo mundo falando. Eu quero que aquilo tenha relevância para esses diferentes públicos para que a pessoa consiga se relacionar com aquilo. Não interessa de onde ela está partindo. 

Isso é uma coisa que eu prezo muito na curadoria. E outra coisa que eu falo muito para meus alunos é que a curadoria não pode ser uma atividade com hora marcada para fazer. Se você faz curadoria para a empresa, para sua própria newsletter ou para o seu perfil, não existe o “das 9h às 10h vou ler para selecionar o que vai entrar”. Eu estou sempre lendo coisas, consumindo coisas e o fato de ter colocado as principais fontes de curadoria dentro da minha presença digital muito naturalmente faz com que eu esteja sempre pescando coisas que vão para a Bits.

Para mim, o principal segredo é que não é uma atividade com hora marcada para ser feita. É o jeito que eu existo na internet. Se tornou um hábito e uma prática para mim, é isso que faz a diferença na hora de montar a newsletter. Quando chega a semana, eu já sei as coisas que vão estar ali ou não. 

[Marina – Rock] Você vai pesquisando um pouquinho todo dia e quando chega a hora consolida o que estava absorvendo. E quando a gente fala de newsletter, aliás, de E-mail Marketing como um todo, uma das coisas que eu escuto muito aqui na Rock como parte do time de Marketing é que, muitas vezes, os clientes comentam que “ninguém engaja comigo nesse negócio de E-mail Marketing”. Mas a pessoa mandou um e-mail esperando milhões de reais surgirem como resposta a isso. 

Não é assim que funciona. Já falamos um pouquinho que precisa ter constância e planejamento. Mas quais você considera que sejam as principais estratégias para manter uma audiência engajada com o conteúdo da newsletter?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Eu amo essa coisa do “ninguém engaja comigo”. Ela só perde para “minha taxa de abertura é muito baixa, ninguém abre meus e-mails”. 

De uma base de 20 mil leads do cliente, só 2% abrem o e-mail, por exemplo, mas se você questionar de onde vieram aquelas pessoas, 5 mil vieram de um evento, 5 mil de um material rico, outros 10 mil de não sei onde, mas nenhum daquelas 20 mil pessoas pediu para assinar a sua newsletter.

Então, a newsletter chega na caixa de entrada sem eles terem pedido e o cliente acha ruim que eles não abriram. Uma coisa que é muito importante na lógica de E-mail Marketing como um todo, mas principalmente falando de newsletter, é a permissão.

É o “eu quero receber esse conteúdo na minha caixa de entrada”. Parece óbvio, mas vemos uma quantidade de gente que cria um conteúdo muito bom, que dá trabalho, que tem qualidade, mas que envia na caixa de entrada de uma pessoa que deixou o e-mail num pop-up genérico como “receba nossas atualizações” – ela não sabe o que ela vai receber, quando vai receber, ela não te pediu explicitamente para receber aquilo ali. 

Uma coisa que faz a diferença é escrever “receba atualizações de Marketing de Conteúdo toda sexta-feira às 10h da manhã na sua caixa de entrada”. Aí a pessoa deixa o e-mail dela ali e quando chega o e-mail na sexta-feira, a chance dela abrir e engajar com aquilo já é muito maior do que se ela tivesse apenas recebido aquilo porque passou num stand da Rock no RD Summit e queria a blusinha, por exemplo. 

Meus alunos questionam que eles têm 20 mil leads, então, estou dizendo que eles não podem falar com eles? Claro que podem, só que, quando for mandar uma newsletter para esses 20 mil leads, a primeira coisa a fazer é perguntar: quer receber minha newsletter

É importante enviar uma newsletter teste com duas opções: quer continuar recebendo, clique aqui OU não quer receber, clique aqui. Um explícito sim ou não. É possível enviar um convite especial, um teaser da newsletter, as cinco edições mais interessantes dos últimos tempos, etc, mas essa pergunta faz com que a relação comece com o pé direito.    

A qualidade do engajamento das pessoas com sua newsletter começa lá no momento que eles depositam o e-mail para receber aquele conteúdo. Esta é a primeira dica que eu quero deixar aqui.

A segunda dica é que a newsletter é um espaço de conteúdo. Não é necessariamente um espaço de Marketing e vendas. Isso é uma distinção importante para fazer na estratégia de E-mail Marketing e newsletter. Quando pensamos em E-mail Marketing, pensamos em réguas de nutrição, em uma pessoa que te conhece superficialmente ou muito bem, que já comprou ou ainda não, que fez um carrinho, deixou um carrinho… Você sabe quem é aquela pessoa na fila da sua base de leads e você vai colocando conteúdos e estratégias para fazer com que ela se torne consumidora. Isso é E-mail Marketing e não tem absolutamente nada de errado com isso desde que essa pessoa tenha te fornecido o e-mail dela. 

Quando a gente fala de newsletter, temos frequência fixa, uma lógica de conteúdo e atualização e não uma lógica de vendas. Acho que é aí que as pessoas se confundem um pouco e depois a culpa cai para as newsletters. Não é! Com o E-mail Marketing, você não tem o compromisso de ter um horário fixo na caixa de entrada das pessoas – pode ter, mas não é obrigatório. Com a newsletter, não: existe esse compromisso, pois é isso que cria um ritual na cabeça da pessoa, como, por exemplo, passar um cafezinho nas quintas-feiras porque tem Bits to Brands na caixa de entrada. Ou quando é quinta-feira e não tem Bits to Brands na caixa de entrada (como hoje que estou de férias), as pessoas sentem falta e se questionam: “Cadê a newsletter que elas queriam?” Com o E-mail Marketing, não funciona assim. 

Então, com a newsletter, existe a frequência fixa e a entrega de conteúdo e atualização – não necessariamente sobre você, sobre as atualizações do seu produto, da sua empresa, a não ser que você tenha clientes extremamente apaixonados. 

Eu acho que a newsletter é um lugar para ser um pouco menos auto referente e buscar uma curadoria e conteúdos que vão servir àquela pessoa, independente do interesse dela. Por exemplo: você trabalha com um software de RH, recrutamento e seleção, e o seu público é de pessoas que trabalham com recursos humanos. Quais são os livros que aquelas pessoas podem ler? Quais são os artigos interessantes, as revistas de gestão, as reportagens que passaram na TV, os vídeos no Youtube, as TED Talks que podem interessar? Pega essa internet toda e pensa o que pode ser muito útil e muito valioso para essas pessoas. Aí, você entrega um pouquinho por semana.

Tem um mundo de conteúdo na internet que essas pessoas não estão dando conta de consumir. A newsletter é, de certa forma, uma prestação de serviço que fazemos para as pessoas através do conteúdo. O erro mora quando as marcas acham que a newsletter é somente uma plataforma para gerar tráfego para o próprio site, para gerar download para o próprio e-book, para gerar gente para o próprio evento. Isso pode ser parte da relação semanal com as pessoas, mas se você ficar sendo auto referente, quantas vezes elas vão querer realmente se atualizar sobre sua empresa? Com qual frequência elas vão querer realmente saber sobre o que vocês publicaram? Será que toda semana elas vão estar interessadas na novidade do blog ou sei lá o que? É isso que a gente tem que começar a se questionar. 

Falei várias coisas, mas é isso: primeiro, por onde começar essa relação. Aquela pessoa pediu para receber a newsletter? Ela aceitou receber? Foi convidada a receber a newsletter? Se não, já pode ter alguma coisa errada e a culpa não é da newsletter. 

Outra coisa é o valor que você está entregando na caixa de entrada daquela pessoa na frequência prometida. Se você está ali só gerando tráfego para o seu próprio site, blog ou eventos – ou se acha que vai envelopar como newsletter um tanto de CTA  e um monte de gatilho para vendas -, então, realmente, as pessoas vão parar de se engajar. 

[Marina – Rock] Uma coisa que eu falo muito quando o pessoal vem com dúvidas é que, antes de escrever um e-mail, seja newsletter ou E-mail Marketing, é importante parar e pensar: você pegaria o telefone e ligaria para passar essa mesma informação? Geralmente, o e-mail começa: “Nós, que somos uma empresa maravilhosa, temos esse produto e tal tal tal.”  Mas este e-mail foi escrito para a empresa e não para mim, porque ele só quer falar da empresa. O e-mail tem que ser escrito pensando no que aquela pessoa vai gostar ou não. Não é aquilo que você gosta de falar sobre si. Às vezes, acontece algo legal e vem a ideia de mandar para todos da base de contatos um e-mail avisando, por exemplo, que nossa empresa ganhou a premiação XYZ. Mas você pegaria o telefone para dizer que ganhou o prêmio XYZ? A pessoa do outro lado provavelmente dirá: “Mão sabia, parabéns.” E aí fica aquela conversa esquisita. Por e-mail, é exatamente a mesma coisa, porque estamos tentando comunicar uma coisa que não é do interesse do outro lado. 

É diferente quando você fala ou faz um serviço para a audiência. Por exemplo, eu falei que não estou preocupada com os relatórios do ano porque sei que a Bits to Brands vai fazer uma curadoria e explicar de onde veio a informação. Caso eu queira mais detalhes, posso ir na fonte e acompanhar por lá também, é completamente diferente. Já que você está me fazendo esse favor – eu estou aguardando, Bia -,  é exatamente esse o modo como a gente tem que pensar. 

[Beatriz Guarezi – Especialista] Exato. Eu acho que esse é o papel do Marketing de Conteúdo dentro de uma estratégia e a newsletter é um canal que simboliza muito isso, pois é um lugar onde estamos apenas ajudando a pessoa – vamos entregando, entregando e entregando e é assim que vamos conquistando a confiança, ficando cada vez mais presente na cabeça das pessoas. De novo, não vamos enviar uma newsletter para faturar uma meta de vendas, ela não serve para isso. 

É preciso pensar em um universo onde você ou sua marca não publicam conteúdo e as pessoas sentem falta disso – é possível e esse universo está ali na caixa de entrada. É a lógica que se constrói quando se faz bem feito. Então, é só ajustar um pouco os objetivos e as expectativas, mas tendo isso ajustado, eu acho que tem muito valor para ser criado e trocado ali dentro.   

[Marina – Rock] Excelente troca! Outra coisa que me deixa em alerta é que as pessoas querem mandar e-mail, mas não querem responder. Eu estou sempre de olho com a galera do meu time. Se eu tenho o direito de mandar e-mail para qualquer pessoa, aquela pessoa tem que ter o direito de me responder. Não me venha com o no-reply. Quando eu vejo escrito no-reply, é descadastro na hora, por que só um lado pode falar? Assim não. 

E eu queria saber com você: as pessoas respondem muito, você responde a elas, como funciona?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Tem uma mágica que acontece que as pessoas me mandam muitos e-mails e é muito especial. Apesar da minha newsletter ter o nome Bits to Brands e ter uma temática, eu assino com meu nome, as pessoas sabem que estão recebendo um e-mail que fui eu quem escrevi, sempre foi assim. Também não foi uma decisão estratégica, era só a forma como eu queria fazer, mas hoje eu vejo o quanto isso estreita a minha relação com a audiência. Um exemplo muito simples que posso te dar é: eu escrevo como Beatriz Guarezi, nome e sobrenome no remetente e assino os e-mails como Beatriz. Em inúmeros e-mails, as pessoas escrevem para mim e dizem: “Oi, Bia”. E eu nem conheço essas pessoas, mas elas sentem que me conhecem. Isso é muito legal porque a newsletter tem esse quê de pessoalidade que, se você ler uma, duas, três vezes, já é possível começar a entender o meu estilo, as coisas que eu gosto, o que eu seleciono… Vamos criando uma relação muito próxima e isso é uma coisa que eu recomendo dependendo da empresa e do tipo de estratégia. 

É interessante ter uma pessoa que personifique aquilo ou criar uma linguagem própria, uma certa informalidade, pois o e-mail tem também esse lado – você mesma falou, Marina, que a gente trocava e-mail com quem gostava no início da internet – existe essa coisa de uma pessoa escrevendo para outra. Pessoalizar um pouco não é nada mal e as pessoas respondem muito bem a isso. Eu tenho vivido este tipo de troca há mais de 3 anos e tem sido sempre muito legal. 

[Marina – Rock]  Bacana! Então, pessoal, assinem a Bits to Brands e respondam o e-mail da Bia para ver se ela responde mesmo que vocês vão descobrir mais. 

[Beatriz Guarezi – Especialista] Às vezes, melhor dizendo quase sempre, eu demoro para responder. A Bits é meu projeto pessoal, mas eu tenho minha carreira em paralelo. Então, pensa que eu tenho minha caixa de entrada pessoal, minha caixa do trabalho, a caixa da Bits, as mensagens do Instagram pessoal, as mensagens do Instagram da Bits, as mensagens do LinkedIn, meu Whatsapp, Twitter – são 8 caixas de entrada diferentes e apenas uma Beatriz. Eu às vezes, demoro para responder por questões de saúde mental, não consigo estar ali o tempo todo, mas eu sempre respondo, sempre. 

Caso alguém aqui nesta live esteja pensando que “ela não responde, eu escrevi em janeiro e ela não responde”, eu juro, eu sempre chego lá. Às vezes, eu só demoro um pouquinho (risos).

[Marina – Rock] Galera, estamos quase chegando ao final da live, quem tiver dúvidas pode mandar no chat. Inclusive, se vocês tiverem sugestões, podem colocar no chat as newsletter favoritas de vocês. Eu amo trocar figurinha de newsletter, é legal para a gente ir conhecendo o que cada um gosta. 

Mas antes de passarmos para as perguntas da audiência, eu queria saber um pouquinho sobre o que você acha de tendências para newsletter. O que você acha que vai começar a crescer muito mais agora em 2022 e 2023, o que podemos esperar para este canal?

[Beatriz Guarezi – Especialista]  A newsletter por si só representa uma tendência nos últimos tempos, temos visto que os pedidos para “assinar newsletter” têm crescido muito. Eu brinco que o “assine minha newsletter” é o novo “arrasta para cima”. Tanto porque o arrasta para cima não existe mais, quanto porque tem cada vez mais newsletters criadas em diferentes nichos e tamanhos convidando as pessoas para essa troca mais íntima na caixa de entrada. 

Há algum tempo, eu assinei a newsletter da Dua Lipa – inclusive, se alguém não sabia, a Dua Lipa tem uma newsletter onde ela faz uma curadoria e comenta um pouco sobre o lugar onde está, recomenda restaurantes, é super legal. Pensa: você está ali recebendo uma cartinha da Dua Lipa por e-mail. Eu nem sou fã e estou lá observando, pensa como não é legal para os fãs. Fica a dica. 

O Tiago Leifert saiu do Big Brother e começou a escrever uma newsletter. Acho que temos visto uma tendência da newsletter se oficializar como um espaço para estar mais perto das pessoas. Não é só aquele stories feito para viralizar, para milhares de pessoas ao mesmo tempo. O e-mail é algo feito somente para quem assinou, para aquele clube de pessoas.

Existem duas tendências que eu acho que vale a pena explorar dentro dessa plataforma. A primeira é a questão das recomendações. A Bits to Brands cresceu organicamente, eu nunca investi em mídia paga para ter assinantes, foi uma pessoa recomendando para outra. Mas hoje em dia, já existem estratégias para potencializar a recomendação que é através de recompensas. 

A newsletter pioneira nisso foi o Morning Brew, uma das maiores newsletters do mundo, e o pessoal do The News importou essa ideia. Quem assina sabe. Quanto mais amigos você recomenda, mais brindes você ganha e, com isso, eles estão escalando absurdamente a newsletter deles. Acho uma estratégia super inteligente de member get member, não só para newsletter, mas também para todo tipo de produto ou serviço que as pessoas puderem recomendar umas para as outras. 

A segunda coisa é essa lógica de comunidade, de olhar os assinantes da sua newsletter como um conjunto de pessoas que têm um interesse em comum e não só como sua audiência. Não é só seu para eles, mas como eles conseguem trocar uns com os outros?

Uma coisa que eu já testei várias vezes na própria Bits é abrir espaço para os assinantes dentro da newsletter: como as pessoas podem conhecer umas às outras no ecossistema da Bits to Brands. É uma tendência para todos os canais quando a gente fala em comunidade, vou, inclusive, falar de comunidade no relatório de tendências da Bits to Brands, mas a newsletter é um lugar bem legal para explorar isso também.

[Marina – Rock] Legal. Essa estratégia de member get member é sucesso absoluto em todo lugar. Há muito tempo, eu assinava a The Hustle, que foi comprada pela HubSpot, e eu pirava que ia ganhar os adesivos da The Hustle porque indiquei para todo mundo do Marketing da Rock. Tinham camisetas também, mas eles entregavam somente nos EUA, aí complicou. E ainda tinha uma pontuação dizendo há quantos dias eu estava abrindo a news. Era gamificação e engajamento. 

[Beatriz Guarezi – Especialista]  Inclusive, a Rock Content demorou para distribuir as blusinhas do RD Summit para as pessoas que mais baixam, compartilham e recomendam o conteúdo de vocês. Fica essa estratégia! 

[Marina – Rock] Vou promover uma coisa no final do webinário, quem sabe se alinha com isso. Produção, vai conferindo aí o estoque de blusinhas (risos).

[Beatriz Guarezi – Especialista]  Aí, vocês mandam pra minha casa pra me agradecer pela ideia (risos)

[Marina – Rock] Pode deixar! Bom, a outra pergunta que eu ia fazer, acho que você já respondeu, era como crescer a base. Acho que você já comentou que as pessoas foram recomendando umas às outras, mas acho que a sua presença em diversas mídias também ajudou a ampliar o alcance da Bits. Olha, gente, dá para crescer uma newsletter sem o investimento em mídia paga, mas também tudo bem se você quiser investir, não tem problema. A Rock é muito escola inbound, mas não temos nada contra a mídia paga. 

Vou passar para as perguntas da galera que o chat está bombando. Vou começar pela Laize. Quais erros não devemos cometer quando lançamos uma newsletter?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Acho que a gente falou um pouco disso durante nosso papo: é você não confundir uma newsletter com o restante de sua estratégia de E-mail Marketing. Deixa sua estratégia de E-mail Marketing rolar com as réguas, conteúdos, call to actions, gatilhos, promoções, descontos, e etc, deixa ela ser feliz e cheia de resultados. Trate sua newsletter como um canal de conteúdo. Dê esta atenção especial para ela e garanta que você tem não só a permissão, mas o desejo explícito daquela pessoa de receber aquele conteúdo.

Aquele exemplo que a gente deu: você tem uma base de 20 mil pessoas. Mas se aquelas pessoas não pediram a newsletter, você investiu tempo, cuidado e curadoria em um conteúdo que a pessoa nem entendeu porque está recebendo e com o qual ela nem vai se engajar. Use as 20 mil pessoas como o primeiro passo para construir a base e envie uma edição especial. Dessas 20 mil, se 200 pedirem para receber, tudo bem, começa com elas. Depois, segue convidando a base que você já tem e confia na qualidade do conteúdo, na constância, para que essas 200 possam ir recomendando para outras pessoas e assim ir crescendo.

Começar a tratar newsletter como newsletter e não como E-mail Marketing para garantir que todas as pessoas que estão recebendo, por mais que comece um pouco mais devagar, que sejam pessoas que querem receber seu conteúdo. Depois, isso faz diferença na taxa de abertura, no engajamento, nas recomendações e assim vai. 

[Marina – Rock] Inclusive a pergunta da Laize me deu uma ideia: erros. Quem trabalha com E-mail Marketing está ciente que vai errar. Este é o primeiro aprendizado que eu passo para quem é novo no meu time: “Oi, seja bem-vindo, você vai mandar um e-mail errado. Não precisa se desesperar, nem ter ansiedade, é normal, todo mundo erra.” Mas eu não me lembro de ter recebido uma errata da Bits to Brands. Como você faz, termina a edição respira um dia e revisa depois, qual é o seu processo?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Vai rolar uma exposed party agora porque eu nunca falei sobre isso em público, mas o meu processo é muito mais caótico do que eu gostaria. Muitas vezes eu termino a newsletter às 2h da manhã e agendo para chegar nas pessoas às 8h do dia seguinte. Eu mesma escrevo, reviso, testo os links, faço um ritualzinho e vou dormir. 

Geralmente eu termino as Bits nas quartas-feiras à noite, tem dias que mais cedo, tem dias que mais tarde. Depende de como está a semana. Às vezes, eu deito na cama e fico pensando se tem alguma coisa que eu perdi. Eu me levanto da cama, reviso mais uma vez e deito de novo. 

Tem três coisas que eu sempre fico muito atenta. A primeira é a numeração: vou completar 160 edições e nunca numerei errado, mas estou esperando o dia que isso vai acontecer; a segunda é o horário – uma coisa que eu já errei foi isso, pois eu mando em plataformas americanas e eles tem o am e o pm, então, tem uma ou outra edição que foi em horário errado, porque eu agendei errado; e a terceira coisa é sempre testar os links. Eu sempre clico em tudo para garantir que não tem nada quebrado. 

Por enquanto tivemos sucesso. Temos método? Não temos método. 

[Marina – Rock] Boa! Esse processo de testar é fundamental. Eu sempre digo que tem que clicar em tudo, até no link de social do final para ver se está tudo certo. Mas se for algo errado, respira, ninguém vai morrer, passamos uma errata e tranquilo, segue o jogo. 

Vamos agora para a pergunta da Mari Valadão: Oi, Bia! Conteúdos que são uma lista de notícias onde, para saber mais, precisa clicar em links ainda são eficientes (quando a newsletter é um compilado de links de notícias para saber mais) ou é mais eficaz fazer um único conteúdo mais robusto direto na newsletter?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Vamos lá. Eu dou uma aula de newsletter onde eu passo no detalhe por esse tipo de assunto e eu vou abrir turmas para o mês de abril e maio, então, assinem a Bits to Brands que eu vou anunciar por lá. Mas por que eu estou fazendo merchan da minha masterclass? Porque isso que você perguntou vai muito de acordo com a proposta de valor da sua newsletter. O que vai determinar a quantidade de conteúdo, a quantidade de links, a profundidade… Existe newsletter, por exemplo, onde o propósito é atualizar, as pessoas assinam pelos updates, então se essa newsletter tiver muito texto, reflexão e etc, ela não vai estar cumprindo o que prometeu, que é atualizar. Para esse tipo de proposta, pode ser uma série de links onde a pessoa vai sabendo o contexto que aquilo aconteceu e se aprofunda se quiser. 

Tem newsletter que cumpre a proposta de desenvolvimento pessoal e profissional. Eu assino por exemplo a newsletter da Esther Perel, ela é uma terapeuta especialista em relacionamentos. Recomendo a quem se interessar que veja as TEDs dela. Ela manda a newsletter uma vez por mês como uma carta sobre um tema específico, como uma reflexão sobre relacionamentos. Ali, não faz o mínimo sentido a Esther Perel me mandar uma lista com 10 links. Eu quero saber o que ela acha, quero ver ela elaborando sobre o assunto. 

Então, é muito sobre o que você se propõe a entregar para as pessoas, não tem fórmula exata. No meu caso, por exemplo, eu tenho uma mescla. Eu exploro um tema com um pouco mais de profundidade, que vira um texto de 5 ou 6 parágrafos –  eu tento não escrever muito – e dali em diante é curadoria. Eu escolho uma ação, uma coisa interessante, inspiradora, eu mando uma série de links mais curtinhos e eu dou uma dica mais aleatória de entretenimento ou conteúdo para as pessoas. Vai muito do que você quer consumir e do que se propõe a entregar para as pessoas, mas não tem fórmula errada não. 

[Marina – Rock] Agora vamos para a pergunta da Gabriela. Os assuntos da newsletter devem ser necessariamente iguais aos posts do site, por exemplo? Como escolher os melhores tópicos e chamar a atenção para o clique?

[Beatriz Guarezi – Especialista] Eu acho que, se você tem um site ou um blog onde segue uma editoria específica, sua newsletter tem que ser parte dessa estratégia de conteúdo numa continuidade. Qual é a liberdade que a newsletter te dá?

A questão da curadoria. Às vezes, no seu site ou no seu blog, você vai escrever textos inteiros sobre um ou outro tema por questões de SEO, por questões de educação da audiência, por questões de liderança de pensamento… Agora, na newsletter, você pode trabalhar nas editorias os tópicos que já trabalha no seu site ou blog com complementos e é aí que entra a curadoria: você vai complementando aquilo com coisas interessantes que se relacionam com aquele texto. 

O que eu não recomendaria é você fazer uma newsletter 100% somente sobre coisas que você escreveu. Eu acho que tem muito espaço para servir a comunidade e a sua audiência, construir outros tipos de pontos em comum, humanizar a empresa. 

Se decidir compartilhar os conteúdos do seu blog, complemente com o livro que o seu especialista está lendo na semana, com o TED Talk que vai ajudar na carreira do seu lead, um evento no setor que ele pode aproveitar, trazer uma empresa parceira para trazer algum benefício, etc. Enfim, pensar em coisas que você pode variar um pouco para não ficar só no seu próprio site/blog e aproveitar a oportunidade para oferecer um pouco de curadoria. Mas em termos de temas e editorias, eu manteria o que você já faz para sua marca como um todo. 

[Marina – Rock]  Tem uma pessoa aqui que não escreveu o nome, escreveu “foi minha mentora no Tera.” Provavelmente, é alguém que já foi seu aluno. A pergunta é: “Bia, você acha que a newsletter pode ser um espaço legal para fazer pesquisas ou pedir sugestões e feedbacks entre os assinantes como forma de ampliar a comunicação entre marca e empresa?” 

[Beatriz Guarezi – Especialista] Acho que pode ser super, ela tem esse potencial de troca um a um que não deve ser subestimado. Eu, inclusive, faço pesquisa todo ano com meus assinantes. Eu mando um formulário para saber qual o valor que as pessoas tiram da Bits to Brands, por que elas estão ali, o que elas mais gostam, o que menos gostam, o que elas querem comentar, e com base nesse feedback eu vou sempre evoluindo a newsletter. Então, não vejo nenhum problema, muito pelo contrário – é possível tornar a newsletter esse espaço de relacionamento mais estreito e convidar as pessoas para comentar, responder, se fazerem ouvir. 

Mas é o que a Mari comentou: você tem que responder também. Tem que ser uma via de mão dupla. Se você pede opinião para a pessoa e ela vai te escrever um e-mail sobre aquilo, garanta que há uma estratégia de dar algo em troca por isso: seja responder aquele e-mail, seja enviar um conteúdo exclusivo – já que você sabe que ela gosta do conteúdo da sua empresa – enfim, tentar pensar em uma recíproca. 

[Marina – Rock] Eu acho que ajuda bastante quando a gente explica o motivo da pesquisa. Por exemplo, um formulário que vai demorar 5 ou 10 min para responder e, hoje em dia, “time is money”, então, é interessante explicar para sua base o que você precisa, o que está tentando entender, assim, a pessoa já entende qual o propósito. Se ela gostar da newsletter, ela consegue dar 5 ou 10 min do tempo dela porque faz sentido. Assim a gente consegue ajuda.

Reforçando: é só deixar bem claro porque você quer essas informações e depois dar um retorno para as pessoas sobre os resultados. Por exemplo: “Com a pesquisa, descobrimos que nossa audiência é feita por x, y, e z; tantos são de São Paulo, vamos virar uma comunidade?” Uma coisa puxa a outra.

E, para finalizar, pois estamos quase batendo o nosso tempo, Douglas perguntou: “Queria saber como uma empresa conseguiria rentabilizar uma newsletter?”

[Beatriz Guarezi – Especialista] Existem diferentes maneiras de você rentabilizar uma newsletter. Algumas das principais são: 

1- aproveitar a base, a comunidade interessada no seu conteúdo para vender outros tipos de conteúdo. No meu caso, por exemplo, eu tenho uma audiência que curte meu conteúdo, minha curadoria. O que eu fiz? Criei masterclasses, estruturei o meu modelo de pensar curadoria de conteúdo, meu modo de fazer a newsletter e comecei a vender isso para as pessoas. 

Você pode usar a newsletter como divulgação para produtos que façam sentido para aquela audiência. Então, isso é uma maneira de rentabilizar. 

2- Outra maneira é cobrar por assinatura. Tem plataformas próprias para isso. Você pode ter uma newsletter gratuita, uma paga ou o modelo “freemium”, por exemplo: uma newsletter semanal que, para receber toda semana, é preciso pagar a assinatura e você pode receber uma versão gratuita uma vez por mês. Eu assino criadores de conteúdo que fazem isso. Para você ter acesso ao conteúdo deles como um todo, é preciso pagar a assinatura. Senão, você tem acesso só a um pedaço. 

O contrário também é verdadeiro. Você pode ter no seu modelo grátis uma constância semanal, mas se a pessoa quiser receber uma edição especial, diferente, mais aprofundada, ai ela paga a assinatura. 

3- Rentabilizar é criar produtos para a audiência da newsletter, cobrar assinatura e a terceira coisa é usar a newsletter como plataforma de mídia, o que eu tenho explorado um pouco na Bits to Brands recentemente. Mas a grande referência disso hoje no Brasil é o pessoal da AdNews

Basicamente, é colocar um espaço de anunciante dentro da sua newsletter. Qual a questão aqui? Você não vai simplesmente jogar um banner dentro da newsletter, porque assim você está usando errado a plataforma. 

Se estamos em um lugar onde a pessoa passa um café, dedica a atenção, abre o que você tem a dizer, ao começar a poluir isso com muito Marketing, perdemos a relação de confiança. Então, como inserir marcas ali dentro que vão se beneficiar do contato com sua audiência é uma coisa que vale ser pensada, mas que é uma forma bem interessante de rentabilizar. 

Eu, por exemplo, tenho explorado o modelo que é um anúncio, uma seção anunciar patrocinada, onde tenho um anúncio que faço questão de escrever do meu jeito, no meu tom e isso já é avisado para as marcas que chegam para conversar comigo: eu vou escrever e eles vão aprovar, mas vai ficar do meu jeito essa recomendação,

Também estou começando a trabalhar com branded content. Ao invés de colocar um publi no meio da newsletter, eu faço toda a newsletter na temática daquela marca e coloco “esta newsletter é um oferecimento da marca tal.”  

A minha última newsletter foi o oferecimento de uma marca e foi super legal porque eu pedi a liberdade criativa: “É sobre isso que vocês querem falar? Legal, deixa eu escrever do meu jeito para conectar com a minha audiência.”.Foi um sucesso absoluto, a taxa de abertura foi ótima, as pessoas compartilharam muito, falaram muito sobre o assunto e eu acho que foi bom para a marca e para mim também.

Sobre rentabilizar: é você pensar em como criar produtos para aquela audiência, como você pode cobrar assinatura, pelo que você pode cobrar assinatura, e por fim, pensar a newsletter como plataforma de mídia trazendo marcas que queiram se conectar com sua audiência. 

[Marina – Rock] Muito bom, deu a chave, o segredo do sucesso. Galera, falamos tanto de newsletter que já vamos seguir a escola Bia Guarezi de lançamento e eu gostaria de convidar vocês: a Rock Content vai lançar sua newsletter interativa na próxima segunda-feira. Se você não sabe o que é conteúdo interativo, a equipe vai colocar um link no chat para aprender um pouco mais, mas conteúdo interativo é aquele que permite que sua audiência participe da construção de conteúd, e que você, como profissional de Marketing, capture alguns dados que são relevantes para sua estratégia. Estamos lançando a The Beat. Já está rodando nos Estados Unidos e agora estamos trazendo para o Brasil. Quem tiver interesse, aqui embaixo na página já tem um formulário. Então, se inscrevam para receber nossa newsletter, queremos todo mundo abrindo, taxa de abertura lá em cima, já que todo mundo pediu pra receber a newsletter e não vai receber de qualquer forma. 

Queria também agradecer a sua presença, Bia, foi um papo maravilhoso e eu deixo aberto para você fazer o seu merchan.

[Beatriz Guarezi – Especialista]  Maravilhoso! Inclusive já estou curiosa para saber o que é uma newsletter interativa e porque eu não sou uma newsletter interativa ainda! Já vou assinar para descobrir mais sobre o que é isso (risos).

Quero convidar também as pessoas que estão interessadas em newsletter e E-mail Marketing para participar da minha próxima masterclass. São 6h de conteúdo onde a gente fala do início, meio e fim, vamos da proposta de valor até estratégias de rentabilização. Vou abrir as próximas turmas nas próximas semanas e todas as informações vão sempre estar na Bits to Brands que também chega na sua caixa de entrada toda semana com tendências de comportamento e tecnologia para marcas. A gente faz uma salada maravilhosa de cultura pop, entretenimento, branding, tecnologia, conteúdo, tendências. Convido todos vocês a fazerem parte da minha comunidade. Não só a aprenderem mais sobre newsletter, mas também a trocarem conteúdo comigo – estou disponível nos meus canais no LinkedIn e no Instagram caso tenham dúvidas ou interesse em saber mais sobre como trabalhar anúncios na Bits to Brands para a empresa de vocês, é só chamar. Mandem jobs, estamos explorando também essas possibilidades. 

Foi um prazer estar aqui com vocês, muito obrigada pelo convite!

[Marina – Rock] Muito obrigada a todos que participaram, que mandaram dúvidas, que vão se inscrever em todas as newsletters. Uma boa semana para todo mundo! Até mais! 

Conteúdo Extra

Muito além de um produto, uma marca: Rock in Rio

Quais os principais ensinamentos e inspirações que a marca Rock in Rio pode trazer para os estudos em branding? Isso é o que Beatriz respondeu em sua monografia no Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

No trabalho, ela analisa diversos conceitos ligados a Marketing, marca, consumidores e comunicação e relaciona esses elementos à marca Rock in Rio a fim de realizar uma análise crítica do comportamento da marca.

Para quem quiser conferir o trabalho completo, ele está disponível no site da biblioteca da Udesc.

Tendências de comportamento e tecnologia para 2022

A Bits to Brands, gerenciada por Beatriz, construiu um grande relatório de tendências sobre marketing digital para 2022. São 35 páginas de conteúdo, divididas em cinco grandes tendências para este ano. São elas: TikTok, comunidade, entretenimento de marca, influência genuína e valor virtual.

Para visualizar o documento completo, basta clicar aqui e se inscrever na newsletter!

Réguas ou fluxos de nutrição

Durante sua entrevista, Beatriz frisou diversas vezes a importância da régua de nutrição (ou fluxo de nutrição) para newsletters e E-mail Marketing. Esses fluxos são sequências de email enviadas para uma base com diversos objetivos, seja para melhorar o relacionamento com clientes, retenção, geração de vendas entre outros.

Aqui no blog, nossa Supervisora de Marketing Marina Cordeiro (que entrevistou a Beatriz nessa Jam Session) já escreveu sobre como criar um fluxo de nutrição e também como transformar visitantes em leads e nutri-los com email marketing. Vale a pena a leitura!

Inscreva-se na The Beat, a newsletter da Rock Content!

Como dito durante a conversa, a Rock Content lançou uma newsletter interativa e semanal com tudo de mais importante sobre o mundo do Marketing Digital, a The Beat.

Toda segunda-feira, na sua caixa de e-mail, você pode receber as principais tendências da nossa área analisadas pelo time que mais entende de Marketing de Conteúdo no Brasil: a Rock Content, é claro!

Como? Aqui, só trabalhamos com permissão. É só se inscrever. Bora?

5 vezes que marcas usaram NFTs para branding, experiências únicas e para gerar resultados

Os NFTs (os famosos Tokens Não Fungíveis) são uma realidade que não pode mais ser ignorada — e parece que marcas pioneiras estão se aproximando deles cada vez mais.

Embora algumas pessoas ainda estejam se familiarizando com o conceito (se você não entende completamente o que é um NFT, não se sinta um alienígena: pesquisas mostram que somente 12% dos americanos sabem o que o termo significa), o fato é que essas tecnologias estão em ascensão meteórica (em 2021, os NFTs cresceram 11.000%). E algumas marcas estão adotando estratégias muito criativas com isso — e gerando resultados igualmente meteóricos para si mesmas.

Coachella, Super Bowl, Adidas, Dolce & Gabanna e MAC são apenas alguns dos muitos exemplos de marcas e empresas que utilizaram os NFTs de forma estratégica para alcançar maiores resultados em suas campanhas e proporcionar uma experiência diferenciada e única aos seus clientes.

Neste artigo, exploraremos mais esses exemplos e mostraremos como as marcas estão usando NFTs, quais resultados estão obtendo e quais insights você pode absorver para sua marca — usando ou não essa nova tecnologia.

Só para lembrar… o que são NFTs mesmo?

NFTs (Non-Fungible Tokens), ou Tokens Não Fungíveis em português, são códigos únicos, distintos e insubstituíveis registrados pelo sistema blockchain, a mesma tecnologia utilizada em criptomoedas como Bitcoin e Ethereum.

Se você quiser explorar mais sobre o assunto, eu recomendo que você leia este artigo. Agora, vamos explorar como o NFT tem sido usado pelas marcas como parte de sua estratégia!

Coachella Music & Arts Festival e NFT Blooming Flower

Se você é uma daquelas pessoas que, assim como eu, gosta de um bom festival de música, provavelmente já percebeu que o grande hype deste mês de abril foi o Coachella Valley Music and Arts Festival. Este é um festival popularmente conhecido pela sua duração, realizado em dois fins de semana completos, e pela grande variedade de artistas de todo o mundo.

Este ano, além das grandes atrações e artistas convidados, uma atração específica chamou a atenção do público participante: os NFTs. O festival ofereceu a todos os participantes pagantes uma imagem digital NFT de uma flor que desabrochou nas duas sextas-feiras do festival.

O Coachella 2022 também trouxe outras tecnologias, como metaverso e pagamento sem dinheiro, para misturar experiências presenciais com marketing virtual, e se tornou um bom exemplo da importância do marketing de engajamento na era pós-pandemia.

NFTs como ingressos para eventos

Como você viu no exemplo anterior, os NFTs oferecem vantagens para o mercado de entretenimento hoje, como shows, cinema e esportes, pois são códigos únicos, distintos e insubstituíveis.

Um dos ganhos que as marcas podem ter é a geração de um item colecionável para os fãs, como um ingresso. De caixas de fósforos a carros de luxo, o mercado de colecionáveis ​​movimenta bilhões de dólares anualmente e desperta a curiosidade de pessoas ao redor do mundo. Algumas empresas perceberam a atração de seus consumidores pelos colecionáveis ​​de suas marcas e decidiram unir a paixão dos colecionadores de itens físicos ao mundo dos NFTs.

Para proporcionar a experiência de coleta de ingressos aos seus consumidores, algumas marcas já decidiram lançar seus ingressos em versão totalmente digital. É o caso da franquia NFL, que decidiu transformar ingressos de seu maior evento anual, o Super Bowl, em NFTs colecionáveis.

O clube de futebol brasileiro Vasco da Gama recentemente fez parceria com a Block4 (empresa brasileira especializada na criação de NFT colecionáveis ​​) para emitir ingressos NFT para os torcedores do time.

No universo do entretenimento, a rede de cinemas AMC distribuiu 86 mil NFTs para quem comprou ingressos para o filme “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”. No caso do festival Coachella, foram lançados NFTs que garantem acesso vitalício ao evento. Isso só foi possível graças à tecnologia blockchain.

Usando as tecnologias NFT e blockchain para emissão de bilhetes, marcas e consumidores se beneficiam da segurança contra a falsificação dos itens vendidos. Com o blockchain, um código único é gerado no ingresso e esse código é facilmente verificado pelos organizadores do evento, podendo até ser criado como um código intransferível e bloqueado para revenda. Isso comprova a autenticidade do ingresso e verifica se ele está sendo vendido por um organizador legítimo, evitando a falsificação do ingresso e fornecendo rastreabilidade do ingresso para controle de fraudes.

NFTs como mercadoria digital

As empresas da indústria da moda estão em alta no hype da NFT. Em março passado, a plataforma virtual Descentraland realizou seu primeiro desfile, criando uma Semana de Moda totalmente virtual e imersiva. Marcas como Dolce & Gabanna, Tommy Hilfiger, Forever 21 e Paco Rabanne desfilaram na semana de moda e a plataforma gerou engajamento de fãs e abriu novos precedentes para desfiles e aproximação com o público. Além da experiência de participar de um desfile de moda, o evento também vendeu NFTs de roupas e acessórios das marcas presentes nos desfiles.

NFTs como exclusividade

Algumas empresas têm utilizado os NFTs como forma de proporcionar experiências únicas aos seus clientes. É o caso da vinícola californiana Robert Mondavi, que decidiu lançar o primeiro rótulo de vinho vendido pela NFT no mundo. Existem apenas 1996 garrafas colecionáveis ​​e rastreáveis ​​pela tecnologia blockchain.

Cada NFT de vinho é vendido por USD$ 3.500 e tem uma chave para desbloquear um resgate de garrafa. Isso seria uma receita potencial de USD$ 6,9 milhões de dólares. Nada mal, não é mesmo?

NFTs para angariação de fundos

Algumas marcas também são conhecidas por sua atuação em responsabilidade social. Os NFTs abriram novas oportunidades para eles mudarem a forma como arrecadam dinheiro para esses movimentos sociais que apoiam. A MAC Cosmetics, por exemplo, venderá NFTs colecionáveis ​​para arrecadar fundos para apoiar organizações na luta contra o HIV/AIDS.

NFTs abrem novas oportunidades não apenas para marcas, mas também para organizações sem fins lucrativos. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) iniciou a venda de uma coleção de 1.000 NFTs para arrecadar fundos para a promoção do acesso à internet para estudantes em escolas de todo o mundo. A Hope for Haiti em parceria com a FXG anunciou o lançamento de NFTs para arrecadar dinheiro para as vítimas de um terremoto no Haiti.

Quais são os resultados que as marcas estão tendo com os NFTs?

Hype ou não, os NFTs movimentam altos valores no mercado desde 2021, quando foram transacionados USD$ 25 bilhões, quebrando o recorde desde sua criação.

Marcas atentas pularam no hype da NFT e estão lucrando com isso. A Adidas, por exemplo, movimentou cerca de 43 milhões de dólares em NFTs em parceria com Bored Ape Yatch Club, Punks Comics e GMoney.

Além dos ganhos financeiros, as marcas vêm conquistando resultados de branding com seus clientes, entregando experiências exclusivas aos clientes, criando um senso de comunidade e aproximando com mais facilidade um público mais jovem sintonizado com as novas tecnologias.

A quebra de barreiras entre o universo físico e o digital proporcionou uma série de penetrações em mercados antes inimagináveis ​​para as marcas, como o mercado de games e entretenimento, e até visibilidade em ações de impacto social.

Como as marcas levaram marketing virtual para o Coachella com pagamentos sem dinheiro, NFTs e o Metaverso

Depois de uma pausa de dois anos em razão da pandemia, o Coachella Valley Music and Arts Festival voltou em abril deste ano, representando uma oportunidade extraordinária para as marcas alcançarem seus consumidores novamente com experiências de marketing presencial. Mas como elas estão aproveitando isso?

Parece que este ano os profissionais de marketing optaram pelo poder das experiências digitais, incluindo pagamentos sem dinheiro, tie-ins no Metaverso, NFTs, objetos virtuais e muito mais. O marketing presencial volta a ganhar força com o mundo digital, e as marcas estão apostando nele como nunca.

Neste artigo, vamos falar sobre como as marcas estão combinando ferramentas de marketing da vida real e virtual em festivais como o Coachella para marcar seus públicos de forma duradoura e a importância do marketing de engajamento na era pós-pandemia.

Vamos lá?

E se você quiser receber artigos como este em sua caixa de entrada, assine nossa newsletter interativa abaixo!

Marcas estão apostando no patrocínio de festivais novamente

A indústria da música ao vivo teve uma queda de quase 30% na receita de patrocínio para eventos nos últimos anos, em decorrência da pandemia. No entanto, agora que os festivais de música estão de volta, a receita de patrocínio está aumentando novamente.  

Empresas de setores emergentes, como o das criptomoedas e de transportes, a exemplo da Coinbase, estão voltando a patrocinar festivais como o Coachella.

Experiências ao vivo são poderosas e as marcas sabem disso

Os profissionais de marketing estão aproveitando o poder das experiências ao vivo mais do que nunca, combinando ferramentas da vida real e de marketing virtual para oferecer uma experiência superior ao seu público.

Um exemplo claro disso é a parceria entre o Fortnite da Epic Games e o Coachella. O jogo trouxe roupas inspiradas em festivais que os jogadores podem comprar durante o evento. Além disso, as músicas dos artistas do Coachella deste ano ficaram disponíveis em uma rádio no jogo, para que os jogadores pudessem ouvi-las enquanto dirigiam seus carros.

Marketing no Metaverso

As marcas também estão usando o metaverso para dar vida a novos recursos.

A Absolut Vodka criou uma experiência no Decentraland, um mundo virtual 3D chamado “Absolut.Land”, em conjunto com uma experiência para os participantes presenciais do festival. No Metaverso, havia uma réplica virtual do Coachella onde as pessoas podiam jogar, colecionar wearables NFT e até ganhar ingressos para a segunda semana do festival. Incrível, não é?

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A marca investiu 10% do seu orçamento anual de marketing para a campanha do Coachella e 80% foi para o digital, o que reflete seus esforços para se firmar como uma empresa inovadora.

Marcas que estão encontrando caminhos para entrar no marketing no Metaverso se destacam entre seus concorrentes, pois conseguem proporcionar experiências simultâneas, atingindo um público mais amplo.

Além disso, o Metaverso oferece infinitas possibilidades para as marcas darem vida a novos elementos e experiências.

A ascensão dos NFTs

EM 2021, vimos o boom dos NFTs. De acordo com estatísticas do mercado de NFT, o valor de todas as transações globais de NFT atingiu US$ 10,7 bilhões somente no terceiro trimestre de 2021.

Os profissionais de marketing estão percebendo o potencial de usar NFTs para construir e atender uma comunidade, e é por isso que eles estão trazendo esse conceito para experiências ao vivo.

E o Coachella não estava por trás disso. O festival lançou três coleções de NFTs que incluíam 10 tokens que concedem aos proprietários acesso vitalício a um fim de semana do festival todo mês de abril, além de experiências virtuais do Coachella para sempre.

Mas este não é o único festival que está criando experiências com NFTs. O Lollapalooza anunciou recentemente que está se unindo ao Bored Ape Yacht Club para lançar crachás NFT chamados POAPs (Proof of Attendance Protocol). São tokens para atestar a presença ou participação em um evento que, além de ser uma recordação virtual, permite o acesso a determinadas comunidades e surpresas.

Outra marca que planeja usar POAPs em festivais como Governor’s Ball, Stagecoach e Lollapalooza é a Bud Light Selterz. O principal objetivo dela é aproveitar esses recursos para criar interações contínuas com os clientes e aumentar a fidelidade à marca.

Marcas como a Cîroc também estão usando NFTs para vender produtos como sua nova Vodka Spritz, dando aos consumidores a chance de acessar eventos virtuais com artistas famosos para promover a marca e levando seu produto a um público totalmente novo.

E não vamos nos esquecer da Verizon, que também planeja oferecer NFTs que podem ser trocados por benefícios em casas de shows.

Pagamentos sem dinheiro

Transações sem dinheiro vêm aumentando em todo o mundo e, neste ano, elas desempenharam um papel importante em festivais de verão como Coachella, Lollapalooza e BottleRock Napa Valley.

Marcas como PayPal e Venmo estão oferecendo pulseiras RFID cash-free que contêm um chip vinculado às contas PayPal e Venmo do participante para permitir pagamentos sem dinheiro. Rápido e fácil!

Inove e crie experiências significativas

Com o retorno gradual dos grandes eventos e a retomada das atividades presenciais, as marcas apostam em aliar a vida real e o marketing virtual para oferecer experiências marcantes ​​e atingir um público maior.

Inovações como o Metaverso, NFTs, recordações virtuais e filtros em Realidade Aumentada serão os principais ativos para as campanhas de marketing nos próximos anos. Embora essas ferramentas funcionem muito bem sozinhas, elas têm um impacto maior quando combinadas em uma estratégia de marketing experiencial: elas permitem uma identificação clara da marca e atingem os consumidores de maneira significativa.

A união faz a força, e isso também vale para o marketing!

Como o novo botão de editar do Twitter afeta informações e usabilidade da plataforma

Uma das funcionalidades mais desejadas pelos usuários do Twitter está prestes a acontecer: o botão de editar posts foi finalmente confirmado pela plataforma no início deste mês.

O recurso que permite que os usuários alterem tweets já publicados, está sendo desenvolvido desde o ano passado, e estará disponível, nesse primeiro momento, aos usuários do Twitter Blue – versão de assinatura do microblog – para a fase de teste.

Após anos de debates, guerras ideológicas acerca desse tema, e de apelos de celebridades, como Kim Kardashian pedindo pelo recurso de edição de posts, o Twitter resolveu ceder aos pedidos do público. Mas ao contrário do que muito se especulou, essa função não tem ligação com a alfinetada de Elon Musk ao Twitter.

A plataforma deixou bem claro que “não tiramos isso de uma enquete”, fazendo referência a uma postagem do CEO da Tesla e da SpaceX na rede social.

Essa decisão mostra uma nova fase da empresa, que, depois da saída de Jack Dorsey, ex-ceo da plataforma, se abre para adaptar a rede social com base no feedback dos usuários. Esse recurso de edição de posts já acontece há um tempo em algumas outras plataformas como o Facebook e o Slack e já é um dos recursos mais aguardados pelo público do Twitter.

No entanto, o que pode soar como uma conquista para boa parte dos usuários da rede social, pode se tornar motivo de preocupação e cautela especialmente no que diz respeito a desinformação, assédio e possíveis crimes de injúrias cometidas na rede social do passarinho.

Como usar o botão de Editar Tweets sem colocar tudo a perder

Quando se trata de utilizar o botão de editar Tweets no dia a dia da rede social, é fácil encontrar opiniões tanto a favor como definitivamente contra esse novo recurso.

Sérias dúvidas de como gerenciar essas informações editadas sem colocar em cheque a credibilidade de criadores de conteúdo e empresas que trabalham com o Twitter, devem ser analisadas e pensadas de forma com que essa nova ferramenta não promova um caos e uma sensação de insegurança para os usuários da rede.

Afinal, o Twitter é conhecido por ser uma plataforma em que as pessoas possuem liberdade para escrever o que pensam de maneira rápida e prática e isso muitas vezes leva ao compartilhamento em massa de desinformação muito mais rápido e fake news sendo espalhadas pela timeline dos usuários da plataforma.

Por isso, a edição de Tweets abre espaço para a discussão da problemática do assédio na rede, que podem ser facilmente editados após atingir as pessoas alvos e gerar revolta nos usuários. 

Mas saindo um pouco dessa problemática, a edição de tweets pode ser um recurso fundamental para quem cria conteúdo na rede social, afinal, é muito fácil cometer um erro de digitação ou subir algum arquivo errado na hora de lançar uma campanha.

E a solução que temos hoje para corrigir isso é deletar o tweet, o que se torna um problema quando este tweet já engajou e já está à vista de milhares de usuários da plataforma. Nesses casos, a edição entra como a ferramenta salvadora das marcas que precisam de uma opção simples de correção ao invés da exclusão de um tweet por completo.

De qualquer forma, o Twitter precisa analisar bem e testar todas as possibilidades de UX de como esse recurso pode ser inserido na rede social para que funcione de maneira eficaz e informativa, cumprindo com o objetivo principal e minimizando as possibilidades de gerar mais problemas para a rede por conta desta nova funcionalidade. 

O que a nova política do Pinterest nos ensina sobre a importância do marketing sustentável

Ao falar sobre mudanças climáticas e teorias da conspiração, pessoas céticas muitas vezes compartilham ideias erradas sobre ciência, impacto do CO2 e assim por diante. A maioria dessas suposições afirma que o aquecimento global é uma farsa. No entanto, não há nenhuma evidência científica sobre isso. O que é verdade é: negar o impacto do comportamento humano em nosso ambiente pode ser problemático.

Para combater esse problema, o Pinterest lançou uma nova política para banir informações erradas sobre a crise climática dentro da plataforma. As novas diretrizes da comunidade do Pinterest mostram um compromisso maior no combate à desinformação e na responsabilização pelas mudanças climáticas.

Além disso, isso significa que as marcas precisam cuidar de seu conteúdo orgânico e publicidade para seguir essas novas regras.

Se é sabido que os consumidores estão dispostos a preferir produtos ecologicamente corretos, no entanto, o marketing sustentável tem que ser mais do que uma tendência, mas uma verdadeira filosofia para os criadores de conteúdo.

Mudanças climáticas e redes sociais

As alterações climáticas não são um tema novo nas redes sociais. Mesmo antes do discurso de Greta Thunberg na ONU, muitos ativistas e organizações alertaram sobre o impacto do comportamento humano no meio ambiente.

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De fato, o movimento verde começou entre os anos 60 e 70, quando os cientistas começaram a se preocupar com nossa influência na contaminação da Terra. Desde então, a mensagem não parou de se espalhar pelo mundo entre diferentes canais, como imprensa, rádio e TV. A Internet não é exceção.

Por exemplo, a intenção de busca sobre ter uma vida ecologicamente correta cresceu 6x em relação ao ano passado. Além disso, ideias de reciclagem e DIY são uma tendência muito popular em plataformas como o Pinterest, que está se concentrando em dar mais visibilidade a esses defensores de uma vida mais verde.

Para complementar essa ideia, especialistas declararam que as redes sociais podem ser uma arma poderosa para combater as mudanças climáticas. A inovação e a tecnologia ajudam a reduzir o risco e os impactos dos desastres naturais. Além disso, permite uma melhor tomada de decisão, ajudando a divulgar informações relevantes.

Eles confirmam o impacto positivo que as redes sociais como o Twitter têm quando se trata de desastres naturais. Ajuda a mobilizar esforços e recursos quase instantaneamente. Em outras palavras, torna mais fácil ajudar os necessitados.

Mudanças climáticas e ceticismo

A outra face da moeda não é positiva, e sim prejudicial. Na mesma plataforma onde encontramos ideias para ter uma vida mais ecológica, também podemos detectar conteúdos enganosos. Afirmar que a mudança climática é uma farsa é um traço comum desse tipo de notícia falsa.

O que preocupa é a disseminação dessas ideias nas redes sociais. Uma pesquisa feita na Carnegie Mellon University descobriu que os descrentes das mudanças climáticas compartilham mais teorias da conspiração sobre a crise climática do que os que acreditam. O número de tweets e retuítes feitos por céticos é maior que o de pessoas que concordam com tal fato.

Na mesma pegada, o jornal The Guardian descobriu que no primeiro semestre de 2020, anúncios no Facebook negando a realidade da poluição ambiental foram vistos pelo menos 8 milhões de vezes nos EUA.

Anteriormente, algumas ações foram feitas sobre isso. Por exemplo, a agência governamental inglesa Competition and Markets Authority está agora investigando produtos e serviços que afirmam ser ecologicamente corretos, mas que estão espalhando informações enganosas para seu público.

Por outro lado, podemos destacar os esforços da Meta do ano passado. Um bom exemplo é como a empresa derrubou 9,2 milhões de postagens consideradas de conteúdo de natureza assediante no Facebook e 7,8 milhões do mesmo tipo de postagens no Instagram. Além disso, a plataforma removeu a publicidade que evoca áreas sensíveis.

Mesmo que essas ações não tenham necessariamente a ver com a negação das mudanças climáticas, isso mostra uma preocupação maior em impedir a disseminação de notícias falsas e construir um ambiente mais seguro para os usuários digitais.

Marketing Verde ou Marketing Sustentável

A nova política do Pinterest deve incentivar os profissionais de marketing a se concentrarem em outros tópicos para sua marca. Levando isso em consideração, Marketing Verde ou Marketing Sustentável são estratégias interessantes para aplicar nestas décadas. Mas tome cuidado, uma má implementação dessas práticas ou divulgação de informações falsas para vender produtos pode ser considerada como Green-washing.

Em definição, o Marketing Verde envolve a criação e promoção de produtos, serviços e práticas ecologicamente corretos. Alguns métodos podem incluir o uso de uma embalagem ecológica, um programa de reciclagem ou o uso de energia renovável.

Além disso, o Marketing Sustentável promove um aspecto socialmente responsável sobre sua empresa. Não precisa ser apenas produtos ecologicamente corretos. Essa prática vai muito além do meio ambiente, pois se mistura com outras questões como pobreza, fome e discriminação.

O Pinterest agora está aplicando esses princípios alterando as regras de sua plataforma. Eles estão tentando espalhar mensagens melhores baseadas em fatos e no que é bom para o meio ambiente e para toda a comunidade.

As marcas devem fazer a mesma coisa. Tanto dentro como fora do Pinterest.

Por que as marcas precisam ser mais ecologicamente corretas?

Estudos recentes têm mostrado a importância de decisões socialmente responsáveis ​​para o cliente. Por exemplo, de acordo com a Forbes, 92% dos consumidores são mais propensos a confiar em marcas que são ecologicamente ou socialmente responsáveis. Além disso, eles têm 88% mais chances de conquistar a fidelidade de seus clientes.

Alguns outros benefícios que a marca pode aproveitar dessas práticas são:

  • melhora da sua reputação;
  • economia de dinheiro na logística de um produto ou serviço;
  • atração de novos públicos mais preocupados com as mudanças climáticas.

No entanto, os benefícios de ser ecologicamente correto para os negócios não precisam ser a única razão para adotar essa abordagem. A vontade de querer genuinamente ajudar sua comunidade e seu meio tem que ser suficiente para buscar melhorias na sua estratégia de marketing.

A desinformação e as notícias falsas tentam mudar nossa percepção da realidade com algo que não é verdade, o que é realmente perigoso. Essas práticas de notícias implementadas pelo Pinterest, Meta e outras empresas nos mostram que existem algumas coisas que não podemos simplesmente negar ou ignorar. A mudança climática é uma delas.

Como empresas, fazemos muito mais do que apenas vender um produto. Por isso, cuidar de nossos processos e comunicações internas e externas é essencial para causar um impacto positivo em nosso mundo e mitigar a crise climática.

“Não basta só o Marketing se orientar por dados. É preciso gerar soluções com estes dados”, diz Martha Gabriel, futurista e autora

O Futuro do Marketing com Martha Gabriel

O ano é 2022 e as tendências de Marketing e novas tecnologias parecem atingir uma proporção em que nós, profissionais de Marketing, nos pegamos muitas vezes “patinando” para dominar e aplicar estratégias com resultados reais em performance.

Enquanto novas redes sociais emergem (olá, TikTok!), outras já consolidadas no mercado não param de se atualizar e trazer novas funcionalidades pensando na criação de conteúdo (não apenas de marcas, mas principalmente de creators) e, claro, acima de tudo, retenção do usuário—que hoje já nem precisa sair da rede social para efetuar uma compra. 

Some isso a uma crescente (e necessária) preocupação sobre a mudança na política de proteção de dados pessoais em um cenário onde os cookies parecem estar com os dias contados, em um instante em que nunca antes foi tão importante ter uma base sólida de mídia própria e obtenção de dados primários para poder personalizar suas campanhas.

E, claro, nem começamos a falar sobre alguns recursos em ascenção este ano: NFTs, Metaverso, Cryptos, Tokens… a lista segue.

Tais avanços tecnológicos resultam em mudanças significativas no comportamento do consumidor. Portanto, é imprescindível que profissionais de Marketing e empresas entendam o que é necessário para evoluir sua visão estratégica e se adaptar às diversas transformações e inovações deste novo ambiente digital.

Como coloca Martha Gabriel, uma das principais pensadoras digitais do Brasil: “os resultados dependem não apenas dos dados, mas também do processo de transformar esses dados em conhecimento e ação.”

Ela participa nesta terça-feira, dia 19, às 17h, da Jam Session, webinar gratuito da Rock Content para ajudar profissionais de Marketing e vendas a escalarem seus negócios (faça já sua inscrição!). 

Autora dos best-sellers Marketing na Era Digital, Educar: a (r)evolução digital na educação e Você, Eu e os Robôs, Martha é um ícone multidisciplinar nas áreas de negócios, tendências e inovação. Palestrante em 6 TEDx, keynote internacional com mais de 80 apresentações no exterior, ganhou três vezes o prêmio de melhor palestra em eventos dos Estados Unidos. 

A autora adiantou para nosso blog alguns dos assuntos que você verá na Jam Session. Confira!

“A mudança na política de proteção de dados pessoais e o fim do suporte a cookies forçarão as marcas a investir cada vez mais em mídia própria e obtenção de dados primários para poder personalizar suas campanhas.”

Martha Gabriel

Rock Content: As redes sociais estão cada vez mais incorporando novas funções em suas plataformas. Seja para encorajar a monetização e o trabalho de marcas junto aos creators até facilitar o social commerce ou simplesmente aumentar a retenção.

Quais são as principais oportunidades que as marcas precisam prestar atenção diante desse “multiverso” dentro das redes sociais? 

Martha Gabriel: A proliferação de funcionalidades nas plataformas de redes sociais tem permitido que as pessoas façam cada vez mais atividades online (inclusive funções que não eram possíveis antes), além de trazer possibilidades cada vez mais ricas de personalização e criação de conteúdos. 

Como consequência, vemos um aumento do tempo gasto pelas pessoas nessas plataformas e da qualidade da experiência que usufruem online. Isso promove mais oportunidades para interação das pessoas com as marcas, creators e entre si, facilitando colabs e a produção de UGC (User Generated Content – Conteúdo Gerado pelos Usuários), trazendo novas oportunidades para a criação de estratégias de alcance orgânico. 

No entanto, por mais que se amplie a produção de conteúdo e que se passe mais tempo online, a atenção das pessoas é limitada. Junte-se a isso o crescente aumento da complexidade do ambiente e a fragmentação. Nesse sentido, para obter e ampliar resultados, as marcas precisam conhecer cada vez melhor as especificidades e potencialidades de cada plataforma e o comportamento dos usuários em cada uma delas para desenvolver estratégias de transmídia storytelling, extraindo o máximo potencial do conteúdo produzido.

RC: Criptos e tokens como NFTs estão entre os assuntos mais discutidos atualmente como “tendências para o futuro do Marketing”. Como essas novas tecnologias podem, de fato, influenciar as estratégias das marcas e gerar oportunidades?

MG: Dois fatores são fundamentais para que exista um mercado: 1) bens para serem transacionados; 2) formas para realizar transações, como trocar ou comercializar. Na última década, as criptomoedas passaram a contribuir para o segundo fator, e recentemente os NFTs têm ampliado o primeiro. 

Antes dos NFTs (Non-fungible tokens ou tokens não fungíveis, em português), não era possível se registrar bens infungíveis digitais como, por exemplo, artes, propriedades digitais, momentos etc. A partir dos NFTs em blockchain, não apenas esses registros se tornaram viáveis, como também o registro de qualquer experiência única – sejam elas digitais ou físicas, tangíveis ou intangíveis. Com isso, os NFTs permitem um aumento significativo da quantidade de bens existentes no mercado, além de estratégias inéditas com produtos digitais e experiências – como skins, acessos, entradas de shows, etc –, bem como a possibilidade de fragmentação de produtos para comercialização. 

O Twitter e o Instagram já deram os primeiros passos em relação à adoção dos NFTs, com planos para os usuários poderem monetizar ou exibir seus tokens. Devemos ver cada vez mais plataformas aderindo a esse tipo de movimento, de forma que os NFTs tendem a representar uma verdadeira fusão de experiências entre os universos online e offline, criando oportunidades para as marcas que souberem utilizá-las estrategicamente.

RC: No livro MKT na Era Digital – O Futuro do Marketing, organizado por você e de sua co-autoria, há um capitulo dedicado a explicar a diferença entre uma empresa orientada por dados e outra que também é um martech, indicando que a segunda opção é a melhor. Pode explicar um pouco deste conceito para nosso público?

MG: Uma empresa orientada por dados é uma empresa que utiliza dados para guiar a tomada de decisões. No entanto, os resultados dependem não apenas dos dados, mas também do processo de transformar esses dados em conhecimento e ação. Assim, não basta apenas uma empresa ser orientada por dados – é necessário também que ela amplie o potencial desses dados em gerar soluções, o que normalmente acontece por meio da tecnologia. 

Por exemplo, existem empresas que utilizam tecnologia e dados para oferecer soluções que ajudam a melhorar o funcionamento do sistema de saúde – as healthtechs –, outras para baratear soluções em energia – as enertechs -, outras para trazer inovação para a agricultura – as agritechs –, e assim por diante. Quando o foco da empresa é usar tecnologia e dados para alavancar o marketing, temos uma martech. Portanto, além de ser orientada por dados, as martechs utilizam tecnologia para desenvolver soluções de Marketing, como, por exemplo, automação de Marketing, IA (Inteligência Artificial) para análise de sentimento ou predição de comportamento do consumidor, IA para a criação de conteúdos, uso de reconhecimento facial para agilizar pagamentos, etc.

RC: Ainda em relação a dados: o que os profissionais precisam se atentar hoje para sobreviver em um futuro extremamente voltado para a proteção de informações pessoais, e onde os cookies parecem estar com os dias contados?

MG: A mudança na política de proteção de dados pessoais e o fim do suporte a cookies forçarão as marcas a investir cada vez mais em mídia própria e obtenção de dados primários para poder personalizar suas campanhas – para tanto, os profissionais de Marketing deverão criar estratégias cada vez mais eficientes de atração para que seus públicos desejem fazer parte das ações e para criar relacionamento para que permaneçam. 

Como nos ensina as palavras de Mario Quintana: “O segredo não é correr atrás das borboletas, mas cuidar do seu jardim para que elas venham até você.” Neste sentido, criar estratégias que envolvem Marketing de busca, mídias sociais, infotenimento (informação + entretenimento), creators e UGC estão entre as melhores opções para se “cuidar do jardim”, ou, em outras palavras, conseguir resultados. 

Segundo pesquisa da WARC e Publicis Group, creators impulsionam a descoberta de produtos (78%), educam e informam (76%) e inspiram o público a experimentar novos produtos (73%). Em média, 77% dos consumidores dizem que as plataformas sociais os ajudam a ter ideia sobre marcas e produtos até então desconhecidos.

RC: Que outras tendências importantes para o futuro do Marketing podemos esperar serem discutidas em nossa Jam Session? 

MG: Vamos conversar sobre as tendências que apresentamos no livro TRENDS Marketing na Era Digital: O Futuro do Marketing e porque devemos inclui-las no nosso radar e cada vez mais nas estratégias de marketing para obtermos resultados.

Não perca a conversa ao vivo com Martha Gabriel nesta terça, dia 21, às 17h. É grátis e você poderá fazer perguntas. É só fazer sua inscrição!

O Futuro do Marketing com Martha Gabriel

Rumo à solução de Marketing de Conteúdo definitiva: a família Rock Content dá as boas-vindas à WriterAccess

Hoje, gostaria de compartilhar uma grande notícia com nossos clientes, comunidade de talentos e colaboradores!

É com muita empolgação que anuncio que a Rock Content comprou a WriterAccess, líder no mercado de freelancers criativos nos EUA, com cerca de 2 mil clientes e mais de 500 agências parceiras.

A WriterAccess é uma empresa que escalou do zero até se tornar destaque na indústria de conteúdo em poucos anos.

Este negócio vai muito além dos números. A rede de talentos da Rock Content irá receber um reforço de freelancers excepcionais. Nosso objetivo é construir um verdadeiro marketplace global a nossos clientes, oferecendo conteúdo de alta qualidade em diversos idiomas, em menos tempo, por meio de uma plataforma integrada e fácil de usar.

A WriterAccess permitirá que a Rock Content escale ainda mais rápido, contando com uma plataforma de marketplace incrível potencializada por Inteligência Artificial, que possibilita o encontro de marcas e profissionais de Marketing com os talentos ideais para suas necessidades. 

Em breve, nossos clientes poderão ter acesso à WriterAccess para trabalhar com talentos ao redor do mundo, criar projetos e gerenciar fluxos de trabalho. Tudo isso com ferramentas robustas para comunicação, colaboração e publicação de conteúdo otimizado que farão a diferença na performance dos profissionais de Marketing.

Estamos combinando duas redes de talentos excepcionais que, juntas, formam uma verdadeira rede global, o que significa ainda mais oportunidades para nossos clientes e freelancers. 

Transição suave

A Rock Content é uma das pioneiras do Marketing de Conteúdo. Estamos na estrada desde 2013, consolidando nossa liderança nesta indústria global, ajudando marcas e agências a crescerem e escalarem seus negócios de forma orgânica através de conteúdo — a melhor forma de se fazer Marketing, em nossa humilde opinião.

Já começamos a trabalhar no processo de integração com a WriterAccess. Porém, planejamos cuidadosamente uma transição bem suave para que não haja nenhum tipo de transtorno para nossos clientes, rede de talentos e colaboradores.

A WriterAccess continuará a operar de forma independente até o fim de 2022. Enquanto isso, nossos times trabalharão em conjunto num plano completo de integração e no lançamento de um marketplace global e integrado nos próximos trimestres.

Gerando impacto com educação e oportunidades

A Rock Content também possui uma grande sinergia com os projetos educacionais da WriterAccess voltados a profissionais de Marketing e freelancers de criação. 

A WriterAccess é responsável pela Content Marketing Conference (CMC), um dos maiores eventos de Marketing de Conteúdo do mundo, além da WriterAccess Academy, com centenas de horas de vídeoaulas. A Rock Content, com a Rock University, já certificou mais de 500 mil estudantes em seus cursos online de Marketing. A ideia é integrar estes projetos.

Começando em 2022, a CMC se tornará a conferência anual da Rock Content e a Rock University será integrada à plataforma da WriterAccess.

Acreditamos que o Marketing pode ter um impacto positivo no mundo. Os melhores projetos de Marketing permitem que as audiências evoluam, trazendo conhecimento útil para suas vidas. 

Fazendo o Marketing melhor

Co-fundei a Rock Content em 2013 no Brasil. E os últimos anos foram bastante agitados para a gente. Expandimos a empresa internacionalmente, levantamos fundos, buscamos aquisições, lançamos novos produtos…

Hoje, a Rock Content já conta com mais de 7 milhões de visitantes mensais ao redor do mundo em nossos blogs. E agora, com a WriterAccess, teremos a sorte e a oportunidade de trabalharmos juntas com 4 mil marcas globalmente!

Como chegamos até aqui? Nós realmente acreditamos que um Marketing melhor é aquele com o conteúdo como centro – e ainda estamos nos primeiros passos desta nossa jornada.

As pessoas amam conteúdo que entretenha, eduque e construa relações legítimas. Este é o melhor Marketing. E é por isso que a Rock Content existe!

A WriterAccess é mais um importante passo em nossa jornada para ajudar as marcas a fazerem um Marketing melhor.

Estamos apenas começando! Bem-vinda à família Rock Content, WriterAcccess!

Para saber mais sobre o que a aquisição da WriterAccess representa na jornada da Rock Content, te convido a ver nossa página oficial com todas as informações e a nossa seção de perguntas e respostas.