‘A essência de uma estratégia de conteúdo é organização, documentação, tecnologia e diálogo’, afirma Patrícia Moura, Head de Conteúdo da GUT

Nos primórdios das redes sociais, você e diversas pessoas usavam redes como o Orkut para trocar mensagens, deixar depoimentos carinhosos para amigos e fazer parte das comunidades mais inusitadas que já se teve notícia, desde fãs de uma certa banda até pessoas que pegavam determinada linha de ônibus em uma cidade.

Não havia anúncios, influenciadores ou vídeos em tempo real mostrando o que uma pessoa estava fazendo. A experiência era toda muito diferente do que se vê hoje, quase 20 anos depois. 

Mesmo assim, uma jovem universitária viu ali o potencial das redes sociais para formatar o comportamento do consumidor e um espaço para marcas florescerem — e se aproximarem de seu público de forma única. O ano era 2006, e a jornada de Patrícia Moura, hoje Head de Conteúdo da GUT e jurada do Cannes Lions 2022, estava só começando.

Depois de escrever sua monografia sobre o comportamento do consumidor nas redes sociais (pela qual ela recebeu a nota máxima, diga-se de passagem), a carreira de Patrícia decolou nas empresas. Foi responsável pela entrada de grandes marcas como a Oi em redes sociais, desenvolveu personagens e participou de uma série de projetos relevantes em uma época em que o Marketing Digital não era um idioma fluente. 

Pioneira em acreditar na potência das redes sociais e no Marketing Digital, Patrícia avançou até chegar a cargos de gestão e ser estrategista líder do festival Rock in Rio. Nessa empreitada, Patrícia teve a tarefa de não somente gerenciar conteúdo como sempre faz, mas entender como entregar conteúdo relevante em tempo real ao longo dos vários dias de shows, em um evento que não para. 

Mais do que talento, Patrícia é defensora de algo que, para ela, é elemento fundamental para criação de conteúdo digital: a estratégia. Diferente da tática e da operação, a estratégia diz respeito a um mergulho profundo na marca e no que ela quer dizer para o mercado e para o mundo. 

“Mergulhe no brandbook de uma marca, entenda como ela se expressa e a voz que quer imprimir. Ao olhar o planejamento estratégico, busque saber os territórios que a marca tem mais fluência ou que poderia ter para que você possa transformar tudo isso em uma conversa, um diálogo, que é a base da comunicação digital”, conta. 

Convidada da Jam Session da Rock Content, uma série de webinars com os melhores especialistas no mercado, Patrícia compartilha essa e outras valiosas lições de seus mais de 15 anos de carreira — e contando.

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Transcrição

[Rock – Bruna Dourado] Boa noite, bem vindos a mais essa Jam Session da Rock Content. Hoje estamos com uma convidada muito especial, a Patrícia Moura. A Jam Session faz parte de uma série de webinars onde entrevistamos especialistas de mercado sobre diversos temas de Marketing, vendas, conteúdo, mídia, e outros temas relacionados à comunicação e Marketing. Nosso objetivo é dar conselhos, compartilhar tendências e melhores práticas para as empresas impulsionarem seus resultados e sua performance. 

Meu nome é Bruna, sou especialista em conteúdo na Rock Content Brasil e hoje converso com Patrícia Moura, atualmente head de conteúdo na GUT, uma agência com sede na Flórida e vencedora de 18 Cannes Lions por criar campanhas cheias de propósito para diversas marcas. 

Antes de integrar o time da GUT, a Patrícia também atendeu grandes marcas como Itaú, Uber, Rock in Rio, Localiza, Submarino, Natura e Cinemark. Seja muito bem-vinda a nossa Jam Session, estamos muito felizes em te receber.

[Especialista – Patrícia Moura] Estou feliz em estar aqui também, obrigada pelo convite.

[Rock – Bruna Dourado] Patrícia, antes de começarmos a conversar sobre estratégia de conteúdo, eu queria te perguntar sobre o início da sua carreira. Como foi sua trajetória profissional até chegar até aqui?

[Especialista – Patrícia Moura] Sou formada em publicidade e propaganda, e tenho pós em Mídias Digitais. Pisei pela primeira vez numa agência pequenina no ano de 2005 ainda como redatora, e quem já ouviu minha história alguma vez, já ouviu essa história da minha monografia. Tudo começou neste ambiente em 2006 – muitos vão se assustar com o tempo – quando eu escolhi como tema de conclusão de curso falar sobre o comportamento do consumidor nas comunidades do Orkut. Eu já via um grande potencial, uma grande espontaneidade nas pessoas falarem sobre marcas, produtos e serviços e o quanto aquilo não era aproveitado naquele momento de maneira profissional, as pessoas estavam ali só desabafando. Me apaixonei pelo tema e fui pioneira nisso no Brasil – tinham alguns teóricos estudando redes sociais na academia, mas sob uma outra perspectiva, a de interação mediada pelo computador como o Alex Primo e a Raquel Recuero, e eu já tinha uma ótica de como a publicidade e o Marketing conseguiriam se apropriar desses ambientes para fortalecer essa relação e trazer melhorias para seus produtos e serviços. 

Tirei 10 e tive certeza que queria trabalhar com isso, então entrei num dos primeiros cursos de pós-graduação de mídias digitais do país e me formei em mídias em 2009 – no meio desse caminho começaram as sobreposições da minha carreira. Eu entrei em agência como analista de mídias sociais júnior, e ali comecei a colocar a mão na massa – mas já nessa entrada em 2008, na Agência Frog, eu comecei a lidar com algumas marcas grandes. Fui responsável pela primeira entrada da Oi em redes sociais através de perfis que eram ligados mais a SAC, fiz outros ligados mais a experiência em eventos, trabalhei com o segmento literário atendendo grupo Ediouro e cinco editoras dentro desse guarda-chuva – basicamente naquela época se fazia o CID dos livros e geração de tráfego das comunidades e redes sociais para as URLS de cada livro. 

Eu também desenvolvi personagens de marca. É muito louco ver tantos anos depois personagens tão fortes que já se tornaram avatares com uma linguagem super definida, mas lá atrás também pude desenvolver personagem – famoso na época – e que depois a marca descontinuou. Ainda havia um grande chão para que o mercado conhecesse a potência das redes sociais e do Marketing Digital. Acho que resumidamente esse foi meu começo, mas teve uma explosão muito rápida da imprensa, das mídias querendo entender as novas redes sociais – como o Twitter na época – então eu vi um crescimento muito acelerado na faixa de 2008 a 2012 e ali eu fui galgando cargos e salários. Passei por toda a hierarquia que se tem em mídias sociais: o júnior, pleno, sênior, coordenador, gerente, até chegar a cargos de alta liderança como estou hoje.

É importante frisar que em alguns momentos eu também estive à frente de departamentos de planejamento estratégico em agências que eram mais offline, e isso aprofundou muito o meu olhar em comunicação e estratégia. O que na época parecia um pouco zigzag, contribuiu muito para a complexidade que temos dessa disciplina hoje no mercado e para mim mesma em termos de carreira e docência. Eu preciso louvar o planejamento estratégico contando a minha história. 

[Rock – Bruna Dourado] Legal demais, é muita experiência!  E aproveitando, é impossível conversar com você sem mencionar sua experiência antes da GUT, no festival Rock in Rio.  Você foi estrategista líder de conteúdo em tempo real do festival  por dois anos. Como foi liderar a produção de conteúdo ao vivo e com tamanha visibilidade, e quais você acha que são os principais fatores para o sucesso desse tipo de projeto?

[Especialista – Patrícia Moura] Foi uma experiência incrível que vou levar para a vida toda. Sou apaixonada pela marca, pelas pessoas que estão lá – são meus amigos queridos – e por tudo que eu vivi. Eu diria o seguinte, real time é uma disciplina muito pouco explorada pelas marcas. Começamos a ver essa disciplina ganhar corpo com as últimas edições do BBB, para além dos grandes eventos como Rock in Rio, mas ainda não é uma coisa que se aprende na graduação ou na pós, de fato só se aprende fazendo.

Eu já tinha uma experiência nessa jornada – estamos falando de um período de 10 anos. Comecei com mídias sociais em 2008 e fui estrategista de real time em 2018 – eu já tinha passado por ações de real time pontuais que eram de uma diária: uma diária de engajamento com uma dinâmica dentro do Facebook, ou uma diária de engajamento dentro do Twitter que desembocava num concurso ou num sorteio, algo relacionado a influenciadores… Eu já tinha experimentado isso, mas em outra magnitude. Em 2018 eu pude ver isso no Rock in Rio Lisboa trabalhando com cerca de 50 profissionais dentre câmera, editores, fotógrafos, pilotos de drone, pessoas ligadas ao áudio, todo tipo de produção audiovisual, mais Community Managers, mais BIs, só para produzir conteúdo daquele evento/marca. 

Em 2019 tive a oportunidade de vivenciar uma experiência com 200 pessoas, não só para o Rock In Rio, mas para 4 patrocinadores deles de maneira simultânea – imagine o que é planejar, coordenar e executar tudo isso. Para Natura, Heineken, além do Rock in Rio ao mesmo tempo, tudo junto e misturado. Sem dúvida é uma experiência única e o que eu deixo dela para vocês que nunca viveram algo deste tamanho é que tudo isso requer um extremo planejamento, uma preparação de meses. Ninguém vai para campo fazer um evento como esse, ou uma operação de real time de redes sociais, sem meses de reuniões, de conversa, alinhamentos que passam por diversas equipes. Qual a mensagem que a marca quer transmitir aquele ano? Através de que estética e linguagem ela vai trabalhar essa comunicação? Qual vai ser o conteúdo hero? Vai ter filme na TV ao mesmo tempo que tem conteúdo das redes? Como vamos mensurar, qual o tamanho das equipes? Existe uma etapa estratégica muito grande onde tudo isso é discutido de maneira muito densa e envolvendo muitas pessoas – todas essas equipes e mais o Marketing do cliente. 

Com essas validações macro, passamos para uma etapa tática, que é o que a maioria das pessoas está acostumada a ver: o calendário, como vou descer as postagens, etc. Nas grandes marcas, nas operações gigantescas como estou falando, a etapa estratégica vem antes e é muito profunda, até de fato chegar na etapa tática que é o calendário ou cronograma de postagem como todos conhecem. Depois disso tem uma etapa muito diferente e específica, que é o plano de operação. Se estamos falando de um conteúdo filmado em campo e que volta para uma ilha de edição, esse conteúdo é descarregado, faz um ajuste de som, de cor, corta para vertical para os stories, passa por uma instância de aprovação para depois ir para o ar – existe todo um cálculo, uma logística de quantas pessoas precisam estar em campo, quanto tempo de deslocamento do palco até o centro de operações, quantas pessoas preciso ter para que as pessoas consigam ir ao banheiro e almoçar em um evento que não para… O plano de operações é muito minucioso. Isso me deu uma visão muito incrível de planejamento para redes sociais, pois é extremamente desafiador, principalmente numa marca como essa. 

Vamos viver Copa do Mundo em breve e vai ser essa mesma tensão, as marcas querem falar do mesmo assunto, mas não querem um post paisagem que pode ser confundido com outra marca. Cada uma precisa resguardar sua identidade, suas mensagens principais/institucionais, e ainda inserir camadas de produto – associar algum produto a esse momento.   

Contei um tanto de história de bastidor, mas é um pouco do que eu vivi e aprendi com esses dois anos trabalhando muito perto de toda a equipe que faz o Rock In Rio acontecer. 

[Rock – Bruna Dourado] Muito legal, inclusive ver depois tudo pronto deve ser muito legal. 

[Especialista – Patrícia Moura] Quando estouram os últimos fogos, a galera dá o gás final e aí aquelas pessoas vão descansar e comemorar tudo o que foi realizado por tantos meses. Não é um trabalho de 7 dias, mas um trabalho de meses. 

[Rock – Bruna Dourado] Você já planejou conteúdo digital para marcas grandes, conhece bem também os fatores que podem influenciar o sucesso de um projeto. De forma geral, quais são os passos e processos que você acha mais importantes para planejar uma estratégia de conteúdo digital?

[Especialista – Patrícia Moura]  Vou contar uma fofoca para a audiência – a Bruna foi minha aluna (risos). Então parte do que vou falar ela já ouviu a beça. Primeiro, eu gosto de diferenciar e trazer muito para a mesa a diferenciação estratégica e tática. Tanto falei da etapa tática de quando a gente está falando do real time, mas temos também a etapa estratégica e existem diferenças no mercado, estaria sendo hipócrita se dissesse que não. Existem lugares com equipes muito pequenas onde se pula várias etapas, mas quando se trabalha em agências muito grandes como a GUT, você tem uma série de departamentos e pessoas envolvidas e clientes muito grandes que vai fazer com que você tenha acesso a muito mais dados e informações para fazer um trabalho cada vez mais profundo. 

Sei que existem realidades diferentes, mas acho que é importante vocês saberem – até para quando derem esse passo de aplicar para uma agência grande –  que a etapa estratégica vem antes e vai ser discutida com muito fervor até você chegar de fato em qual é o post, que dia vai estar no ar, qual influenciador vai fazer esse conteúdo. 

Respondendo sua pergunta após esse parênteses, eu diria o seguinte: é preciso conhecer os objetivos de negócio daquela marca para aquele ano. É de fato a etapa número um, o que ela quer construir no mercado. Depois os objetivos de comunicação que vão – a galera do Marketing chama de alavancas do Marketing – ajudar a construir esses objetivos de negócios, que vão ser os impulsionadores dos objetivos de negócios e a partir daí vem a estratégia de conteúdo. 

Em agências grandes você tem um brandbook com todo o material da estratégia da marca para a comunicação daquele ano, daquele momento, e em agências menores entendendo o objetivo de negócio e de comunicação, já dá para começar a pensar como a marca vai descer isso. Mas tendo o brandbook, mergulhem nele, leiam, entendam porque a marca se expressa daquela forma, qual é a voz que ela quer imprimir, quais foram os pontos de partida dessa construção. Tendo o planejamento estratégico, busquem saber quais são os territórios onde essa marca tem mais fluência ou que ela poderia ter mais fluência no olhar de vocês, para que isso seja transformado em conversa/diálogo.

Quando falamos de comunicação digital, estamos falando de um espaço que a marca abre para que a pessoa responda e haja uma réplica e uma tréplica – diferente das mídias offline onde o consumidor não pode falar nada em cima daquilo. 

Passado esse aprofundamento, usem as ferramentas disponíveis para estudar o consumidor e as suas pistas sociais. Todo mundo que navega na internet, que faz uma busca pelo Google, que comenta um programa de TV no Twitter ou que compartilha uma hashtag, um sticker ou localização nos stories está deixando pistas sociais. Tudo que fazemos é mapeado pelas plataformas e temos dados observáveis e dados que não são observáveis. Busquem as pistas sociais, os dados observáveis, usem o Google Trends para análise de buscas, usem a busca aberta das próprias plataformas, as buscas por hashtags, e tudo isso vai formando um quebra-cabeça sobre quem é aquele consumidor e como ele se relaciona com aquele segmento, como ele se relaciona com a sua marca, em que momentos ele busca, quais são os gaps desse relacionamento – o que a marca ou segmento não atende em termos de demanda que o consumidor exige nas redes sociais. Uma outra ótica importante é olhar também que tipo de produção de conteúdo acontece e em que nível essa produção de conteúdo acontece. 

As marcas no entorno do seu segmento são hiper-maduras, vão fazer filmes hollywoodianos para colocar nas redes, vão trazer celebridades nacionais para fazer aquela comunicação, ou é um segmento que ainda está tateando no uso dessas mídias, ainda está tentando entender na tentativa e erro como ela se comunica em redes? Que influenciadores estão produzindo conteúdo sobre esses produtos e serviços? Como e onde? É unboxing? É outro tipo de reveal ou as pessoas só fazem conteúdo quando tem problema, querem resolver alguma coisa? É de fato um quebra-cabeça. 

Existem metodologias que podem ser trazidas para a mesa para discutir isso, como canvas, blueprint, mas no prático, é um quebra-cabeça que você vai montando pecinha por pecinha desse comportamento do consumidor, das informações que vem no briefing, das informações que temos do cliente e de toda a análise digital feita sobre consumidor, concorrência, benchmarking e produtores de conteúdo, e aí enfim você chega a algumas respostas/indicativos que direcionam a sua estratégia, que é o que a marca vai fazer com tudo isso. 

Depois vai evoluir para o plano tático, plano de ação. O primeiro de tudo é entender esse cenário, fazer um diagnóstico dele, entender o problema do cliente, o “de – para” (o que ele tem hoje até o que ele deseja alcançar como objetivo de negócio) e eureca, é por aqui que eu vou. O planejamento estratégico é esse direcionamento, essa rota que diz para onde a marca vai frente a tudo que já foi reunido de informação.

[Rock – Bruna Dourado] E não tem jeito, para fazer conteúdo a gente tem que planejar, pesquisar, não tem outra forma de começar. Quem trabalha com publicidade sabe também que contar histórias, gerar sentimentos, ajuda a gerar mais conexão com o público, e é possível ver isso em muitas campanhas nas quais você já trabalhou. Pensando nisso, que dicas você daria para quem quer criar conteúdo que impacte realmente e gere identificação com o público?

[Especialista – Patrícia Moura] Eu fiquei pensando muito nessa pergunta, e cheguei a ir por um caminho aqui no meu roteirinho e cheguei à conclusão que eu devia focar nas emoções humanas. Quando estamos falando de impacto, prender a atenção daquela pessoa, e estamos falando de engajamento que é ela parar o que ela está fazendo para dar o tempo dela diante de um mundo onde estamos recebendo tanta informação, onde há uma competição frenética pelo nosso tempo; de fato eu acredito que o que prende a gente é um conteúdo que tem como base alguma das emoções humanas. Não tão didaticamente, mas o que está por trás desse conteúdo é de fato algo que chega na emoção humana. 

Eu sou fascinada por um teórico americano chamado Robert Plutchik que desenhou uma roda de 28 emoções humanas em um estudo acadêmico e talvez eu tenha uma hipótese – nunca fiz nenhum trabalho acadêmico em cima do estudo do Robert, mas eu tenho uma suposição de que as marcas exploram bem menos da metade dessas emoções. 

Temos uma repetição de emoções que para nós já tem “jurisprudência”, que já deram certo, mas não exploramos todas elas e as situações que ocorrem com o consumidor diante da falta ou do uso desses produtos e serviços. 

A primeira dica, então, é entender que emoção baliza ou poderia balizar essas histórias. A segunda é entender que cenas esse consumidor vive, que universo é esse que ele vive, que situações ele se envolve na compra, no usou ou na falta deste produto/serviço, que situações a marca poderia trazer isso como solução… e aí começamos a criar cenas, e a visualizar como aquilo se dá numa realidade interpretada. 

E nessa realidade interpretada hoje temos certos skills. TikTok foi uma plataforma que puxou as artes cênicas para cima nas plataformas sociais. Hoje há uma gama enorme de criadores de conteúdo que conseguem acessar essas emoções, que conseguem roteirizar essas situações de consumo ou a consequência gerada da falta desse produto/serviço. Por exemplo: a consequência de não ter o carvão na hora de fazer o churrasco. 

Isso se transforma em entretenimento e essa é uma das formas de gerarmos impacto e identificação. Queria fazer um disclaimer que é a gente ponderar a demanda por esses produtos e serviços que estamos lidando. Existem mercados mais aquecidos para o entretenimento, existem mercados menos aquecidos onde as pessoas têm uma reação mais racional, e vão tangibilizar essa relação através de busca do Google e aí é SEO, AdWords e mídia paga que vai ser a solução. 

Às vezes temos produtos – por exemplo, vou inventar um: um dreno pulmonar para cirurgias cardiorrespiratórias. Você quer fazer conteúdo no TikTok, cena com influenciador…. mas fica over. Quem está no processo de decisão de compra deste produto, está no Google fazendo cotação, numa relação muito fria. Às vezes é um departamento de compras, um B2B dentro de um ambiente hospitalar e essa pessoa não necessariamente quer ser engajada num conteúdo de humor e entretenimento. 

Estou trazendo isso de forma muito ampla porque fui professora por dez anos e sei que existe esse espectro. Não adianta eu só falar dos clientes da magnitude da GUT, a realidade de quem está me ouvindo pode ser muito diferente em termos de tamanho de cliente e tamanho de investimento, a forma como esse cliente lida com o Marketing Digital. Pondere se existe um caminho natural que é mais emocional e que o entretenimento e toda a lógica de conteúdo – o hero, o hub e o help – vão fazer sentido, ou se o produto/serviço tem um processo de decisão de compra frio e vai ser muito difícil para sua marca, principalmente com pouco investimento, mudar esse comportamento, esse inconsciente coletivo. 

Aí você vai ter que ser mais prático nas soluções e tudo bem buscar eficiência nesse caso, não fazer projetos mirabolantes que não tragam soluções de fato, que não mexam no ponteiro de negócios.

Por isso que eu citei lá na frente objetivo de negócios, ponteiro de negócio – se há um caminho para ser bem explorado as 28 emoções humanas. Se há um caminho de uma relação mais fria, que as pessoas querem uma solução prática, um tutorial, um DIY, um post no blog com lista de dicas de como aquele serviço/produto vai funcionar passo a passo, respeite a demanda existente desse consumidor por esse tipo de conteúdo, porque ela é fidedigna. 

Também precisamos de coisas racionais e práticas e diretas que não precisam passar por dancinha no TikTok e três cambalhotas para a gente conseguir a solução.

[Rock – Bruna Dourado] E é o que falamos aqui na Rock também. É muito importante olhar a persona, basicamente o que você falou. Não dá para criar um conteúdo engraçado mas que a persona não ache útil ou que não resolva o problema dela. 

[Especialista – Patrícia Moura] Vale estudar muito para descer a persona. Já vi muitas situações de mercado – não necessariamente que eu vivi, mas que colegas de mercado trouxeram – de marcas de setores absolutamente regulados onde a ANVISA, OAB, STJ vão olhar para o que a marca faz e ali está a pessoa querendo fazer o arquétipo do bobo da corte. Às vezes o próprio cliente gostaria, ele tem um desejo, seria interessante para a carreira dele fazer algo ousado ou nessa linha, mas precisamos entender o que faz sentido em cada setor, principalmente quando falamos de setores que passam por regulamentação governamental e que vão ter mais limites no que diz respeito à comunicação.

[Rock – Bruna Dourado] Indo para um assunto um pouquinho diferente, que é a diversidade na publicidade, o quanto você acha que o Brasil já avançou e tem para avançar nesse sentido? Você acredita que as empresas estão de fato abraçando a diversidade enquanto elemento de identificação e representatividade do público ou acha que elas estão usando da publicidade para tentar cativar o público sem acreditar naquilo?

[Especialista – Patrícia Moura] Essa pergunta é bem complexa porque é difícil generalizar, mas eu trago por um recorte do que eu vivi. Em 2016 eu tive a oportunidade de participar de uma pesquisa que é uma iniciativa da ONU Mulheres em parceria com a Agência Heads, é a TodxS, que é um mapa da representatividade brasileira. Quando eu comecei a construir essa pesquisa – na época a gente fazia uma mostra de 3 mil filmes publicitários, mais o desdobramento desses filmes em peças de redes sociais – os números de representatividade, principalmente falando de raça e biotipos de corpos que não fossem necessariamente o padrão de beleza magro, não havia um número significativo de homens e mulheres na propaganda brasileira. 

Corta para 2022 e outro dia isso veio à tona em um grupo de Whatapp de líderes negros que eu participo, e fui buscar os últimos dados. O que ONU Mulheres traz hoje é que o Brasil entrou num estágio de estagnação. De 2016 para 2022 a importância da representatividade foi endereçada em todos os meios, todas as mídias, e isso teve um reflexo sim na publicidade tanto na TV quanto nas redes sociais, mas quando olhamos a pesquisa que saiu esse ano, realizada em 2021 e com uma amostra de 5.400 inserções de TV, mais de 1.500 posts no Facebook, vemos que quando existe uma história contada por uma marca que é protagonizada por um homem, em 74% das peças publicitárias esse homem é branco. E estamos falando de um país que tem mais de 50% da população preta e parda segundo o IBGE

Quando olhamos para as peças onde a mulher é protagonista daquela história, hoje no Brasil 62% são peças protagonizadas por mulheres brancas. Então de um lado temos um marco que é sair de 4% de mulheres negras em peças publicitárias em 2016, para 27% hoje em dia, mas levou 6 anos para que essa evolução acontecesse, e ainda está longe de representar a população brasileira. 

Esse é um exercício nosso, não é um exercício onde temos que ter um olhar distanciado quando falamos de diversidade. “Ah, será que a diversidade brasileira melhorou?” O que você está fazendo nas agências com seus clientes para trazer mais pessoas negras, não binárias, pessoas gordas, trans, idosos para esse cenário? Quando olhamos profundamente os próprios clientes ainda é tudo sobre a juventude, e hoje o idoso já nem é aquele idoso de antigamente, ele está acessando redes sociais, saindo para dançar, viajando… Não é mais aquele estereótipo. Hoje temos mil debates sobre longevidade e etarismo, as pessoas estão buscando cada vez mais saúde e cuidados e bem estar, então precisamos trazer as pessoas.

Elas são consumidoras, movimentam a economia. Muitas vezes são as pessoas acima dos 40 anos de idade com o maior ticket médio de compras, e precisamos trazer essas pessoas para nossas casas e campanhas com urgência, sem esperar que esse assunto se resolva sem a nossa interferência. Ele vai se resolver, mas os dados vão avançar com nossa interferência e com a gente cobrando que as pessoas se posicionem nesse sentido.

[Rock – Bruna Dourado] E como profissionais de conteúdo, conseguimos mudar um pouco isso dentro das empresas ou agências, basta colocar mais diversidade nas peças, seja falando de um design ou de um filme, pensar que a persona também pode estar em um desses grupos – é importante pensar nisso porque eles também consomem como você disse. 

Avançando um pouco mais, como você já compartilhou, você tem muitos anos de experiência com estratégia de conteúdo para redes sociais. Percebemos que muita coisa mudou com os anos, hoje temos TikTok, o comportamento do público também mudou nas redes sociais e temos as gerações mais novas para provar isso. Como você vê o cenário atual nesse mercado e o que você espera?

[Especialista – Patrícia Moura] Eu acho que estamos vivendo um momento super aquecido e cheio de oportunidades, essa é minha leitura. Acredito que as marcas já alcançaram o estágio de maturidade sobre a importância da comunicação digital e das redes sociais, e eu digo isso com a experiência de quem lá atrás em 2010 tinha que explicar para o cliente com slides o que era a rede social, porquê as pessoas estão lá, quantos milhões de usuários tinha em cada rede…

Hoje a gente nem precisa endereçar tanto esses temas, e muito dos clientes que lidamos, principalmente em grandes ambientes/agências e com grandes marcas, já vem com tantas referências quanto você. Eles já se especializaram,frequentam conferências, eventos, viajam para aprender, vão a festivais… cada vez mais temos clientes mais novos no Marketing e com maior conhecimento de mídias digitais. 

O cenário é desafiador, mas é perfeito ao mesmo tempo, porque temos os dois lados querendo fazer história, portfólio, e fazer acontecer, fazer campanhas que de fato reverberam. Então acredito que estamos num momento muito legal e eu estou muito empolgada também com a fusão de linguagem, fusão das mídias. 

Eu nasci na década de 80 e vivi a transição do analógico para o digital, tudo era muito separado. Telefone era telefone, computador era computador e TV era TV. E hoje? Está tudo no celular. 

Temos canais sociais onde conteúdos gravados com celular e conteúdos gravados com produção com escala hollywoodiana disputam o mesmo feed. Assistimos cenas ou roteiros que poderiam estar numa peça de teatro sem ir ao teatro, assistimos documentários sem precisar ir ao cinema, lidamos com uma série de possibilidades de linguagem e produção audiovisual de conteúdo na mesma plataforma, selecionada pelo algoritmo. Estamos aprendendo juntos, o Brasil é uma potência em redes sociais, não estamos nem um pouco atrasados em relação a outros países – pelo contrário, para alguns países, principalmente para a Europa – damos aula, porque nossa população é apaixonada, é early adopter, é muito afim de se engajar com conteúdo de marca e em outros países o comportamento é diferente. 

Eu diria que estamos com a faca e o queijo na mão, podendo estudar todas essas possibilidades, levar para o cliente e dialogar para fazer cases incríveis.

[Rock – Bruna Dourado] É legal também porque tem uma linguagem muito informal, e não é tão difícil fazer um vídeo e postar nas redes sociais. Basta ter uma ideia legal que vai engajar as pessoas. 

Planejar a estratégia de conteúdo para grandes empresas não é fácil pois envolve muitos times e muitas variáveis, e temos que considerar fatores como alinhamento interno de processos, contratação de agência, acompanhamento de performance e por aí vai. Que dica você dá para os profissionais de Marketing que estão dentro das empresas e querem fazer uma boa gestão de conteúdo?

[Especialista – Patrícia Moura] Na realidade, é muito desafiador, principalmente para os profissionais de Marketing que lidam com muitos fornecedores ao mesmo tempo e com estratégias encadeadas, mais sofisticadas, onde tudo se fala. Quando uma pecinha sai fora do lugar, ela acaba afetando todo esse dominó e nos bastidores tem um trabalho muito forte de equipes multidisciplinares para fazer isso acontecer. 

Quanto maior é a marca e maior é o volume de investimento que ela faz em comunicação, Marketing, mais desafiador é lidar com tudo isso. Eu diria que a essência para fazer funcionar é primeiro a organização de todas as frentes que foram abertas, ter uma ótima documentação, ter sistemas onde você consegue ver o que acontece, dashboards, tudo isso ajuda; além de ter um diálogo franco com seus fornecedores, ter a agência mais próxima. Lidar como parceiro diante dos problemas, porque eles vão acontecer.

Quando vemos grandes campanhas na rua, achamos que foi tudo perfeito, ou eventualmente julgamos que não devia ser assim ou assado, mas não estamos nos bastidores de quantas etapas daquela ideia ou plano já passaram por idas e vindas por inúmeros aprovadores para de fato ir ao ar. 

Isso sem falar da camada de artistas e celebridades envolvidas que eventualmente topam uma coisa, mas não outra e isso também pode afetar a dinâmica do conteúdo que vai para o ar. Mas de tudo que eu falei, eu acho que a máxima é organização. Quanto mais organização melhor quando se lida em grandes cenários assim. A documentação é super importante junto com o diálogo franco e aberto com os parceiros e fornecedores para resolução de problemas. 

Não é a busca de culpados, nem levantar dedos – é como resolver a questão. De uma certa maneira, trabalhar com real time me deu um pouco desse pragmatismo, não temos tanto tempo para discutir em cima daquela questão, chorar pitangas, pois o ponteiro do relógio está acelerando. Tem que olhar e fazer um brainstorm ao vivo para encontrar a solução e tocar a bola para frente. 

[Rock – Bruna Dourado] Patrícia, vou fazer agora algumas perguntas que o pessoal mandou aqui no chat, a primeira é do José Neto que é gerente de conteúdo de uma empresa no Brasil, mas o negócio é global e ele tem dificuldade de medir os resultados, além de estarem testando novas métricas. A pergunta é se você tem alguma dica com relação a métricas? 

[Especialista – Patrícia Moura] Uma consultoria, quase (risos) Primeiro diria que ele tem que estudar as métricas que ele recebe do global e ver se elas se aplicam ao Brasil, ter esse olhar crítico. Elas podem ser métricas absolutamente quantitativas e fazerem todo o sentido aqui ou ser algo mais voltado para o qualitativo, comportamental que vai afetar o resultado no Brasil. 

Por exemplo, alguns clientes no desenvolvimento de métricas vão pontuar quanto vale um comentário, um compartilhamento, etc. Vamos imaginar que para o Reino Unido valha 10 e aqui vale 5. Tem que entender o comportamento de como as pessoas respondem a comunicação no Reino Unido e de como elas respondem a comunicação no Brasil porque são públicos diferentes. É preciso pensar muito se as métricas devem ser iguais ou se precisam de ajuste metodológico. 

Eventualmente, uma consultoria de dados pode ser a solução mais adequada. Às vezes sozinhos não temos o conhecimento para levar esse assunto adiante, para escalar para a alta liderança, etc. 

Se for muito completo, eu buscaria sim a ajuda de uma consultoria e com base estatística. De fato trazer dados matemáticos para auxiliar na construção de metodologias proprietárias em relação a mensuração.

Não sei se era o que ele queria ouvir, mas dentro do pouquinho que eu ouvi de métricas que vem de outro país foi o que eu consegui elaborar. 

[Rock – Bruna Dourado] Ótimo! A Juliana Pinheiro perguntou  “para uma estratégia de conteúdo digital ser efetiva, necessariamente é preciso gerar volume altíssimo de conteúdo?”

[Especialista – Patrícia Moura] Não necessariamente, essa é uma excelente pergunta. E cabe nesta pergunta um sim ou não. Se eu estivesse falando especificamente sobre real time, sim, volumetria é bem importante. Também tem variáveis como: se é ação in loco, se é evento ou não, se é em second screen, qual a duração da situação que você está cobrindo, mas em campanhas que você não está lançando mão de conteúdo em tempo real, não necessariamente. 

Eu diria que hoje, frente às plataformas, ao modelo de remuneração das plataformas que passa pelo algoritmo, se você fizer uma jornada, uma narrativa de marca que consiga contar a história, que consiga entregar todas as mensagens e atributos que você precisa entregar, se conectando com as emoções ou jeito que o consumidor gosta, associado a mídia, você não precisa de um volume tão alto de posts para fazer isso acontecer. Mas entra no binômio orgânico-pago. O ideal é que a gente consiga casar uma estratégia de conteúdo com uma estratégia de mídia paga para que você consiga suprir e não precise produzir uma volumetria tão alta para conseguir alcançar as métricas que você deseja, os KPIs alinhados com o cliente. 

[Rock – Bruna Dourado]  O Maurício Louro perguntou sobre o real time. Se você pode dar uma dica ou falar algo sobre ferramentas. 

[Especialista – Patrícia Moura] Basicamente usamos ferramentas de métricas sociais que vão estar conectadas ao perfil oficial da marca e vão rodar para que a gente consiga construir nos dashboards a evolução dessas métricas e a gente consiga ver também quais frentes de atuação – seja conteúdo, seja formato, ou personalidades – performaram melhor naquele período. 

Usamos ferramentas de monitoramento e aí vamos olhar para as conversas que estão acontecendo sobre aquela marca, seja tagueando ou em mar abertos como chamamos no BI, e isso pode ser tanto de forma textual como também algumas ferramentas que entregam nuvens de emojis. Com essa nuvem conseguimos entender os sentimentos através dos emojis – se as pessoas estão usando de ironia, se elas estão tristes, se estão com dor de cotovelo porque queriam estar lá e não estão, se estão colocando muitos corações, etc.

E existem ferramentas que vão dar conta de olhar a performance de mídia, muitas delas até associadas às próprias plataformas. Dentro do Business Manager de cada plataforma vamos encontrar quais foram os conteúdos pagos que melhor performaram ou quais foram os posts que estão acima da linha natural de performance no orgânico o que indicaria um investimento.

Sem fazer propaganda de plataforma é isso que consigo passar, porque não trabalho diretamente com nenhuma delas – vou trabalhando com as ferramentas que os clientes trazem ou que recomendamos, mas não sou fiel a nenhuma delas. Mas são essas as três frentes: métricas, monitoramento e mensurar a performance da mídia. 

Existem outras. Quem lida com tecnologia vai entender o desempenho de um chatbot, etc, mas eu já não tenho vivência para falar sobre isso.

[Rock – Bruna Dourado] Temos uma pergunta polêmica aqui do Jorge Soares “qual sua opinião sobre alguns gurus do Marketing Digital que focam em tráfego pago como método de sucesso para clientes?”

[Especialista – Patrícia Moura] Não sei se eu tenho uma opinião. Eu diria que eu trabalho tanto, passo o dia tão submersa em reuniões que pouco dou atenção a isso. Às vezes acabamos sendo perseguidos por esses vídeos, principalmente no YouTube quando faço uma busca ou outra. 

Já tive curiosidade de clicar e ver um pouco mais, mas tudo demanda esforço e trabalho, não acredito em fórmulas, essa é minha opinião. Não acredito em fórmulas mágicas. 

Quem estiver vendendo fórmula mágica, seja de Marketing Digital, seja de emagrecimento, está ganhando dinheiro às suas custas (risos). Não tenho uma experiência para contar ou uma opinião mais aprofundada. Apenas ignoro, sigo e continuo fazendo as estratégias de conteúdo da forma como acredito, sem copy paste, cada cliente é um e vamos fazer o design de estratégia específico para essa situação e seguimos mensurando e aprendendo – inclusive com nossos erros para que possamos fazer melhor na próxima. 

Vamos precisar de mídia paga? Gerar tráfego pago? Sim, mas na minha opinião não tem fórmula mágica não. 

[Rock – Bruna Dourado] Beleza, acho que está respondido. E para finalizar nossa conversa, queria saber se você tem alguma dica ou conselho para os profissionais de Marketing que querem começar a avançar suas estratégias de conteúdo ou que estão começando a trabalhar nesse sentido. 

[Especialista – Patrícia Moura] Estudar é o ponto. Eu principalmente que estou há muitos anos no mercado olhando especificamente para essas disciplinas sei que teve uma evolução muito grande do que era lá atrás e do que é hoje. Ganhamos complexidade, muita complexidade a partir do volume de plataformas existentes, do volume de formatos existentes, das possibilidades que existem orgânicas e pagas, do volume – do mar de creators e influenciadores e como as marcas fazem uso deles. 

Sou uma grande defensora do conhecimento passado de maneira formal mesmo, na minha opinião foi o que me fez. Estude, faça sua pós, vá para seminário, conferência, leve seu caderno, vá focado em anotar, assistir palestra, pesquisar o case que o palestrante falou…. Compre livros, troquem grupos – muitos profissionais têm grupos de ajuda que vão tirar dúvidas técnicas dentro das próprias redes sociais – então eu acredito num caminho que de fato envolve altíssimo comprometimento deste profissional com esse conhecimento e com essa prática.

Se me perguntarem porque a Patrícia deu certo, são 17 anos insistindo nessa disciplina, nesse mercado, querendo fazer de forma apaixonada. São 17 anos fazendo a mesma coisa basicamente, mudando de cargo, agência, marcas, mas fazendo a mesma coisa. Foi isso que me fez crescer e que consigo compartilhar. Existem outros jeitos? Com certeza, mas consigo compartilhar o que eu vivi e o que eu acredito. 

[Rock – Bruna Dourado] Legal demais esse papo, Patricia! Aproveito para fazer um convite para quem nos assiste: se você deseja acelerar os resultados da sua empresa através de estratégias avançadas de conteúdo, pode preencher o formulário no final da página e receber um diagnóstico gratuito do seu Marketing com um especialista da Rock Content. 

Outro convite é que a próxima Jam Session já tem convidado também, vai ser o Felipe Bazon, ele é especialista em SEO e atualmente é CEO da Hedgehog. Fiquem atentos nas redes da Rock, vamos divulgar mais informações e o link de inscrições em breve.

Patrícia, queria agradecer muito você ter batido esse papo com a gente, acho que foi muito enriquecedor para todos que assistiram, muito obrigada por compartilhar tanta informação de valor e experiência com a gente.

[Especialista – Patrícia Moura] Obrigada a vocês pelo convite. Adorei estar aqui. Espero que toda essa vivência e exemplos que eu trouxe de mercado possam ser úteis para vocês que estão ouvindo. Sigam firmes na jornada, estudem com afinco que vai dar certo e vai acontecer. 

[Rock – Bruna Dourado] O pessoal está pedindo dicas de livros! Se quiser falar aqui ou postar depois no Linkedin, fique à vontade. 

[Especialista – Patrícia Moura] Vou fazer uma listinha cuidadosa que possa fazer sentido para vocês. 

[Rock – Bruna Dourado] Obrigada gente, boa noite para todo mundo, até breve! 

[Especialista – Patrícia Moura] Obrigada, boa noite! 

Conteudo Extra

Conteúdo hero, hub e help

Seu conteúdo precisa ser um vídeo na rede social do momento ou manipular emoções profundas para entregar relevância para seu público? Não necessariamente. Muitas vezes, em busca de atingir parâmetros ligados ao que outras marcas estão fazendo, empresas podem perder o foco do que realmente importa: suas personas. 

Afinal, se sua persona é um profissional em um setor burocrático buscando um tutorial de como usar uma ferramenta ou uma pessoa sem tempo que apenas queria ler uma lista curta e direta de dicas, um conteúdo mais objetivo vai ser mais valioso do que aquele vídeo apoteótico ou parceria com um influenciador famoso. 

É aqui que entram os tipos de conteúdo hero, hub e help. Eles são: 

  • o conteúdo help é a base da pirâmide de conteúdo, e diz respeito a posts, vídeos e outros formatos que têm o intuito de educar, informar e sanar dúvidas;
  • o conteúdo hub é intermediário, e podem ser usados para gerar mais conexão com o público e até mesmo entreter; 
  • o conteúdo hero está no topo da pirâmide e são pensados para encantar e surpreender o público de forma singular. 

A importância do brandbook

Ao longo de sua entrevista, Patrícia falou sobre a importância do brandbook como uma ferramenta para mergulhar e se aprofundar na estratégia de uma marca. 

O brandbook, como o nome sugere, funciona realmente como um manual de instruções de uma marca. Nele, o profissional encontra todos os aspectos que fazem dessa marca o que ela é, e materializa conceitos, práticas e outros assuntos relevantes para a empresa, como sua missão, valores, voz, objetivos, identidade visual, etc. 

O brandbook é um guia essencial para designers, criadores de conteúdo e demais profissionais que vão trabalhar com aquela marca. Por meio dele, é possível traçar estratégias baseadas na maneira como essa marca deseja se posicionar no mercado e para seu público. 

No mais, o brandbook é um instrumento poderoso para humanizar a marca. No fim das contas, se a marca fosse uma pessoa, o brandbook mostraria como ela falaria, do que ela gosta, quais são seus sonhos, o que é importante para ela, entre outros pontos. 

Tudo isso deve estar no brandbook, e esses dados ajudam profissionais de Marketing a entender caminhos que possam tornar o diálogo entre a empresa e o público mais rico e pessoal, gerando ainda mais conexão. 

Roda das Emoções de Robert Plutchik 

Ao falar da criação de conteúdo que realmente impacta o público e gera identificação, Patrícia comentou que não vê outro caminho a não ser um conteúdo que foque nas emoções humanas.

Nesse ponto, ela mencionou sua fascinação pelo trabalho de Robert Plutchik e sua Roda das Emoções. Nos anos 1980, o teórico e psicólogo mapeou 28 emoções humanas em sua pesquisa.

Fonte: Wikipedia

Ele criou a roda, um recurso gráfico (às vezes apresentada como uma flor, mas também como um cone) que mostra diversas emoções categorizadas com base nos seguintes critérios:

  • básicas e compostas (as oito emoções básicas são alegria, confiança, medo, surpresa, tristeza, nojo, raiva e antecipação. As restantes são secundárias ou compostas); 
  • antagonismo (grau de similaridade ou discrepância, como alegria versus tristeza); 
  • intensidade (por exemplo, o temor em relação ao terror). 

No seu trabalho, Plutchik mostra como as emoções se relacionam e podem ser combinadas para formar outras sensações (como Alegria + Nojo igual a Apatia), se tornado um instrumento valioso para empatia, compreensão e também para detectar eventos que desencadeiam emoções. 

Nesse ponto, é uma ferramenta interessante para ser considerada em estratégias de conteúdo que desejam realmente causar impacto e surpreender o público.

5 grandes marcas no Pinterest para inspirar sua estratégia de Marketing

O Pinterest pode até ser considerado por muitos profissionais como o patinho feio das redes sociais, mas o cenário não é como algumas empresas pensam. Com 433 milhões de usuários ativos em todo o mundo, é possível alcançar milhões em tráfego e aumentar o reconhecimento da sua marca por meio da plataforma se você usá-la com sabedoria.

Neste artigo, vamos listar 5 marcas que estão fazendo um excelente trabalho no Pinterest para inspirar você a começar ou aprimorar sua estratégia de Marketing por lá.

5 marcas que usam o Pinterest em suas estratégias de Marketing

1. IKEA

A IKEA é uma marca reconhecida mundialmente que projeta, cria e vende produtos de decoração prontos para montar, como eletrodomésticos, acessórios para casa, etc.

No Pinterest, a sua estratégia de Marketing cria todo um “ambiente caseiro”, partilhando ideias de design e organização, dicas de como usar e cuidar dos objetos do dia-a-dia. Indo ainda mais longe, eles compartilham receitas de bebidas e refeições para quando você for receber amigos. 

Sua conta no Pinterest realmente nos ensina a importância de conhecer profundamente sua persona, para que você possa construir toda uma estratégia em torno de explorar seu estilo de vida.

2. Airbnb

Com mais de 10 milhões de visualizações mensais e mais de 165 mil seguidores, a conta do Airbnb no Pinterest compartilha os destinos do Airbnb ao redor do mundo, além de ideias de viagem e dicas práticas.

O conteúdo deles pode parecer um pouco óbvio, eu sei. Mas o sucesso (e a perspicácia) da estratégia de Marketing do Airbnb no Pinterest é como eles usam palavras-chave e hashtags estratégicas para os termos de pesquisa mais acessíveis. Afinal, estamos falando de uma plataforma de rede social que também usa SEO para entregar o conteúdo certo para seus usuários.

E falando em hashtags, elas incentivam seus seguidores a também compartilharem suas fotos usando a hashtag do Airbnb, o que cria um sentimento de comunidade e pertencimento. Bem legal, não é mesmo?

3. Etsy

Etsy é um mercado online global, onde você pode comprar itens vintage, personalizados e exclusivos de pequenas empresas e empreendedores. Como você pode imaginar, o significado de “sucesso” para a Etsy é tornar esses negócios bem-sucedidos usando seu marketplace.

Assim, toda a sua estratégia de Marketing no Pinterest se baseia em ajudar a promover esses pequenos negócios, dando a eles o espaço de que precisam para compartilhar seu trabalho. Lá, você encontrará vídeos e conteúdo apresentando uma visão “nos bastidores” das pequenas empresas e seus processos criativos.

Com essa abordagem, a Etsy está promovendo não apenas os produtos encontrados em seu site, mas também dando voz ao artista vendedor. Com isso, eles estão tornando seu marketplace ainda mais atrativo tanto para clientes quanto para vendedores.

4. Revista Vogue

Usando a plataforma para criar uma sensação de exclusividade, a estratégia de Marketing da Revista Vogue no Pinterest se baseia no compartilhamento de vídeos de sessões de fotos e fotos de “bastidores”.

Quando pensamos em construir uma comunidade de marca, esse tipo de conteúdo “exclusivo” pode ajudá-lo a elevar seu público dedicado e apaixonado.

Além disso, é um exemplo que pode inspirar você a diversificar seu conteúdo em diferentes redes sociais e torná-los atraentes de forma única.

5. Samsung

A estratégia de Marketing da Samsung no Pinterest nos ensina a importância de entender verdadeiramente a rede social em que você está antes de planejar sua abordagem estratégica, e isso inclui não apenas conhecer a plataforma em si, mas também seu público e comportamento do usuário.

Se você der uma olhada no Instagram deles, encontrará toneladas de fotos e conteúdo sobre telefone, não apenas porque este é o produto principal, mas porque também funciona para o público do Instagram. Mas, como você pôde ver neste artigo, o Pinterest é mais sobre estilo de vida, ideias de design e conteúdo inspirador.

Bem, não por acaso, a conta do Pinterest da Samsung é completamente diferente da sua conta do Instagram. No Pinterest, eles focam em eletrodomésticos e inspiração para casa, já que isso faz todo o sentido para essa plataforma especificamente.

A principal lição aqui é: por que perder tempo e dinheiro com conteúdo que não fará sentido para o seu público? Podemos (e devemos) usar diferentes plataformas de rede social para criar abordagens diferentes se é isso que vai entregar mais valor aos nossos clientes!

Quer continuar atualizado com as melhores práticas de Marketing? Então se inscreva na The Beat, o boletim interativo da Rock Content. Lá, você encontrará todas as tendências que importam no cenário do Marketing Digital. Vejo você lá!

CTR (Click Through Rate): O Que É e Como Melhorar Em 2022

mesa de escritório com pessoa acessando tablet com conteúdo sobre CTR

CTR, do inglês Click Through Rate, significa taxa de cliques. Essa é uma métrica muito utilizada em estratégias de marketing digital, pois permite avaliar quais peças e campanhas têm registrado bom desempenho e quais necessitam de ajustes para alcançar resultados melhores.

A pergunta “como melhorar o desempenho de anúncios online” pode ser respondida com outra: qual é o seu CTR?

O CTR é, simplesmente, um dos mais importantes indicadores de desempenho do marketing digital.

Uma métrica que todo profissional e empresa deve e precisa conhecer.

Em campanhas de links patrocinados, como no Google Ads, o CTR faz a diferença para que você entenda o que dá retorno ou não.

É quase mágico!

Mas se você não domina o conceito e não conhece os seus benefícios, não se preocupe. Basta continuar a leitura.

Neste artigo, vou explicar o que é CTR e como aumentar a taxa de cliques das suas campanhas online.

Vamos lá?

O que é CTR?

ilustração com alvo foguete e título em destaque sobre Click Through Rate CRT

O significado de CTR (Click Through Rate) é taxa de cliques, em português.

Uma métrica fundamental para que você possa avaliar quais anúncios têm bom desempenho e quais devem ser otimizados.

Independe da plataforma utilizada: vale tanto para campanhas online no Google Ads quando nos Social Ads das redes sociais.

Está se perguntando sobre o que significa um CTR alto e um CTR baixo? Explico antes de avançar para a importância do CTR.

Ter um CTR alto quer dizer que seu anúncio é útil e que oferece para o usuário o que ele está procurando.

Já um CTR baixo significa que não oferece um resultado relevante para a intenção de busca.

O indicador também impacta no Custo Por Clique (CPC), ou seja, quanto você paga a cada clique dado pelo usuário em seu anúncio.

Quanto maior for o CTR, menor será o CPC.

E quanto menor for a taxa de cliques, menor será o custo por clique.

Para que serve o CTR?

Nada melhor para saber o que é CTR do que entender para que essa métrica serve.

Para isso, precisamos antes ter uma ideia de proporção: afinal, conseguir 20 cliques a cada 100 visualizações é melhor do que 10 cliques, certo?

Pois o CTR serve justamente para expressar em um único número essa variação, indicando a exata proporção entre visualizações e cliques.

Trata-se de um indicador fundamental para analisar o sucesso de uma campanha.

Digamos que você tem um anúncio com CTR alto, mas que por algum motivo não está gerando tantas conversões.

Isso sinaliza para possíveis problemas na sua landing page ou mesmo para a segmentação, ou seja, as pessoas que você está atraindo não são leads qualificados.

Perceba que o CTR não é um indicador absoluto: é possível ter um CTR mais baixo e, ainda assim, converter mais.

De qualquer forma, ele serve como um ponto de partida para suas análises de performance, dando pistas sobre o que está e o que não está funcionando.

Qual é a sua importância?

laptop sendo acessado por mulher executiva segurando smartphone e símbolos relacionados ao CTR

O CTR é importante porque vai mostrar se os anúncios de um produto ou marca estão sendo eficazes.

Dependendo do resultado, você sabe o que deve otimizar e por quais motivos.

Também descobre quais das peças veiculadas estão dando maior retorno e sendo melhor recebidas pelo público.

Ao olhar para a taxa de cliques, você sabe quais call-to-actions, fotos, estratégias e ofertas são os melhores para aumentar suas vendas.

Que tal um exemplo?

Vamos supor que você criou dois anúncios para vender um produto, que é um curso online sobre um assunto relevante ao seu nicho.

Nas duas peças, usou as mesmas descrições e palavras-chave. A única diferença neste teste A/B foi a foto de cada anúncio.

Em um deles, você colocou uma foto sua, palestrando. Em outra, a foto de um computador.

Ao analisar os resultados conquistados até então, percebe que a primeira está tendo um CTR mais alto do que a segunda.

O que você aprende com isso?

Que o seu público tem mais interesse em peças “humanizadas”, como aquelas onde você aparece.

Então, passa a incluir fotos suas nos outros anúncios, melhorando o desempenho da campanha online.

Em outras palavras, é a taxa de clique que define a qualidade do seu anúncio.

Se o CTR está baixo, é sinal de que a peça está tendo poucos cliques em relação à quantidade de impressão.

Então, consequentemente, seu custo será maior.

Quando isso acontece, é preciso rever as palavras-chave utilizadas e fazer outros ajustes na campanha.

Falo mais sobre como aumentar a taxa de cliques ainda neste artigo.

Mas voltando à importância dessa métrica, ter um CTR alto ou baixo também impacta no índice de qualidade (IQ) do Google Ads.

E não para por aí: influencia ainda a relevância do anúncio e da landing page (página de destino).

Só para que entenda melhor o que isso quer dizer: o IQ leva em conta todos os anúncios veiculados no Google.

E, com base em uma série de critérios, dá notas de 0 a 10.

Quanto mais alta for a nota, melhor é a qualidade de uma peça.

Então, otimizar a campanha para melhorar a taxa de cliques é crucial para alcançar boa performance e um CPC menor.

Quando usar o CTR?

Você vai perceber ao longo deste texto que eu sempre volto a bater na tecla da conversão.

Faço isso porque o CTR é utilizado sempre em campanhas nas quais o objetivo seja gerar alguma resposta efetiva por parte do usuário/visitante.

Pode ser uma compra, baixar um e-book ou realizar uma inscrição, por exemplo.

Desde que o anúncio conduza seus visualizadores a uma ação, o CTR é indicado como uma métrica de avaliação.

Mas lembre-se: como todo indicador, ele não deve ser tomado como única referência.

Como vimos, em certos casos, um CTR baixo pode não significar que uma campanha está falhando.

Por essa razão, sempre recomendo para os meus clientes que se apoiem na estatística para interpretar com mais precisão os seus resultados.

Imagine, por exemplo, que uma mesma campanha realizada no mês de agosto do ano passado teve resultados melhores, mas um CTR mais baixo do que agosto deste ano.

Portanto, a taxa de cliques não deve ser levada como um “oráculo” infalível, mas relativizada conforme a meta em questão, que é o que interessa de fato.Esse é também um motivo para adotar metas que sejam consistentes, sempre pautadas na matriz SMART.

Como calcular o CTR

ilustração sobre CTR baixo e alto

A tentação de usar o CTR como único indicador de sucesso também pode ser creditado à facilidade com que pode ser calculado.

Afinal, todo mundo gosta de ter respostas simples e que possam ser obtidas com pouco trabalho, não é?

Realmente, o cálculo do CTR é muito fácil, podendo até ser feito de cabeça, embora a calculadora seja a melhor ferramenta para isso.

Para chegar ao valor desse indicador, você só precisa ter em mãos o número de cliques de um anúncio ou campanha e o número de visualizações.

Para isso, use a seguinte fórmula:

  • CTR = (número de cliques / número de visualizações) x 100.

O resultado em porcentagem vai mostrar a taxa de cliques da peça analisada.

Veja um exemplo:

  • Seu anúncio tem 5 mil impressões e 50 cliques
  • (50 / 5.000) x 100
  • 0,01 x 100
  • Seu CTR é de 1%.

Perceba que, quanto maior ou mais aproximado for o número de cliques das visualizações, maior será o CTR.Isso quer dizer que seu anúncio tem mais qualidade e está gerando interesse nas pessoas impactadas por ele, pelo menos quando se trata de gerar cliques.

Como saber se o CTR está alto ou baixo?

botão de cálculo do CTR

A média do CTR varia de acordo com o segmento de atuação de cada empresa e também com a experiência dela com anúncios.

Mas, com um pouco de prática, você vai melhorar cada vez mais a sua capacidade de analisar e interpretar esse dado.

Para entender se o CTR de uma campanha online está alto ou baixo, o primeiro passo é separar os modelos de campanha.

Motivo: o desempenho de um anúncio na rede de pesquisa não é igual ao da rede de display.

Afinal, no segundo, geralmente, o objetivo é conquistar visualizações e não cliques.

Outro ponto importante a ser considerado é o objetivo da estratégia:

  • O CTR é ideal para anúncios que têm como objetivo a conversão, indicando o número de interessados pelos cliques
  • Já em uma campanha com foco em visualizações de anúncio, como para a fixação da marca, analisar o CTR não é tão vantajoso. Afinal, mira as visualizações e não os cliques.

O CTR para as principais redes sociais

Eu não explicaria bem o que é CTR sem me aprofundar um pouquinho na maneira como cada plataforma trabalha com esse indicador.

Nesse caso, as redes sociais precisam ser analisadas à parte, considerando o perfil de usuário e o tipo de experiência oferecido por cada uma.

No Linkedin, por exemplo, a taxa de cliques tende a ser reduzida, considerando que essa é uma rede social profissional e de negócios.

Já no Instagram, o CTR terá relação direta com a qualidade da imagem ou vídeo apresentado no anúncio, enquanto no Facebook, o texto ganha uma importância maior.

São fatores que precisam ser colocados na balança na hora de analisar os CTRs, para que seus insights sejam precisos e levem a otimizações consistentes.

Como veremos a seguir, cada rede trabalha a partir de conceitos próprios, cada qual influenciando de alguma maneira a forma como o CTR poderá ser interpretado.

Facebook

O Facebook deixa muito claro que o cálculo do seu CTR considera todos os cliques.

“Ué, mas que diferença isso faz, Neil?”

Para o Facebook, faz muita diferença, já que suas campanhas diferenciam todos os cliques de cliques no link.

Alguns exemplos disso são, segundo o próprio Facebook:

  • Cliques em uma imagem ou em um botão de chamada para ação dentro de um anúncio que usa o objetivo de tráfego
  • Cliques em um link de URL no texto da descrição de um anúncio
  • Cliques em formatos de anúncios que levam alguém para dentro de uma experiência em tela cheia, como formulários de cadastro, Canvas e coleção
  • Os cliques em sites e lojas de aplicativos diretamente de links no anúncio ou no Feed de Notícias.

E o que seria então “todos os cliques”?

O Facebook também exemplifica:

  • Curtidas, comentários ou compartilhamentos na publicação
  • Cliques em uma Página do Facebook ou em um perfil do Instagram
  • Cliques para expandir uma foto ou vídeo para tela cheia.

Esteja atento a essas diferenças ao montar sua campanha, já que a apresentação dos resultados levará em conta as distinções.

Instagram

Como vimos, o CTR é sempre uma métrica relativa.

No Instagram, essa relatividade é ainda maior, tendo em vista que diferentes setores apresentam diferentes taxas de cliques.

É o que revela a media planner Nadia Chopra no tópico (em inglês) “o que é um bom CTR para o Instagram?”, no Quora.

Segundo a especialista, a média para o CTR em todos os setores nessa rede social é de 0,88%, com a maior taxa de cliques registrada em 3,19%.

Ela destaca ainda os setores com as maiores taxas de cliques:

  • Ensino superior (3,19%)
  • Equipes esportivas (1,79%)
  • Influenciadores (1,42%).

Os que apresentam CTRs mais baixos são:

  • Saúde e Beleza (0,51%)
  • Moda (0,51%)
  • Varejo (0,60%).

Resumindo: no Instagram, o CTR precisa ser avaliado conforme o tipo de produto ou serviço anunciado.

Um CTR de 0,8% para um anúncio de uma universidade poderia ser considerado baixo, enquanto essa taxa para uma empresa de moda seria motivo para comemorar.

LinkedIn

Por ser uma rede social de perfil mais empresarial e corporativo, o LinkedIn tem algumas particularidades que precisam ser consideradas.

Nela, as campanhas em geral têm objetivos mais voltados ao branding do que vendas diretas, embora isso seja perfeitamente possível.

É comum no LinkedIn campanhas cujos objetivos são baixar materiais educativos, inscrições em eventos ou simplesmente divulgar uma marca.

Tanto é que, entre os objetivos possíveis nessa rede social, está a chamada “Conscientização da Marca”, na qual o CTR nem cabe.

De qualquer forma, é importante considerar o que o LinkedIn define como uma impressão em conteúdos pagos (sponsored content):

“Sempre que o anúncio estiver 50% à vista em uma tela de dispositivo ou janela do navegador por pelo menos um segundo no desktop ou 300 milissegundos no celular. Para anúncios exibidos no LinkedIn Audience Network, uma impressão é contada quando o anúncio renderiza na página do parceiro.”

7 maneiras de aumentar a sua taxa de cliques

ilustração sobre Click Through Rate e símbolos relacionados

Os resultados de CTR não estão bons?

Sempre há margem para melhorar.

Aqui vão algumas dicas certeiras para que possa aumentar a sua taxa de cliques:

1. Defina uma estratégia

Tudo começa a partir da definição de uma estratégia eficiente.

É ela que torna os resultados naturalmente melhores e facilita um melhor posicionamento do anúncio.

2. Utilize call to action

ilustração sobre call to action

Call to action significa chamada para ação.

É uma frase de impacto que deixa claro o que uma empresa espera que o usuário faça.

Exatamente por isso, influencia bastante o CTR.

Veja alguns exemplos:

  • Compre agora
  • Entre em contato
  • Faça sua reserva
  • Inscreva-se
  • Ligue já.

Quando o usuário – pessoa impactada pelo anúncio – lê o call to action e toma uma ação, clica no anúncio.

Então, precisa ser direcionado para a página que espera encontrar para concluir a ação.

Caso isso não aconteça, ele provavelmente vai sair do seu site assim que for carregado, elevando a sua taxa de rejeição.

Taxa de rejeição, por sua vez, mede o quanto cada usuário continua a navegar dentro de um site, isto é, se não sai da página assim que ela abre.

Com isso, é uma métrica que ajuda a avaliar a qualidade de um site.

3. Fique atento à sua URL

Quase todo internauta dá atenção à URL do site para onde está sendo redirecionado.

Afinal, precisa ter certeza que parece seguro e tem a ver com sua intenção de pesquisa.

Por isso, o endereço deve ter relação com a palavra-chave pesquisada.

Tenha em mente que a URL também é importante para reter usuários em seu site.

4. Escolha bem as suas palavras-chave

mão segurando lupa destacando título Keywords

Para encontrar os termos mais pesquisados pelos usuários, você pode fazer uma pesquisa de palavra-chave na Ubersuggest.

Essa é uma ferramenta que desenvolvi para ajudar pessoas e empresas a ganharem o jogo do SEO.

Basta digitar um domínio ou palavra-chave.

Em seguida, é hora de escolher a palavra-chave principal de seu grupo de anúncios e a inserir em seu título e texto.

Só tenha cuidado para que não pareça algo forçado, ok?

Se preferir, você pode usar um código para atualizar sua publicidade de acordo com as palavras-chave do seu grupo.

Anote aí: {keyword:palavra padrão}.

Quando mais positiva for a experiência do usuário, melhor. E isso ajuda ele a visualizar exatamente o termo que deseja.

5. Aproveite os períodos sazonais

calendário relógio e calculadora em mesa de escritório

Explore datas sazonais como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal para alavancar sua taxa de cliques.

Como são períodos que movimentam o comércio, tendem a gerar mais tráfego e, assim, mais chances para que as pessoas visualizem seus anúncios.

Quer testar o potencial da sazonalidade para as suas campanhas online?

Então, programe alguns anúncios para serem veiculados durante essas épocas.

Você vai se surpreender com os resultados alcançados.

Esse é mais um truque para focar o seu segmento de negócio e, assim, aumentar o CTR dos anúncios online.

6. Escreva bons títulos e descrições

títulos web como importante passo do CTR

Para criar títulos e descrições irresistíveis de clicar, você só precisa de uma boa de criatividade e um pouco de conhecimento técnico.

Fazer uma segmentação bem feita do seu público-alvo também é importante.

Veja algumas dicas rápidas para otimizar títulos e descrições para que seu prospect converta na ação desejada:

  • Use números para chamar atenção, se for possível
  • Explore o uso de adjetivos para se diferenciar da concorrência
  • Evite criar títulos que possam ser respondidos apenas com “sim” ou “não”
  • Não esqueça de escolher uma palavra-chave relevante para seu público
  • Nem de deixar a racionalidade de lado
  • Entregue uma promessa ou solução rápida que faça ele ter vontade de clicar em seu anúncio.

Exemplos:

  • 5 erros que você precisa evitar para criar um anúncio de sucesso
  • 10 tendências do marketing de conteúdo para alavancar suas vendas
  • Como criar conteúdo encantador como um guru do marketing digital
  • Aprenda o básico de SEO em 1 minuto.

7. Utilize apelos emocionais

Gatilhos mentais, como a urgência, funcionam muito bem quando estamos falando de campanhas online no Google Ads ou redes sociais.

Quando você oferece, por exemplo, descontos por tempo limitado ou ofertas relâmpago, passa a ideia de que vão terminar em breve.

Isso faz com que o usuário sinta mais pressa ao conferir o que sua empresa tem para ele.

Atenção: para não gerar experiências negativas, seja claro ao informar até quando a oferta ou promoção vai acontecer.

Essa informação pode aparecer no texto ou na imagem, mas precisa estar lá.

3 cuidados com CTR

ilustração sobre click rate

Antes de concluir, vamos a três pontos de atenção importantes.

Leve-os em conta ao analisar os resultados do CTR de seus anúncios online.

CTR é exclusivo do canal

Um erro comum ao mensurar resultados de campanhas online é comparar CTRs em canais de marketing diferentes.

Cada canal tem uma média própria de taxa de cliques de acordo com a situação e momento no qual o elemento de linkagem é mostrado.

CTR tem prazo de validade

Quando um anúncio é uma novidade dentro do ambiente onde está sendo veiculado, naturalmente, sua taxa de cliques será maior.

Então, conforme o tempo passa, ele vai perdendo sua força e as peças passam a fazer parte da paisagem.

Ou seja, os usuários se acostumam com elas e não despertam mais tanto interesse. Se tornam saturadas.

Por isso, mudar as chamadas com o tempo para que não se tornem previsíveis é fundamental para aumentar o CTR.

O CTR não é o único responsável

O CTR é uma métrica importante para medir o resultado de uma campanha, mas não deve ser avaliado sozinho.

Isso porque mostra a qualidade dos anúncios, mas não significa uma conversão.

A principal função do CTR é mostrar a capacidade que o anúncio tem de chamar a atenção do público.

Dentro do funil, é um indicador importante para capturar a atenção dos usuários.

Para que entenda o resultado de uma campanha leve em consideração outros KPIs e não apenas métricas isoladas.

É possível unir com outras métricas?

Possível e recomendável.

Afinal, na vida e no marketing digital, não existe verdade absoluta.

Visto isoladamente, o CTR pode apresentar uma versão enviesada sobre a performance de uma campanha, induzindo o gestor ao erro em suas decisões.

Ressalto a necessidade de utilizá-la sempre junto a outras métricas, afinal, o que é CTR, se não um recorte sobre o desempenho de um anúncio?

Ele jamais fornecerá uma visão ampla a respeito de uma campanha, cuja performance deve ser analisada sob outros aspectos.

Chamo a sua atenção a seguir para duas métricas que podem gerar confusão ao serem analisadas junto com CTR.

CPC

Como vimos, o CTR ajuda a entender a performance a partir de uma outra métrica, o Custo por Clique.

Não custa relembrar: quanto mais alto o CTR, menor será o CPC, o que é sempre bom.

Porém, como também vimos, o CTR é uma métrica relativa.

Os visitantes podem estar clicando em um anúncio, sem que isso gere efetivamente conversões ou que os objetivos da campanha estejam sendo atingidos.

Seria o caso de um anúncio para uma landing page de cadastro com um alto índice de rejeição.

Portanto, você estaria pagando pouco por clique, mas isso não significaria muita coisa, tendo em vista que sua meta principal não estaria sendo atingida.

CPM

As campanhas do LinkedIn para gerar conhecimento de marca são um ótimo exemplo de anúncios cuja performance pode ser medida pela métrica de Custo por Mil (CPM).

Ela indica o custo de uma campanha a cada mil visualizações, portanto, quanto mais pessoas visualizarem o anúncio, maior será o seu custo.

Nesse caso, o CTR já não faz muito sentido, já que clique é um tipo de ação que vai além da simples visualização.Se quiser saber ainda mais, não deixe de ler depois o artigo em que mostro as diferenças entre CPM, CPC e CPA.

Conclusão

Espero que esse artigo tenha ajudado você a se sentir mais seguro ao trabalhar com campanhas online no Google Ads e Social Ads.

Como você deve ter percebido, entender o que é CTR pode parecer desafiador, mas com estudo e prática se torna mais fácil.

Gostou deste artigo? Então, compartilhe a sua experiência com a análise do CTR aqui nos comentários.

E conte também como tem sido sua experiência nas campanhas digitais. Está satisfeito com os resultados?

O que é CTR?

O significado de CTR (Click Through Rate) é taxa de cliques. Essa métrica é fundamental para que você possa avaliar quais anúncios têm bom desempenho e quais devem ser otimizados.

Por que o CTR é importante?

O CTR é importante porque vai mostrar se os anúncios de um produto ou marca estão sendo eficazes.

Como saber se o CTR está alto ou baixo?

A média do CTR varia de acordo com o segmento de atuação de cada empresa e também com a experiência dela com anúncios.

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As SERPs são enviesadas? Como estereótipos comuns afetam resultados (e esforços de Marketing)

Adoramos o Google. E, como profissional de Marketing e conhecedora de tecnologia, não posso viver sem perguntar ao Google tudo o que me passa pela cabeça. Claro, eu sei que a internet nem sempre é a melhor fonte de informação — mas é tão rápida e fácil que é inevitável não usá-la.

O problema é quando confiamos demais nas informações da SERP, sem realmente verificá-las. Assim, como a tendência é que o algoritmo nos mostre o que acredita ser útil para nós, somos mais propensos a cair em preconceitos implícitos, meias-verdades ou desinformação.

O Google e suas SERPs estão aumentando o preconceito? Neste artigo, veremos como o algoritmo, quando não é usado corretamente, pode reforçar nosso preconceito inconsciente. Também analisaremos qual é a nossa responsabilidade como profissionais de Marketing, especialistas em SEO e produtores de conteúdo.

O que é um preconceito ou viés implícito?

De acordo com o site perception.org, um viés implícito descreve atitudes em relação a pessoas ou associa estereótipos sem que haja uma consciência total sobre ele. Alguns exemplos são o fato de associar a ideia de criminalidade a pessoas negras ou a vincular o conceito de fragilidade ao gênero feminino sem se dar conta.

É necessário destacar que o gênero não é o único atributo que pode gerar um viés inconsciente. Outros tipos de preconceito incluem:

  • raça;
  • religião;
  • ideologia política;
  • idade;
  • classe social;
  • nacionalidade.

E sim, podemos ver como os estereótipos afetam os esforços de Markting, inclusive atualmente. Vamos explorar o assunto!

O que os motores de busca têm a ver com preconceito?

Outro dia estava procurando a foto de uma presidente em um banco de imagens. Curiosamente, os principais resultados mostravam presidentes homens. Assim, tive que especificar que buscava uma presidente mulher.

Por outro lado, quando digitei “cabeleireiro” no motor de busca, aparecerem principalmente imagens de mulheres na página de resultados.

É isso que tento explicar ao falar sobre como esses preconceitos estão presentes no nosso dia a dia, mesmo em uma simples pesquisa no Google.

Essa preocupação sobre como a SERP reforça os preconceitos não é uma novidade. Em 2013, a ONU Mulheres lançou uma campanha chamada “The Autocomplete Truth”, que mostrava como o recurso de preenchimento automático sugeria algumas ideias estereotipadas.

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Além disso, em seu livro “Algorithms of Oppression”, a escritora Safiya Noble mostra e critica como os mecanismos de busca desempenham um papel importante no reforço de estereótipos.

Entre os buscadores, a autora menciona o Google, que tem uma história de racismo. Em um breve exemplo, ela mostrou que os resultados que aparecem quando você digita “penteado profissional” são associados a mulheres brancas com cabelos lisos, enquanto a expressão “penteado não profissional” é relacionada com mulheres negras. 

Pesquisas recentes usando sistemas de associações de palavras a partir de textos massivos na internet evidenciaram que palavras representando o conceito de “pessoas” (por exemplo, “alguém” ou “humano”) eram relacionados mais frequentemente com termos que remetiam a “homens” do que a “mulheres”. Isso mostra como o padrão masculino é um preconceito muito presente na sociedade.

Como o preconceito inconsciente afeta as decisões de Marketing?

Como disse, o preconceito está em toda parte, e isso inclui nossas abordagens de Marketing. Até mesmo alguns especialistas admitem que os preconceitos podem nos levar a ser maus profissionais de Marketing. Essa é a prova de como nossas mentes podem jogar contra nós, levando à perda de conversões.

No entanto, algumas empresas estão tentando lutar contra essa realidade, chegando até a se beneficiar desse esforço. Um exemplo está no mercado automobilístico: de acordo com dados do Facebook, no Brasil, pelo menos 85% dos anúncios do setor de autopeças incluem apenas homens em situação de protagonismo.

Então, na tentativa de trazer mais diversidade aos anúncios, a Jeep no Brasil decidiu exibir tanto mulheres quanto homens curtindo a aventura em um dos seus novos carros. A campanha realmente teve bons resultados, com um incremento de 28 pontos na lembrança de marca entre os anúncios que exibiram ambos os sexos.

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Outra boa iniciativa vem do Pinterest, que busca trazer mais diversidade para as buscas pelo seu algoritmo. O próprio Google reconheceu o poder das palavras e lançou uma ferramenta de linguagem inclusiva que considera alguns termos com flexão de gênero. Por exemplo, quando você digita “o homem”, o mecanismo pode sugerir “humanidade”.

Acima, nos referimos mais às mídias sociais e a tomadas de decisão mais humanas. Mas, quando o assunto são as SERPs, outros fatores entram em consideração, como a inteligência artificial e os algoritmos. O triste, aqui, é que os dados e tecnologia podem ser racistas, mesmo que isso pareça contraditório, já que ambos são vistos como ciências exatas.

Porém, precisamos lembrar que os dados e a tecnologia foram criados por humanos, que estão sujeitos aos seus próprios preconceitos, mesmo quando estão construindo inteligência artificial.

Como a autora do Search Engine Journal, Carolyn Lyden afirma: “os algoritmos e o machine learning são tão bons quanto as informações que usamos para alimentar esses modelos”.

Felizmente, como profissionais de Marketing, temos o poder de mudar nossas mentes, detectar nossos preconceitos e agir sobre eles. Ao identificar nossos próprios preconceitos, podemos perceber quando se trata de um estereótipo que não representa a realidade.

Como diminuir o preconceito?

Não é fácil lutar contra um algoritmo; tanto é que, mesmo que o Google tenha tentado reduzir os vieses nas SERPs, ainda há um longo caminho a percorrer antes de termos uma tecnologia livre de preconceitos.

Mas podemos fazer algumas ações para melhorar essa situação. Afinal, somos nós que proporcionamos o conteúdo a esses algoritmos, não é? A seguir, você confere algumas dicas!

Comece por você

Vamos deixar uma coisa clara: ter um preconceito não nos torna uma pessoa ruim, mas devemos estar mais comprometidos em reconhecer nosso preconceito e mitigá-lo. Da próxima vez que você estiver atribuindo um estereótipo a uma pessoa, se pergunte: “por que estou pensando isso?”. Ou mesmo: “isso é verdade?”.

Considere que nenhuma pessoa pode ser reduzida a um estereótipo: cada uma tem suas nuances, traços de personalidade e origens.

Ao fazer uma pesquisa (ou navegar pela internet), tente recorrer a diversas fontes sempre que possível. Procure sair da sua bolha — que tem filtros — e se certificar de que não haja ideais racistas ou sexistas no conteúdo que você está consultando.

Torne o seu conteúdo inclusivo

Lembre-se de que o algoritmo e o machine learning atuam a partir das informações que fornecemos. Infelizmente, eu não sou uma engenheira do Google, então não posso trabalhar diretamente para melhorar o algoritmo das SERPs.

Agora, como criadores de conteúdo, há muitas coisas que podemos fazer para tornar a internet um lugar mais inclusivo. E um bom ponto de partida é a nossa linguagem, concorda? Uma comunicação inclusiva pode reduzir suposições de gênero e exclusões.

Também é importante analisar se você está representando a diversidade nas imagens que publica: elas mostram a diversidade da forma correta? A sua comunicação visual está reforçando estereótipos?

Não se esqueça de que líderes podem ter qualquer gênero, etnia ou nacionalidade. Assim, tente representar essas nuances sempre que possível.

Vivemos em um mundo muito desigual e, infelizmente, ainda vai levar centenas de anos para podermos realmente falar em um mundo igualitário. No entanto, devemos ter esperança e levar a sério nosso papel como formadores de opinião.

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Google adiciona novos elementos ao ‘modo de consentimento’, dando mais um passo em direção à privacidade

Em um mundo cada vez mais voltado para a privacidade, o Google procura tornar mais fácil para os proprietários de sites gerenciar suas permissões de privacidade e coleta de dados com algumas novas atualizações em seu “modo de consentimento”.

O Google lançou o Modo de Consentimento em setembro de 2020, como uma forma desse mecanismo de pesquisa manter seu robusto negócio de publicidade digital, atendendo à crescente necessidade de privacidade do consumidor.

E agora, com uma demanda ainda maior por privacidade de dados do usuário, o gigante das buscas lançou algumas atualizações para a ferramenta — vamos dar uma olhada nelas e entender como elas impactam nossas campanhas.

Quer um cookie ou dois?

Sabe quando você visita um site e eles pedem que você aceite seus cookies? Isso é um banner de cookie.

Os pop-ups com avisos de cookies são pequenos lembretes que aparecem na primeira vez que você visita um site. Um alerta de cookies avisa os visitantes de que seu site usa cookies. Além disso, oferece aos visitantes a opção de dar consentimento ou recusá-los, mantendo a conformidade com GDPR, CCPA, LGPD e outros regulamentos de privacidade do consumidor em todo o mundo.

O modo de consentimento do Google recebe as opções de consentimento dos visitantes e ajusta dinamicamente o comportamento do Google Analytics, dos anúncios e das tags de terceiros que criam ou lêem cookies.

O modo de consentimento do Google fornece uma maneira de os sites executarem os mesmos serviços do Google que estão acostumados a usar, mas os dados coletados são baseados no consentimento do visitante do site.

Nada de cookies? Anúncios menos eficazes

Os banners de consentimento de cookies dão às pessoas maior controle sobre como seus dados são usados ​​para publicidade ou análise. As pessoas têm uma escolha clara e podem concordar ou discordar em compartilhar seus dados. E adivinha o que as pessoas preferem?

Os EUA se destacam como o país com maior probabilidade de os consumidores discordarem de aceitar todos os cookies quando solicitados a consentir. De acordo com o estudo global de consumidores da YouGov, apenas um terço dos consumidores dos EUA concorda que aceitam todos os cookies, enquanto 42% discordam.

A consequência mais significativa de um mundo sem cookies recai na indústria da publicidade. Sem cookies para rastrear o comportamento do consumidor em sites e exibir o melhor anúncio, as taxas de cliques e conversões de campanhas publicitárias caem.

Os anunciantes podem ter dificuldade em entender a eficácia da campanha, como alocar e otimizar seus orçamentos sem dados de conversão de cookies.

Para ajudar os profissionais de marketing a entender melhor o impacto do modo de consentimento em suas campanhas, o Google criou novos recursos de suporte e solução de problemas no Google Ads.

O que há de novo: insights sobre o impacto do modo de consentimento em suas campanhas do Google Ads

Os novos diagnósticos de conversão ajudam você a entender a implementação do modo de consentimento no seu site e seu impacto nas taxas de conversão.

Conforme definido pelo Google:

“Nos próximos meses, você poderá visualizar alertas de solução de problemas nas guias de diagnóstico e ver insights no nível do domínio sobre sua taxa de menção e consentimento. Você também poderá fazer o download de uma lista de URLs e acessar ferramentas para resolver bugs do Assistente de tags do Google de consentimento para ajudá-lo a corrigir problemas com sua configuração.”

Com esse novo recurso, o Google está tentando se adaptar ao mundo sem cookies e trazer mais dados para que os profissionais de marketing entendam a eficácia das campanhas publicitárias com ou sem seus cookies.

É válido trazer transparência e mais dados para a mesa, proporcionando credibilidade aos seus anúncios como um canal de marketing.

Ainda assim, os melhores profissionais de marketing que conheço estão construindo empresas de mídia em vez de equipes de marketing com o objetivo claro de criar seus próprios canais. A melhor receita para o sucesso é declarar sua independência dos cookies de terceiros.

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InMail: Linkedin compartilha boas práticas para ajudar a maximizar taxas de resposta

Se você já usou o InMail do Linkedin para enviar mensagens patrocinadas para o seu público, provavelmente já se deparou com algumas dúvidas a respeito da melhor forma de criar o texto. Pensando nisso, o Linkedin divulgou, recentemente, um estudo da Lavender sobre as melhores práticas para ajudar a aumentar os resultados dessa estratégia.

A empresa reuniu dados de 28,3 milhões de mensagens para chegar a algumas dicas práticas — e que podem mudar o seu jogo no Linkedin. A seguir, vou compartilhar os principais insights e como colocá-los na prática para otimizar os seus disparos.

Qual a diferença entre o InMail e Email Marketing?

Antes de mais nada, é importante ressaltar que uma mensagem patrocinada no InMail do Linkedin, agora chamado de Sponsored Messaging, e Email Marketing têm algumas semelhanças, mas não compartilham, necessariamente, as mesmas boas práticas.

No email, a mensagem enviada cai na caixa de entrada (quando não vai para o spam) e o usuário se sente quase na obrigação de abrí-lo, já que nossa caixa de email é praticamente uma lista de tarefas a fazer. Já no LinkedIn, o InMail vai para a caixa de mensagens do usuário, que enxerga a ferramenta apenas como uma forma de manter contato com outras pessoas do mercado.

Boas práticas para mensagens no LinkedIn InMail

Agora, vamos ao que interessa: como construir a sua mensagem patrocinada para receber mais respostas e não ser ignorado no LinkedIn? Adianto que a maioria delas tem mais a ver com a forma como você escreve o conteúdo, então ter um conhecimento legal de copywriting pode ser uma vantagem!

1) Escreva mensagens curtas

Isso mesmo, no InMail do Linkedin, as mensagens mais objetivas recebem mais respostas. É só dar uma olhada no gráfico abaixo. Segundo a pesquisa, mensagens com 25-50 palavras recebem 65% mais respostas, embora a ferramenta permita escrever 1900 caracteres.

Então já sabe, menos é mais!

2) Evite construções complexas

Essa dica funciona para outros tipos de conteúdo, mas parece fazer a diferença no InMail. Evite palavras rebuscadas e lembre-se que o usuário não deve fazer esforço para entender o que você quer dizer. 

Por isso, fuja de jargões e seja minimalista. Tenha em mente que qualquer pessoa que ler a mensagem deve entender o que você quer transmitir, logo de cara. Lembrando que essa conclusão tem a ver com a clareza do texto e foi extraída da pesquisa levando-se em conta o número de sílabas, sentenças e parágrafos das mensagens. 

Fonte: LinkedIn

3) Inclua personalização

Da mesma forma que em um email, quanto mais pessoal você conseguir ser, mais vai ter a atenção do seu público. Mas como fazer isso em uma mensagem patrocinada, enviada para diversos usuários?

A resposta é segmentação. Anuncie por segmentos, definindo os atributos do público que você quer alcançar. Estou falando de critérios de segmentação configurados na hora de criar o seu anúncio, como cargo, setor ou competências. Também é possível subir uma base de emails específica. Assim, você consegue escrever um texto direcionado para profissionais de um único setor, por exemplo, e ser mais assertivo.

4) Dê preferência para a voz passiva

Essa é curiosa, mas parece funcionar. Abra mão do tom informativo, que quer educar e argumentar com dados, e pense no seu público. O que ele precisa? Como você pode ajudá-lo?

Mostre que você está interessado em saber como pode ser útil nesse momento, faça suposições a respeito das dores do seu público e seja despretensioso. Assim, o usuário se sente mais tentado a responder e a sua mensagem se torna mais convidativa a iniciar uma conversa.

Fonte: LinkedIn

Bônus: continue interessado!

Por fim, uma dica para o caso da sua mensagem receber um retorno: faça mais perguntas. Tente entender mais sobre o usuário e adicionar ainda mais personalização para dar continuidade à conversa. Como você pode ver no gráfico abaixo, fazer perguntas aumenta suas chances de conseguir respostas.

Fonte: LinkedIn

As pessoas querem ser ouvidas

Se você parar para pensar, as dicas que vieram dessa pesquisa fazem todo o sentido. Afinal de contas, vivemos em um momento em que as pessoas são bombardeadas por informações. Por isso, elas não têm tempo para desperdiçar e, ao mesmo tempo, querem ser ouvidas.

A chave para aumentar a sua taxa de respostas no InMail do LinkedIn parece estar em unir uma mensagem objetiva e fácil de entender à personalização e foco no seu público.

Levando-se em consideração que o LinkedIn quer separar o spam da caixa de entrada, é importante pensar em otimizar as suas mensagens patrocinadas o quanto antes.

Tente colocar essas recomendações em prática e depois me conta se deu certo para você!

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Experiência do cliente ruim torna o social commerce impopular entre usuários

Já sabemos que as redes sociais já fazem parte da jornada de compra da maioria dos consumidores há algum tempo.

Mais da metade dos millennials e da geração Z são influênciados nas redes sociais ao fazer compras, de acordo com pesquisas. A geração Z até usou o TikTok mais do que o Google para pesquisar sobre coisas.

Então, não é de surpreender que as plataformas sociais pareçam investir cada vez mais em recursos de social commerce. A ideia é fazer com que as pessoas comprem diretamente por meio dessas plataformas, sem sair do aplicativo. Afinal, há dinheiro na mesa.

Mas então… essas plataformas tiveram que pisar no freio.

Recentemente, recebemos algumas notícias indicando que grandes marcas de mídia social estão repensando o social commerce como uma prioridade em um futuro próximo, já que os consumidores ainda não aderiram a ele.

O Instagram teve seu programa de comércio de afiliados encerrado em agosto, o Facebook encerrará o programa de compras de comércio ao vivo em outubro e o TikTok abandonou seus planos de expansão de social commerce na Europa e nos EUA

A questão é: por que as pessoas não estão comprando através destes recursos? Entre muitas respostas, uma delas é que a experiência do cliente dessas plataformas é ruim.

Vamos dedicar algum tempo para ver o que está acontecendo e por que a experiência do cliente é um tema tão importante.

As redes sociais influenciam os hábitos de compra

Conforme apontado pela pesquisa Social Trends 2022 da Hootsuite, 53,2% das pessoas nas gerações mais jovens preferem recorrer às redes sociais para pesquisar marcas.

Olhando especificamente para essas gerações, um estudo feito nos EUA pelo Statista mostra como os usuários são influenciados pelos anúncios sociais em suas decisões de compra, onde a Geração Z representa 50% e os Millenials correspondem a 58%.

Então, o conceito de que as redes sociais não funcionam para promover os produtos e influenciar os usuários é totalmente equivocado. Na verdade, a cada dia elas têm um papel mais importante na decisão da jornada do cliente.

No entanto, essas ações não parecem ser suficientes para levar o usuário a fazer compras nessas plataformas de mídia social, pois Meta e TikTok estão dando um passo atrás em seus programas de social commerce. Então, o que você, como profissional de Marketing ou de vendas, tem a ver com isso?

Tudo, porque esse cenário envolve o usuário e suas necessidades.

Considere o cliente o seu norte

Pensando no social commerce e até nas estratégias sociais como um todo, toda a experiência deve estar muito alinhada ao ponto central de sua operação: o cliente.

Como analista de Marketing Digital da Rock Content, costumo recomendar pensar no cliente como o seu norte. Suas funcionalidades, decisões e ações precisam ser feitas considerando as necessidades do cliente como dores, desejos e suas interações online e offline ao longo de toda a sua jornada.

Afinal, ninguém é melhor do que o seu consumidor para dizer onde você deve melhorar e quais são as coisas mais valiosas da sua solução, certo? Então, ouça com atenção.

O social commerce, como qualquer outra plataforma, deve ser pensado além de suas funcionalidades e estar estrategicamente conectado a toda a jornada do cliente desde a atração até sua equipe de suporte. De acordo com Sarah Dawley, Content Manager da Hootsuite:

“[…] O social commerce é realmente sobre toda a jornada de compra que ocorre no social, desde a descoberta e avaliação até o momento da compra, mas também o que acontece após a compra e esse acompanhamento e a abordagem de atendimento ao cliente”.

Por isso, ter uma buyer persona e um mapeamento de jornada bem desenhados alinhados com as ofertas da sua empresa e estar de olho nas mudanças do mercado são essenciais para construir planos de ação de Marketing e vendas. De fato, segundo um estudo da Emplifi, 47% das empresas têm dificuldade em converter seguidores em clientes.

Que insights podemos tirar disso?

O recuo do Facebook, Instagram e Tik Tok em relação ao social commerce claramente não significa que todas as ações e estratégias voltadas aos hábitos de compra dentro das redes sociais devam acabar.

No entanto, é importante avaliar novas estratégias levando em conta o cliente como o seu norte e considerar toda a experiência em pontos digitais e físicos de forma centrada no cliente.

Somente com uma visão clara e viável de quem é o seu verdadeiro comprador será possível atingir as metas e objetivos esperados.

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Uma jornada não-binária no ambiente profissional

Sou Ariel Mendes, um orgulhoso agente trans não-binário com não-conformidade de gênero de uma grande cidade do sudeste do Brasil, Belo Horizonte, ainda estou em fase de avaliação dos meus pronomes de preferência então fiquem a vontade para usar ele/dele, ela/dela, ile/dile e elu/delu.

Nasci e cresci fora das expectativas convencionais de papéis de gênero em uma família típica de classe média formada por membros cis e heterossexuais, exceto eu.

Quando criança, eu adorava os saltos altos e a maquiagem da minha mãe — “é claro”, de maneira escondida dela e dos meus dois irmãos, enquanto meu pai estava super ocupado no trabalho. Também preferia ter amigas e brincar de casinha e boneca. Mariana Linhares foi minha primeira amiga próxima, e tínhamos apenas 4 anos.

Desde muito jovem, tomei as mulheres nos meus círculos íntimos como modelos, começando com minha mãe, depois minhas tias e professoras. Feminino sempre significou o maior poder para mim!

Sempre tive paixão por línguas, humanidades e ciências sociais, porque foi lá que encontrei um espaço para escrever, falar e criar coisas. Tudo isso me fez sentir como um peixe fora d’água em conversas com meus amigos homens. Dito isso, é um fato que eu era um garoto não-conformista de gênero pronto para sair da caixa.

Como uma criança não-conformista de gênero, eu não conseguia fugir das estatísticas e sofri bullying e discriminação, principalmente na escola. É por isso que não tenho muitos amigos dessa época da minha vida.

Hoje, entendo que meus colegas e eu não fomos educados para lidar com esse tipo de diversidade, mesmo com acesso a uma escola particular da quarta maior e mais rica cidade do país.

Primeiros passos, ainda descobrindo e querendo fazer mais

Não foi um processo fácil deixar a escola e recomeçar do zero, mesmo depois de vários anos de experiências difíceis. Mas essa condição pode ter me ajudado a vivenciar uma jornada de sucesso pela Faculdade de Direito na 2ª melhor universidade do Brasil.

Candidatei-me a estudar Direito porque a liberdade de expressão e a autoexpressão já faziam parte dos meus valores, e não por coincidência, eu me assumi publicamente pela primeira vez como um homem gay com um beijo público em uma festa de calouros, e pela primeira vez na minha vida, senti que tinha um lugar neste mundo fora de casa.

Do meu ponto de vista, o processo de me assumir nunca foi uma jornada individual, então, me questionei sobre o que eu poderia ter feito para melhorar a experiência da minha comunidade na Faculdade de Direito, já que muitos de meus colegas ainda estavam no armário.

A partir desse desafio, me orgulho de ter assumido a liderança para inspirar pessoas a ocupar espaços tradicionalmente dominados por homens cis e heterossexuais, tornando-me o primeiro homem gay a ser Presidente da Associação Atlética; depois, o primeiro Presidente da Liga das Associações Atléticas do meu estado; e também cofundei o Fanta Uva Desportistas Unidos, o primeiro time de futebol gay a disputar os torneios internos.

Durante cerca de 10 anos da minha vida, a alternância entre as orientações gay e bissexual me representava bem, e essa fluidez nunca foi grande coisa nem uma limitação para o meu espírito aventureiro.

Eu lembro de viver feliz e de forma natural como agente LGBTQIAP+ onde quer que morasse: em cerca de 10 cidades diferentes no Brasil, nos Estados Unidos e em Moçambique, e visitando mais de 20 países.

Ainda não sei como superei situações desafiadoras como viajar e cruzar fronteiras em países como Etiópia, Zâmbia e Zimbábue, lugares onde ser gay ainda é crime. Também não sei como consegui viver com um parceiro masculino em Moçambique, um país onde as relações homossexuais deixaram de ser crime apenas alguns meses antes de me mudar para lá.

Mais do que ser corajoso e ousado viajar para o exterior como cidadão gay para geografias inseguras, incentivar e libertar pessoas sempre fez parte da minha missão, e sou grato por fazer a diferença em algumas vidas.

Fiz isso liderando grupos de afinidade, lançando campanhas de orgulho e organizando eventos para melhorar a experiência da comunidade LGBTQIAP+ nos locais de trabalho em que estive, como o Nubank, o maior banco digital do mundo com operações no Brasil, na Colômbia e no México.

O que eu não sabia naquela época é que tudo era apenas o começo para mim enquanto navegava entre as letras no mundo LGBTQIAP+.

Outro ponto de virada

Basicamente, em maio de 2021, vivenciei uma semana muito intensa mudando para um novo espaço em plena pandemia: cidade, casa e emprego.

As ondas não foram nada boas, e um relacionamento de dois anos se foi nesse mesmo período. Pela primeira vez na minha vida, cheguei ao fundo do poço e entendi que talvez superar a pergunta recorrente na minha mente fosse o único caminho: eu sou trans? Foi assim que comecei o capítulo da minha vida trans não-binária na Rock Content.

Antes de avançar para esse processo, é importante mencionar que eu já estava lidando com alguns episódios recorrentes de disforia de gênero, mas não com clareza nem consciência; e somente após essa semana intensa, os episódios começaram a ocorrer com uma frequência muito maior.

Me vi paralizar no meio de um ciclo de autorrejeição, rejeição pela sociedade e rejeição nas redes sociais — o que não estava ajudando muito —, comecei a ter curiosidade e pesquisar mais sobre a experiência trans não-binária, e tomar providências para abraçar a mudança. Afinal, o novo sempre vem, gente! Desistir não é uma opção. Superar cada barreira ou derrota é melhor do que vencer. Derrubar inimigos mentais diariamente é um grande prazer!

Sendo eu na Rock Content

O que posso compartilhar dessa experiência é que eu tive sorte por dois motivos principais: primeiramente, minha família e meu círculo íntimo de amigos em geral me ofereceram todo o suporte necessário; depois, o local de trabalho na Rock Content era carinhoso e gentil.

Em relação ao local de trabalho, três pontos principais permanecerão nas minhas memórias.

  • Diego Gomes, um dos fundadores e CEO da Rock Content, me enviando uma mensagem de texto com alguns memes e fragmentos de Lady Gaga (uma das minhas artistas favoritas), e seu consistente empenho e cuidado em fazer o uso mais adequado dos meus pronomes.
  • Lakeshia Highsmith, nossa vice-presidente de Pessoas e Cultura e a quem me reporto, me pegou no aeroporto quando eu estava em Washington e teve um jantar incrível comigo. Conversamos abertamente sobre identidades de gênero, o que demonstrou seu verdadeiro compromisso e preocupação comigo como pessoa.
  • Por último, mas não menos importante, a forma como fui abraçado por toda a equipe de RH, com mensagens e apoio quando decidi mudar minhas contas corporativas de Gabriel (nome de registro) para Ariel (nome preferencial), com um agradecimento especial a Nicholas Green, Gabriela Crego, Miguel Frizon, Juliana Arges, Sofia Cabral, Vanessa Figueiredo, Amanda Soares e David Reis.

Aprendi com a autora de Inclusify, Stefanie K Johnson, como é importante viver e liderar de uma maneira a reconhecer e celebrar perspectivas únicas e divergentes enquanto cria um ambiente colaborativo e de mente aberta, onde todos sentem que realmente pertencem.

Por enquanto, o que posso dizer é que a Rock Content é uma casa carinhosa e acolhedora, onde me sinto à vontade para ser a melhor versão de mim e, assim, ajudar a capacitar minha comunidade a ter sucesso no nosso local de trabalho. GO ROQUEER (nosso grupo na rede Rocker)!

Valeu universo! Ainda estou circulando dentro do LGBTQIAP+ e sinto que tenho meu propósito de vida renovado. É assim que começa meu segundo processo de me assumir: boas-vindas à minha vida trans não-binária! Esse ainda é o primeiro dia!

Ninguém pode parar ou silenciar você, se você for capaz de estabelecer seus limites. Se a sua faísca acender, siga-me. Temos muito a realizar em conjunto. O futuro é não-binário!

Este artigo também está na nova edição da Rock Content Magazine, lançada agora em agosto. Neste número trazemos conteúdos incríveis sobre diversidade, inclusão e acessibilidade, tema extremamente importante para marcas e para a sociedade hoje. Você pode baixar a revista aqui, é totalmente gratuita! Boa leitura!

Nova plataforma global de conteúdo da Rock Content: conheça a WriterAccess!

Há quase 10 anos, a Rock Content ajuda marcas e agências a crescerem e escalarem seus negócios de forma orgânica por meio de conteúdo — a melhor forma de se fazer Marketing, em nossa humilde opinião.

Entre nossas soluções, trabalhamos diariamente para conectar os melhores freelancers com empresas e marcas que querem escalar suas estratégias com conteúdo de alta qualidade.

Para isto, prezamos por oferecer, também, a melhor experiência possível dentro de nossas plataformas.

E é por isso que estamos tão animados em anunciar o lançamento da WriterAccess no Brasil, nossa nova plataforma de conteúdo global, flexível e com novos recursos para te ajudar a escalar conteúdo como nunca antes. Mais simples e muito mais poderosa.

A Rock Content adquiriu a WriterAccess nos Estados Unidos no início deste ano, com o objetivo de consolidar nossa presença no país. Isso fez com que conquistássemos uma base de 15 mil freelancers nativos, mas mais do que isso: a qualidade da plataforma, sua tecnologia e o valor que ela gera para nossos clientes foi algo que realmente nos impressionou. 

Assim, decidimos que a WriterAccess seria nossa plataforma global de conteúdo — e isto inclui, claro, o Brasil!

Quer saber como isto vai funcionar, e todas as possibilidades incríveis que a WriterAccess irá trazer para nossos clientes e para nossa rede de talentos? Vem com a gente neste artigo!

O que esperar da WriterAccess

A WriterAccess é mais do que uma plataforma que conecta talentos à empresas. É uma ferramenta tecnológica, com uma série de recursos de fluxo de trabalho que facilitam o dia a dia dos clientes e entregam ainda mais valor para seus projetos de conteúdo. 

Com ela, você será capaz de usufruir de tudo o que a Rock Content já proporciona, com apoio de uma ampla rede de talentos freelancers qualificados, de uma forma muito mais simples, flexível e ainda mais inteligente.

Algumas coisas que você pode esperar da ferramenta: 

Flexibilidade na precificação

Peça conteúdos sob demanda e pague de acordo com os critérios que atendam melhor suas necessidades específicas: quantidade de palavras (sem limite máximo), nível de experiência do freelancer, prazo, etc.

Classificação da rede de talentos

É possível solicitar a criação de diversos tipos de conteúdo e, para cada um deles, os freelancers são classificados com base em um sistema de estrelas, de uma a seis. 

Essa faixa de avaliação indica o nível de expertise do profissional, baseado em suas entregas e avaliações dos clientes. Assim, ao lançar um projeto na plataforma, é possível determinar o nível de experiência desejada para os freelancers, garantindo a contratação de talentos com as habilidades ideais para cada projeto.  

E, claro, o número de estrelas que um freelancer recebe também impacta o valor que é pago pelo seu trabalho. 

Lista de freelancers favoritos

Outro ponto bem interessante, tanto para a rede de talentos quanto para os clientes, é a possibilidade de criar uma lista de talentos favoritos. 

Para quem solicita conteúdo, isto significa continuar sempre trabalhando com os freelancers que deram match com seu estilo e projetos. Já para a rede de talentos, isto significa mais possibilidades de gerar fidelidade entre as empresas e marcas cadastradas!

A tecnologia a serviço do Marketing de Conteúdo 

A plataforma também conta com uma avançada Inteligência Artificial, que usa análise de texto para identificar os escritores da rede com estilo e tom ideais para um determinado projeto. 

Além de encontrar diversos talentos, o cliente tem acesso a ferramentas de fluxo de trabalho poderosas, diretamente na plataforma. Estes recursos permitem fazer buscas avançadas e utilizar um ecossistema de integrações automáticas que possibilitam escalar e alavancar a criação de conteúdo. 

Algumas dessas soluções que potencializam a criação de ótimos conteúdos incluem: 

  • Criador de persona e jornada de cliente;
  • Criadores e assistentes de briefing criativos; 
  • Ferramentas com base em Inteligência Artificial como a IBM Watson, Cambridge University e OpenAI, que ajudam clientes a fazerem mais em menos tempo;
  • Alertas via Slack.

Uma plataforma global de conteúdo 

Pode ter certeza: nós, aqui na Rock Content, não poderíamos estar mais animados com a possibilidade de gerar ainda mais valor para nossa rede de clientes e talentos através da WriterAccess.

Então, acredito que a última pergunta que precisa ser respondida é: quando posso começar?!

Estamos trazendo todo o poder desta incrível ferramenta para o Brasil de maneira gradual. Já é possível comprar conteúdo em português e, com os feedbacks coletados, vamos melhorar o produto cada vez mais. 

Nossos freelancers também estão sendo convidados aos poucos para ingressar a WriterAccess — por enquanto, apenas freelancers com um convite podem se cadastrar na plataforma.

Já para os atuais clientes, tudo permanece o mesmo por hora. O conteúdo continua sendo entregue da mesma forma, nas plataformas que você já utiliza. Mas fique à vontade para testar a WriterAccess já, se quiser! É só clicar aqui e ativar um teste de 14 dias sem custo.

No caso de qualquer outra dúvida, procure por nossa equipe de Sucesso do Cliente para que possamos te ajudar. 

Seguimos em nosso caminho para levar a melhor experiência em Marketing de Conteúdo para empresas, oferecida dentro das melhores plataformas, de forma global. A WriterAccess já estava disponível em inglês e, agora, também está no Brasil. Até o final do ano, vamos expandi-la para toda a América Latina, com conteúdos também em Espanhol.

A WriterAccess é um marco na nossa trajetória, nos ajudando a fazer história como nossa primeira plataforma global, disponível para todos os nossos clientes mundo afora. Nós não poderíamos estar mais orgulhosos e, agora, extasiados por levar esta experiência também para nossa audiência no Brasil.

Quer testar a WriterAccess e suas possibilidades incríveis? Clique aqui para conhecer a plataforma e testá-la gratuitamente por 14 dias.

Embalagens para E-commerce: quais são as mais comuns e qual escolher para seu negócio?

Mais do que ter bons preços e produtos atrativos para os clientes da sua loja, é preciso pensar em maneiras de aprimorar a experiência dos consumidores, não é mesmo? Em um mercado tão concorrido, os mínimos detalhes podem fazer uma enorme diferença, como as embalagens para e-commerce.

Afinal, durante a jornada de compra virtual, o consumidor perde um pouco do contato físico com o produto, certo? Pensar em como estruturar embalagens mais atrativas e diferenciadas pode ser uma maneira de compensar essa ausência de contato e, assim, contribuir para uma experiência melhor e mais completa.

Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo com tudo o que você precisa saber sobre embalagens para e-commerce:

Continue a leitura deste artigo e entenda como esse acessório pode ser um diferencial competitivo relevante para a sua loja virtual. Confira!

Qual é a importância de escolher boas embalagens para e-commerce?

A qualidade de um produto ou até mesmo os preços mais atrativos são fatores muito relevantes para a tomada de decisão de um cliente em uma loja. Mas dados mostram que as embalagens para e-commerce também devem ser consideradas importantes nesse processo de escolha.

Um estudo da Dotcom Distribution mostra que 4 em cada 10 consumidores estão mais propensos a comprarem em uma loja que ofereça uma embalagem de qualidade premium. Isso significa que é fundamental considerar o investimento nessa questão para ter bons resultados.

E a importância desse acessório não se reduz apenas ao processo de venda, mas também ao desafio de fidelizar mais e mais clientes. Quando a sua marca oferece uma experiência positiva, são maiores as chances de encantar esse consumidor e fazer com que ele retorne mais e mais vezes para a sua loja.

Sendo assim, qualquer e-commerce deve pensar não só na relação com seus fornecedores ou na criação de ofertas dos seus produtos.

É necessário colocar em perspectiva toda a experiência do cliente e isso passa diretamente pela embalagem e o momento de apresentar o que você está vendendo.

Separamos aqui alguns artigos que podem te interessar:

Quais são as embalagens para e-commerce mais comuns?

Uma boa notícia para quem quer investir mais em embalagens para e-commerce é a variedade de formatos e opções que existem atualmente. Confira!

Caixa de papelão

Caixa de papelão para embalagens de e-commerce - Freepik

Exemplo mais básico de embalagem para e-commerce, as caixas de papelão são muito úteis por conta do seu custo-benefício. Não é preciso investir muito dinheiro para adquirir esse material e elas são muito eficientes para transportarem diferentes tipos de produto, especialmente aqueles mais leves.

Mas isso não significa que você deva apenas entregar o produto ali sem nenhuma preocupação. Uma caixa de papelão sem nenhum efeito ou adereço pode passar uma imagem negativa para o cliente, afetando a sua experiência de compra.

Embalagem de madeira

Different chocolate candies in wooden box

Uma opção mais robusta de embalagem que tem ganhado espaço no mercado são as feitas de madeira. O custo de aquisição pode ser um pouco mais elevado para o lojista, mas ela oferece uma estrutura mais forte e caprichada, passando uma mensagem positiva para o cliente.

Esse tipo de embalagem é muito utilizada para lojas que querem fornecer experiências mais completas. Ou seja, o consumidor não vai receber o produto e já descartar tudo o que está ali, com a embalagem servindo como opção para outro uso.

Laminadas

Considerada um meio termo entre as duas opções acima, as embalagens laminadas oferecem uma experiência mais delicada sem aumentar seus custos. É o caminho ideal para quem quer melhorar a jornada do cliente, mas sem gastar muito mais.

O mais interessante desse tipo de embalagem é a possibilidade de personalizar e brincar com as cores e o efeito que a laminação pode criar. Para marcar mais criativas, isso pode abrir uma série de oportunidades para tornar a experiência ainda mais diferenciada.

Artesanais

Embalagens para e-commerce: artesanais são ótimas opções para seu negócio entregar melhores experiências

Por fim, muitos lojistas apostam também em embalagens artesanais, utilizando suas próprias habilidades para desenvolverem embalagens personalizadas. A ideia aqui é criar uma conexão ainda mais única e personalizada com cada cliente, desenvolvendo embalagens bastante peculiares.

Essa é a opção mais adequada para quem quer se diferenciar dos concorrentes, proporcionando uma solução customizável e, em muitos casos, fornecendo as embalagens únicas, já que uma nunca vai ser igual a outra. Aqui também é interessante conectar ainda mais produtos e embalagem.

Como escolher a embalagem adequada para o e-commerce?

Mas, na prática, como desenvolver embalagens para e-commerce que ajudem o seu negócio a vender cada vez mais? Tire suas dúvidas aqui!

Conheça o seu público

Independentemente de qual seja a estratégia, conhecer o seu público-alvo e a sua persona é essencial e não é diferente quando falamos na criação de embalagens.

O foco são crianças, por exemplo? Apostar nas cores talvez seja melhor. O importante é que a embalagem seja adequada ao perfil de quem você quer conquistar.

Analise o mercado

Conferir as opções de quem está disputando os mesmos espaços com você também é importante. Portanto, analise a concorrência, entenda quais são as estratégias adotadas por eles e, é claro, o que você pode fazer para superá-los.

Escolha os materiais certos

Em relação às embalagens, não é só o design que importa e você precisa pensar também na utilização dos materiais certos. Por isso, pense em alguns fatores como resistência e praticidade, além de pontos que podem contribuir para uma experiência mais inovadora para o cliente.

Faça personalizações

Outro aspecto importante que vai ajudar a sua loja a vender mais e criar conexões com seus clientes é personalizar as embalagens.

Especialmente de negócios que não exigem um fluxo muito grande de vendas, pode ser interessante construir essa comunicação mais direcionada para cada cliente.

Mais do que pensar em uma carta, por exemplo, colocar adereços que você sabe que podem ser interessantes para aquele consumidor. Isso pode ter um valor muito alto na hora de conquistar esse cliente.

Crie valor agregado

Escolha pela opção que atenda aos itens acima, porém, não se esqueça de tentar criar uma embalagem que passe um valor agregado, ou seja, que não se resuma apenas ao produto.

Já pensou em conseguir criar um vínculo emocional com o consumidor ou uma opção que se torne útil e faça parte do dia a dia do cliente?

Entenda como proteger sua mercadoria

Outro aspecto importante que precisa ser levado em consideração ao longo desse processo é entender como proteger a sua mercadoria. Afinal, não adianta nada realizar um planejamento completo de como criar uma embalagem e, na prática, isso acabar afetando a experiência do seu cliente.

Por isso, é muito importante juntar o útil ao agradável: o cliente precisa ter uma experiência visual bonita, mas também ser eficiente. A primeira missão de uma embalagem deve sempre ser garantir a proteção do seu produto.

Em um mercado tão competitivo, é muito importante que a sua loja esteja sempre procurando por alternativas para proporcionar uma experiência ainda mais completa para os seus clientes. Cuidar das embalagens para e-commerce é uma das etapas que você deve considerar para fazer isso.

Parte do trabalho de quem quer melhorar a experiência do usuário é entender exatamente o que ele está pensando. O que acha de se aprofundar no assunto e vender cada vez mais? Conheça as 7 etapas do processo de decisão de compra e como guiar o consumidor!