O Google Web Stories é o novo AMP?

O Google Web Stories é uma ferramenta que oferece às marcas uma forma de engajar seu público de forma imersiva, personalizada e interativa com a magia do formato de stories.

Quando o Web Stories foi lançado em 2018, as pessoas também se referiam a ele como AMP Stories, pois usa AMP (Accelerated Mobile Pages, um framework para otimizar a navegação na web em dispositivos móveis) como sua tecnologia base. Mas vimos que o AMP estava desaparecendo devido a algumas decisões do Google. Não era mais necessário ter AMP para obter melhor desempenho do site e melhores classificações nos resultados de pesquisa.

Muitos criadores de conteúdo e editores de sites pensaram que o AMP era uma maneira de o Google monopolizar ainda mais a Internet, então o Google criou seu próprio produto sem limitar outras ferramentas como o AMP.

Agora, o Google está tentando fazer com que mais pessoas usem o Web Stories e isso está gerando algumas comparações com o AMP, que recebeu um impulso semelhante em seus primeiros anos. Como o Web Stories é um formato de conteúdo em alta (semelhante ao Instagram Stories e ao TikTok), o Google pode se beneficiar com um uso mais difundido, pois pode atrair o público mais jovem.

A pergunta é: “O Google Web Stories está tomando o lugar do AMP?”. Pode estar. No entanto, há uma diferença entre o Web Stories e o AMP. Enquanto o primeiro é na verdade uma página HTML (a linguagem de marcação padrão para documentos projetados para serem exibidos em um navegador da web) por conta própria, as páginas AMP são combinadas com uma página da web equivalente.

Assim, apesar de serem construídas usando o framework do AMP, os Web Stories são diferentes. Mas como?

Vamos comparar

O objetivo do AMP Stories, lançado em 2018, é descrito como um “storytelling visual para a web aberta” com uma experiência imersiva e performativa para os leitores. Além disso, é gratuito e está disponível para todos, podendo ser implementado em páginas AMP e não AMP (parece ter um foco em plataformas móveis) e suporta vários formatos de mídia, como vídeos, gifs, áudios e animações.

Ao conferir o guia “Crie seu primeiro story na web”, a primeira coisa que você pode ver é que você precisará de um desenvolvedor ou do conhecimento necessário para implementá-lo. As opções de publicidade parecem muito personalizáveis ​​e fáceis de implementar em uma plataforma de terceiros com um servidor de anúncios como o Google Ad Manager.

Agora, olhando para o Google Web Stories, o objetivo dessa nova solução parece ser praticamente o mesmo, mas enfatiza a propriedade dos stories. Ele permite o controle completo do formato de story com a capacidade de personalização para plataformas móveis e web.

A solução também possibilita que as páginas sejam encontradas em algumas plataformas do Google, como o carrossel de stories Search and Discover (atualmente disponível nos EUA, Índia e Brasil). Ele tem basicamente a mesma implementação do AMP para publicidade e também dá muita ênfase à melhor monetização.

Por último, mas certamente não menos importante, você tem um editor de criação visual, como mencionei antes. Isso significa que você não precisa codificar nada para criar seu story (+10 pontos para a Grifinória!).

O advogado de pesquisa do Google, John Mueller, respondeu a uma dessas perguntas no Twitter de alguém da área de SEO querendo saber se o Web Stories é o novo AMP.

Ele respondeu: “Um pouco — ele é construído em cima do framework AMP, ele apenas não usa a configuração de “emparelhamento”. Se você usa uma ferramenta para gerá-los, eles são essencialmente apenas páginas HTML que você pode vincular de dentro do seu site naturalmente”. Mas o que isso significa? Isso quer dizer que o seu story é HTML puro, ele não tem dependências (o framework AMP).

Afinal, o Web Stories é o novo AMP?

Bem, sim. O AMP Stories não é uma solução ruim. Muito pelo contrário. Ele oferece muitas ferramentas para criar seus stories, monetizar e integrá-los com seu site e outras ferramentas. Mas o Google Web Stories oferece todas essas coisas e algumas outras que podem melhorar sua visibilidade e sem código, como eu disse antes.

Além disso, provavelmente será mais fácil implementar as outras ferramentas do Google nele (o Analytics, por exemplo), já que é da mesma empresa.

Se você estiver usando o AMP Stories e estiver em dúvida sobre como substituí-lo pelo Google Web Stories, recomendo que analise os prós e contras dessa troca (talvez o esforço ainda não valha a pena). Mas se você está começando e buscando a melhor ferramenta, acho que ficou bem claro qual é o melhor, certo?

Email marketing: 74% dos profissionais de marketing estão preocupados com as mudanças de privacidade. O que vai acontecer em 2022?

Se você trabalha com email marketing (como basicamente todos os profissionais de marketing), provavelmente está se preocupando com a forma como todos os regulamentos de privacidade recentes e as mudanças nas regras do setor estão afetando suas estratégias — e como se adaptar a tudo isso.

Bem, você não está sozinho: uma pesquisa chamada “Email em 2022” apontou que 74% dos líderes de marketing estão preocupados com mudanças iminentes de privacidade, enquanto 82% das empresas se preparam e se comprometem com um melhor alinhamento organizacional.

Muita coisa parece estar mudando, desde o IOS 15 da Apple e o MPP, até a depreciação dos dados de rastreamento de aplicativos e novas regulamentações governamentais.

Apesar de tudo isso, o email marketing está longe de estar morto: de acordo com a pesquisa de benchmarking da Wordstream, as campanhas de email tiveram uma taxa de conversão média de 4,29% em 2021.

Para nos ajudar a entender melhor algumas dessas tendências de privacidade e como elas afetarão as rotinas dos profissionais de marketing em 2022, analisaremos a seguir os dados mostrados pelo relatório do SparkPost.

Vamos dar uma olhada rápida nos resultados de email marketing de 2021

As estratégias de marketing omnichannel subiram em 2021. Uma estratégia omnichannel geralmente inclui email, SMS, chat, redes sociais, display e quaisquer outros canais que possam facilitar o contato com seus clientes.

Olhando mais especificamente para o email, o relatório do SparkPost mostrou que 76% dos líderes de marketing acham que seu programa de email marketing teve um impacto positivo nos negócios em 2021, em comparação com 58% no ano passado. Além disso, 34% dos líderes afirmaram que estão aumentando as métricas de seus KPIs relacionadas ao email marketing para refletir a dependência de sua empresa nesse canal digital.

Isso sugere que, apesar dos desafios na coleta de dados de marketing, esse canal continua sendo muito lucrativo para as empresas, principalmente quando combinado com outros, conforme mencionado anteriormente.

Você precisa entender os tipos de dados do cliente

Ok, então a sua empresa já está usando o email para gerar receita como parte de seus esforços de marketing, mas o que exatamente você precisa saber sobre políticas de privacidade para ajustar sua estratégia?

Antes de tudo, precisamos passar por uma rápida visão geral dos diferentes tipos de dados.

Dados de parte zero

Dados de parte zero são quando o usuário voluntariamente e intencionalmente compartilha suas informações com você.

Um exemplo é o conteúdo interativo — quando o usuário preenche um questionário ou uma avaliação em uma página do seu site e também fornece seu endereço de email para coletar os resultados. Páginas de preferências de comunicação, números de telefone ou páginas de destino e pesquisas em redes sociais são alguns outros exemplos.

Dados first-party

Também conhecidos como dados próprios ou 1P, são as informações que você coleta das interações e comportamentos de seus clientes. Alguns exemplos são atividade do site, histórico de compras, engajamento de email (aberturas e cliques) e pontuações de programas de feedback do cliente.

Dados second-party

É quando as empresas vendem ou compartilham os dados primários que coletaram com outras empresas. Geralmente é compartilhado entre partes que têm públicos e clientes semelhantes.

Dados third-party

Por último, mas não menos importante, temos dados third-party, ou de terceiros. Eles são basicamente quaisquer dados que foram coletados e/ou organizados de várias fontes e geralmente são gerenciados por organizações que não têm interação direta com os clientes.

Existem muitos mercados onde esses grandes grupos de dados podem ser comprados, e alguns exemplos são: informações demográficas, respostas a pesquisas, dados de renda e atividades online, como sites visitados e comportamentos de navegação.

Prepare seu exército: Mail Privacy Protection e outros recursos

Agora que temos esses conceitos em mente, podemos falar sobre uma das mudanças mais impactantes no mundo dos dados: a perda de cookies third-party.

Em 2019, o Firefox começou a banir esses cookies e o Google também acabou de declarar que não oferecerá mais suporte ao rastreamento de terceiros nos navegadores Google Chrome.

Outra mudança recente que impactou o mundo digital é a ampla adoção do Apple Mail Privacy Protection (MPP) pelos usuários do iOS (97%!). Esse recurso pode ocultar endereços IP e bloquear conteúdo remoto, resultando em taxas artificiais de abertura de email, imagens que não são carregadas automaticamente em emails e profissionais de marketing que não conseguem rastrear dados de atividades relacionadas a email.

Google, Safari, Firefox e Apple são apenas o começo. Claramente há um movimento para diminuir o uso de cookies de terceiros. O relatório SparkPost aponta que mais de 50% dos dados abertos se tornarão não confiáveis ​​até o final de 2022. Isso significa que as empresas provavelmente terão que confiar mais em dados first-party.

Essa é uma chance de repensar seus fluxos de nutrição e melhorar todos os canais de comunicação, visando ter uma mensagem concisa e um alinhamento por meio de diferentes fontes de aquisição e retenção de clientes. As equipes de marketing provavelmente terão que inovar nos métodos que usam para coletar dados, já que seus próprios dados serão seu ativo mais valioso.

Além disso, também é uma oportunidade de revisar seus KPIs, pois a confiabilidade das taxas de abertura de email será afetada pelo MPP, bem como outras métricas importantes, como o Custo de Aquisição de Clientes, que podem ser afetadas, pois pode ficar mais difícil segmentar anúncios para seu público.

E agora?

Somos mais do que apenas vendedores. Também somos clientes de muitas empresas e entendemos o quão crucial é manter nossa privacidade.

Se as coisas estão mudando, é porque há necessidade de melhorar a experiência do cliente, e o marketing se adaptará para atender a essa necessidade.

As empresas provavelmente terão que repensar seus orçamentos e como alocarão seus recursos. Ser apenas focado em anúncios é algo que provavelmente ficará desatualizado em breve, e as portas se abrirão para os profissionais de marketing criarem programas de relacionamento fortes usando email marketing e conteúdo significativo.

As equipes terão que fazer um esforço maior do que simplesmente comprar as informações sobre as pesquisas das pessoas no Google sobre sapatos da semana passada; eles terão que ganhar seus dados de público entregando valor. Se você precisar de algumas dicas sobre como fazer isso, consulte nosso Guia de Email Marketing para 2022.

Também recomendo muito que você assine nossa newsletter abaixo, para que possa receber os principais temas e tendências de Marketing e Negócios todas as sextas-feiras em seu email (tudo com o nosso ponto de vista especializado de como isso afeta suas estratégias).

Por que uma exchange de criptomoedas investiu US$ 200 milhões na Forbes?

A Exchange de criptomoedas Binance, uma das maiores empresas de cripto do mundo, assumirá uma participação de 200 milhões de dólares na Forbes, uma das mais conhecidas revistas americanas sobre negócios, economia e tecnologia. O acordo deve ser fechado até o final de março deste ano, tornando assim a Binance uma das duas maiores proprietárias da revista.

Esta ação da Binance vai ao encontro de um movimento de marcas adquirindo publishers ou investindo internamente na diversificação dos conteúdos produzidos, como notícias e podcasts. É o que tem se chamado de brand publishing. Não, claro, sem alguma polêmica, uma vez que a separação entre Igreja e Estado, editorial e anunciantes, sempre foi um bastião do jornalismo nos grandes veículos.

A Fortune, outra revista de economia tradicional dos EUA, por exemplo, foi adquirida em 2018 por um empresário que não era do ramo de mídia. A Sports Illustrated, outro título de ouro do mercado americano, foi vendida em 2019 para uma empresa que detém as marcas de Elvis Presley e Marilyn Monroe. 

Nos dois casos, o movimento é semelhante: com circulações em queda há anos e prestígio em declínio (o mesmo aconteceu com a Newsweek), a marca destas publicações ainda tem um valor muito grande para o público, mesmo que os negócios estejam longe de serem rentáveis como antes. No caso da Sports Illustrated, por exemplo, a nova dona, Authentic Brands Group, disse que gostaria de usar a marca para promover eventos e negócios com apostas.

É o que vai acontecer com a Forbes? Há dúvidas. O Nieman Lab, um dos sites de maior prestígio sobre análises de jornalismo no mundo, dá o tom do declínio da qualidade da Forbes nos últimos anos. Para diminuir custos, uma das publicações de maior renome do mercado passou a abrir espaço para contribuidores externos, pagando pouco. Sem edição, estes artigos têm atraído até golpistas querendo se promover, como destaca o site.

Para a Forbes, que pretende abrir suas ações na bolsa este ano, a aquisição pela Binance pode ser um respiro. Mas e a independência editorial da publicação – que já está comprometida há algum tempo -, como fica? Este artigo do Buzzfeed mostra como a área de contribuidores externos já vinha sendo usada também para empresas se promoverem com artigos de baixa qualidade. Será que isso irá se acelerar?

Segundo o fundador da exchange, Changpeng ‘CZ’ Zhao, a mídia é “um elemento essencial para construir uma ampla compreensão e educação do consumidor”, dando a entender que usaria o prestígio da revista para promover o próprio negócio. Logo depois, pelo Twitter, garantiu que manteria a independência da publicação.

Benefícios para o publisher e para a marca

A Forbes já tinha anunciado seu interesse em executar um plano de fusão com uma empresa de propósito específico de capital aberto, ou SPAC, na tentativa de buscar mais chances de crescimento para o negócio. As SPACs são empresas de aquisição que levantam dinheiro por meio de uma oferta pública inicial (IPO) para adquirir um negócio e então tornar uma companhia de capital aberto de fachada que arrecada dinheiro em uma oferta pública inicial.

O acordo chega em um momento muito importante para a indústria de criptomoedas, que observa os valores dos Bitcoins dispararem, expandindo sua influência pelo mercado e mostrando a crescente influência dos ativos digitais no mundo real.

Essa abertura de capital poderá permitir que a Forbes capitalize ainda mais sua transformação digital, utilizando de informações estratégicas e conselhos de tecnologia da Binance para maximizar os negócios da marca e torná-la líder no fornecimento de informações sobre ativos digitais, como o Bitcoin.

De acordo com Mike Federle, CEO da Forbes – “A Forbes está comprometida em desmistificar as complexidades e fornecer informações úteis sobre tecnologia Blockchain e toda a classe de ativos digitais emergentes”, afirma ele. “Com o investimento da Binance na Forbes, agora temos a experiência, a rede e os recursos da mais bem sucedida e maior exchange de criptomoedas do mundo e uma das inovadoras da indústria Blockchain.” 

Ainda assim, o investimento levanta questionamentos da mídia sobre o vínculo entre as marcas

O investimento da Binance na Forbes levanta questionamentos da mídia sobre a junção das marcas, menos de dois anos após a empresa de criptomoedas processar a revista por difamação alegando que sofreu milhões em perdas por causa de um artigo sugerindo que a estrutura organizacional da Binance foi projetada para enganar intencionalmente os órgãos reguladores e lucrar ilicitamente de investidores em criptomoedas nos EUA. A Binance acabou desistindo do processo em 2021.

Essa notícia também gera uma maior observação dos analistas do mercado sobre a manipulação e popularidade das criptomoedas entre celebridades e na mídia, provocando alertas de reguladores do mundo todo. Assim, o investimento provoca questionamentos entre os observadores da mídia sobre potenciais conflitos de interesse.

O CEO da Forbes, Mike Federle, garante que a linha não será cruzada. E que o interesse da Binance é apenas como investimento. “Qualquer investidor que venha a fazer um investimento na Forbes sabe que colidir com esse editorial – o jornalismo ou cruzar essa linha – terá um efeito negativo em seu investimento.”

Para analistas, entretanto, não há como ver o negócio desta forma. Henri Arslanian, sócio da PwC que frequentemente aconselha empresas de criptomoedas, escreveu no Twitter: “A Binance comprando parte da Forbes é como o McDonald’s comprando parte do Yelp ou Marriott comprando parte do Trip Advisor. Mesmo que não haja conflito de interesses, pode haver a aparência de conflito.”

Agora é esperar as cenas dos próximos capítulos.

‘Posts de propaganda não retêm usuários, mas informação e entretenimento, sim’, diz Rafael Kiso, CMO da MLabs

O universo das redes sociais está em constante mudança, sobretudo para profissionais e marcas que as utilizam como canal de comunicação e engajamento com sua audiência. 

Isso ocorre entre incertezas relacionadas a cookies e privacidade, mudanças no algoritmo e em nosso padrão de consumo (quando foi mesmo que vídeos de 5 minutos passaram a ser longos demais?) que refletem diretamente, também, na maneira de produzir conteúdo.

Enquanto alguns profissionais e marcas ainda tentam encontrar a melhor forma de trabalhar com creators e gerar conteúdo para o TikTok, já estamos falando sobre como trazer NTFs, gameficação nas redes sociais e até do tal do Metaverso.

Sim, as redes sociais são um oceano ilimitado e com ventos que mudam a todo momento de direção. E eles sempre trazem boas oportunidades para os profissionais que sabem como aproveitá-las.

Marcas que souberem reter usuários e se vender, não por meio de de propaganda, mas por conteúdo com infotenimento (informação + entretenimento), nativo para cada plataforma (ao invés de replicado em todas as plataformas possíveis) se destacarão. Esse é “o jogo”, como disse Rafael Kiso, fundador e CMO da MLabs, em entrevista para a Rock Content.

Com 21 anos de carreira no mercado digital, Rafael Kiso foi responsável por soluções que potencializam negócios através do universo digital para médias e grandes empresas. Eleito melhor Profissional de Planejamento Digital pela ABRADi em 2017, e autor do livro Unbound Marketing (2021), que já está entre os mais vendidos do setor.

Ele participa nesta terça-feira, dia 22, às 17h, da Jam Session, webinar gratuito da Rock Content para ajudar profissionais de Marketing e vendas a escalarem seus negócios (faça já sua inscrição!). 

Kiso irá falar sobre as tendências das mídias sociais para os próximos anos, principais formatos para cada fase da jornada do cliente e mostrar estratégias para criar conteúdos que realmente engajam.

O autor e empresário adiantou para nosso blog alguns dos assuntos que você verá na Jam Session. Confira!

“As marcas que entenderem que criar um conteúdo nativo tem muito mais apelo de retenção do que qualquer outro tipo de conteúdo replicado entre as plataformas terão mais chances de prosperar no jogo.”

Rock Content: Desde o início da pandemia, nós vimos algumas mudanças consideráveis na forma de consumir conteúdo na internet (como, por exemplo, a crescente preferência por vídeos curtos nas redes sociais). 

Como isso afeta a maneira de uma marca se comportar e fazer propaganda dentro das redes sociais?

Rafael Kiso: O entretenimento sempre foi algo importante na relação de retenção de usuários dentro de uma plataforma, mas isso ficou mais evidente ao TikTok se proliferar rapidamente e se posicionar como um app de entretenimento em vídeo. 

O isolamento social fez com que houvesse um aumento no consumo de entretenimento em geral, e, não por acaso, foi o período em que o TikTok mais cresceu. Isso despertou a atenção da Meta (o nome antigo da empresa Facebook), que prontamente criou o Reels e vem moldando o Instagram para oferecer uma experiência semelhante em seu app

O fato objetivo é que o modelo de negócios dessas plataformas de mídias sociais é vender anúncios. Quanto mais usuários na plataforma e por mais tempo, mais janelas de anúncios elas têm. Portanto, se uma marca criar um conteúdo que ajuda a reter os usuários dentro do app, o próprio algoritmo se encarregará de distribuir mais amplamente tal publicação. Esse é o jogo. 

Por isso, fazer posts de propaganda não dão certo, pois em geral não retém usuários, mas posts baseados em infotenimento (informação + entretenimento), sim. Pense nisso. 

RC: Como você acha que será (se haverá, na sua opinião) essa transição para o formato de consumo de conteúdo dentro do tão falado Metaverso?

RK: O Metaverso vai além da experiência dentro de um mundo virtual, ele inclui também a realidade aumentada. Portanto, teremos experiências complementares com relação ao consumo de conteúdo. 

Em mundos virtuais, provavelmente o nosso consumo de conteúdo será totalmente colaborativo e coletivo, como em um show da Ariana Grande no Fortnite ou em uma sala virtual com algum conhecido assistindo o mesmo vídeo projetado. 

Encontros com os influenciadores, creators, mentores ou celebridades também irão acontecer, com possibilidade de interação e consumo de conteúdo por áudio voz e projeções no espaço. O mesmo irá acontecer para as marcas, que terão que ter suas propriedades e criar eventos para poder passar algum conteúdo mais imersivo. 

Já para a realidade aumentada, teremos uma camada adicionada com reconhecimento de locais e pessoas. Ao chegar em um local com seus óculos Ray Ban Stories, Spectacles do Snap ou uma lente da Mojo Vision, você será capaz de ver de forma projetada em sua frente os últimos posts, avaliações e quantidade de seguidores do estabelecimento. O mesmo pode acontecer ao ver pessoas no qual autorizam o reconhecimento facial. 

RC: Criadores de conteúdo são outra crescente nas redes sociais, em diversos tamanhos, nichos e, principalmente, idades. Como você vê a importância das marcas em investir em marketing de influenciadores?

RK: Os creators são o motor da retenção da audiência dentro das platafomas, por isso, são remunerados. Não por acaso, os maiores avanços em funcionalidades dentro do Instagram, TikTok e YouTube estão voltados para ajudar o creator a monetizar. Desde live shopping, catálogo de produtos, parcerias, marketplaces, social tokens, NFTs e por aí vai. 

As marcas que entenderem que criar um conteúdo nativo tem muito mais apelo de retenção do que qualquer outro tipo de conteúdo replicado entre as plataformas terão mais chances de prosperar no jogo. 

Muito se pensava em usar influenciadores como canal de mídia, alcançando sua audiência, mas agora está caindo a ficha do poder criativo que eles têm, para ajudar as marcas a criar conteúdo em seus próprios perfis. Veja pelo perfil da mLabs no TikTok, por exemplo, que desde o começo do canal usa a creator Paula Tebett como âncora dos conteúdos. 

RC: Na época do Orkut, a gente tinha nossos Buddy Pokes e outros jogos dentro da própria rede, assim como o Facebook também teve por um tempo. Com a popularização de conceitos como NFT, você vê as plataformas de redes sociais entrando nesse mercado de alguma forma?

RK: Quando o assunto são as NFTs, as plataformas de mídias sociais vão caminhar tanto para o lado do creator quanto do usuário. Do lado do creator, as plataformas permitirão que eles disponibilizem suas artes de forma destacada em seus perfis, podendo permitir a venda inclusive, como no marketplace da Open Sea

Para o lado dos usuários, eles também terão um espaço para mostrar as NFTs que têm em seus perfis, incluindo a troca da imagem do seu perfil por uma imagem NFT. O Twitter, por exemplo, já permite isso—basta integrar sua carteira Metamask para isso. 

Mas o grande lance que está por vir são os social tokens, que permitirão os creators terem sua própria economia, incluindo sua própria criptomoeda. Os seguidores poderão ganhar “Kiso Coins”, por exemplo, ao me seguir e interagir em meu conteúdo. Essa moeda pode servir para ter acesso a conteúdos exclusivos ou serem convertidos em ETH da blockchain Ethereum. Se eu crescer nas mídias sociais, os seguidores também ganham junto pela valorização da moeda. 

É sobre fomento da comunidade em torno da marca e não uma modalidade de investimento em si. 

RC: O que mais os profissionais de marketing podem esperar em relação às tendências para 2022 para social media, que falaremos em detalhes na Jam Session?

RK: Vamos falar essencialmente dos conteúdos que engajam mais e entender as diferenças de conteúdo para cada etapa da jornada do cliente. Como escolher o melhor formato e canal para cada etapa, assim como quais são as boas práticas para aumentar o engajamento.

Não perca a conversa ao vivo com Rafael Kiso nesta terça, dia 21, às 17h. É grátis e você poderá fazer perguntas. É só fazer sua inscrição!

Consumidores negros estão dispostos a pagar mais pelas marcas certas — a sua é uma delas?

O comportamento do consumidor mudou muito, certo? Quando se trata de consumidores negros, esse fato é ainda mais forte.

Uma pesquisa da McKinsey descobriu que os consumidores negros estão dispostos a pagar até 20% a mais pelos produtos e serviços certos que atendam às suas necessidades.

Para as marcas, é uma oportunidade incrível de aumentar suas iniciativas para atender a esse grupo. A questão é: como eles podem estar preparados para se comunicar melhor com os consumidores negros, a fim de atingir maiores resultados, ao mesmo tempo em que promovem a equidade racial?

O poder de compra de pessoas negras está crescendo rapidamente

A luta pela igualdade racial vem trazendo grandes mudanças para pessoas negras em muitas questões, incluindo seu poder de compra. Como consequência, as marcas estão prontas para atender a essa força econômica, como nunca antes.

O poder de compra de pessoas negras está crescendo rapidamente — de US$ 910 bilhões em 2019 para uma projeção de US$ 1,7 trilhão em 2030. Ainda assim, por muito tempo as empresas falharam em ver esses consumidores negros como seus alvos étnicos prioritários.

Felizmente esse cenário está mudando lentamente.

Vamos dar um exemplo recente: este mês a Target introduziu 40 novas marcas de beleza em sua linha, e metade delas é de empresas de propriedade ou fundadas por pessoas negras. O anúncio faz parte da iniciativa do varejista de gastar mais de US$ 2 bilhões com empresas de propriedade de negros até 2025.

Algumas grandes empresas estão tomando a iniciativa para melhor atender esse grupo, além de dar espaço para pequenos e grandes negócios de pessoas negras crescerem.

As raízes da insatisfação

Os negros norte-americanos são subfinanciados desde a revolução industrial. Muitos deles enfrentam desafios diários que inevitavelmente afetam suas chances de sucesso. Mas mesmo aqueles que têm acesso a produtos e serviços podem se sentir insatisfeitos com a falta de compreensão de suas necessidades estéticas, culturais e econômicas.

Atender melhor os clientes negros não os beneficiará apenas, mas também as marcas. Aqueles que se recusam a aceitar esse panorama podem perder muito.

Capturar a atenção desse bloco econômico crescente pode levar a um relacionamentos de longo prazo: 68% dos entrevistados da pesquisa McKinsey relataram que são leais às marcas que melhor atendem às suas necessidades.

Agregar valor, respeitar a diversidade e projetar produtos para as preferências de pessoas negras é uma situação ganha-ganha. Em outras palavras, poderíamos prever benefícios sociais e econômicos.

É muito importante que pessoas negras sejam capazes de contribuir para a economia como trabalhadores e consumidores, tendo acesso a recursos e chances de sucesso.

Claro que seus gostos não são um monólito. Cada indivíduo tem uma forma particular de interagir com as marcas. No entanto, a maioria dos clientes negros busca marcas mais inclusivas e confiáveis, avaliando cada missão social declarada e credibilidade junto às comunidades negras, além da qualidade do produto.

O que fazer para que minha marca atenda às necessidades de pessoas negras?

Em primeiro lugar: não faça isso apenas pelo lucro. Empresas que afirmam ser inclusivas para o mundo, mas não adotam medidas de inclusão no ambiente de trabalho, geralmente são desmascaradas e perdem credibilidade. Você precisa incentivar a representatividade em todos os departamentos e iniciativas, e isso vai muito além das campanhas de marketing.

Depois de adotar essa mentalidade, você é capaz de dar mais atenção às suas estratégias. Aqui está uma lista de 5 passos que você DEVE seguir para conquistar as carteiras, credibilidade e corações do consumidor negro:

1. Empregue uma força de trabalho representativa

A representatividade vai muito além de colocar uma pessoa negra em um comercial de TV ou em um anúncio de revista. Existem itens mais profundos com os quais você deve se preocupar.

Por exemplo, qual é a porcentagem de pessoas negras em sua empresa? Qual é a porcentagem de pessoas negras em cargos de liderança?

Você deve empregar tomadores de decisão, líderes e profissionais de marketing que entendam e possam falar com as comunidades de consumidores negros. Esteja ciente de que sua marca só entregará serviços e produtos otimizados para pessoas negras, se houver uma força de trabalho negra em casa. Representatividade em uma empresa significa plena capacidade de acesso aos desejos e particularidades mais profundos de uma pessoa negra.

É mais difícil pensar de forma diferente quando todos em sua equipe têm a mesma aparência.

2. Incentive políticas para pessoas negras

Garanta que seus produtos sejam acessíveis às comunidades negras. Promova a diversidade de fornecedores de marcas gerenciadas por pessoas negras e focadas em pessoas negras. As partes interessadas e os parceiros também devem ser antirracistas e adotar medidas inclusivas.

Um exemplo desses esforços é a iniciativa da marca de varejo Target. Cassandra Jones, vice-presidente e gerente geral de beleza e cosméticos da Target, declarou: “Com a adição de quase 40 novas marcas de beleza, estamos elevando o nível de nossa experiência de beleza premium, com um forte foco em nosso compromisso com marcas de pessoas negras ou fundadas por pessoas negras”. Entre essas novas marcas, vinte delas pertencem a empreendedores negros.

Pode ser uma grande oportunidade para outras empresas fazerem o mesmo, seguindo o exemplo de uma marca global. Apoie marcas de pessoas negras e dê a elas espaço para crescer.

Engaje a liderança da empresa para fortalecer ou se posicionar sobre a importância da diversidade racial e o combate ao racismo.

3. Ofereça produtos e serviços que atendam aos seus gostos e necessidades

Por décadas, as marcas de beleza e cuidados pessoais atenderam quase exclusivamente às necessidades dos consumidores brancos.

Os consumidores negros mostram uma grande disposição para explorar novos produtos e serviços. 81% dos entrevistados negros da pesquisa afirmaram que desejam mudar de marca. Esses dados sugerem que a insatisfação com as opções atuais é generalizada.

Promova o respeito a todas as pessoas no planejamento de produtos, serviços e atendimento ao cliente.

Lembre-se que uma marca que não é vista não é lembrada. Vendo pelo outro lado, um público que você não consegue ver também não se lembrará da sua marca.

4. Faça com que pessoas negras sejam sua persona

Toda estratégia de marketing e produto só é assertiva se levar em conta as preferências, gostos, problemas e reclamações de sua persona. Se sua empresa não colocar pessoas negras nessa posição, o resultado é que sua marca será desacreditada por esse público. Eles podem sentir que suas ofertas não são feitas para eles, mas para outras etnias e grupos.

Suas campanhas de marketing serão assertivas se você entender as necessidades, opiniões, pontos problemáticos e desafios dos clientes negros. Então, se você quer a atenção deles, eles devem ver que você entende suas particularidades e quer ajudá-los.

5. Crie conteúdo valioso para leads negros

É amplamente conhecido que as empresas que criam uma grande quantidade de conteúdo obtêm os melhores resultados de marketing. Uma pessoa média consome 11 peças de conteúdo antes de tomar uma decisão de compra. Quando se trata de uma persona negra, você deve fazer algumas perguntas:

  • O que eles procuram na internet?
  • Que conteúdos despertam a sua curiosidade?
  • Quais tópicos chamam sua atenção?
  • Quais são suas preocupações e interesses?

Ofereça conteúdo valioso que não apenas os atraia para sua marca, mas que também faça com que eles se sintam engajados e satisfeitos. Como consequência, eles podem se tornar seus defensores e promover sua empresa para outras pessoas. Em suma, eles podem se tornar seus verdadeiros fãs.

Este guia contém as principais medidas para promover a inclusão e a satisfação de clientes e trabalhadores negros. Certifique-se de que sua empresa já está tomando essas iniciativas e se não, seja a mudança que você deseja observar e vá em frente. O resultado é um mundo corporativo mais representativo e um poder de compra próspero e diversificado.

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YouTube e TikTok rastreiam usuários mais do que qualquer outro aplicativo de rede social, diz estudo: quais são as preocupações com a privacidade?

TikTok e YouTube são os dois aplicativos de rede social que mais rastreiam os dados pessoais dos usuários, de acordo com uma pesquisa recente da URL Genius.

Para chegar a essa conclusão, a empresa de marketing utilizou o novo recurso da Apple “Relatório de Privacidade de apps”, que permite ao usuário saber quais aplicativos se comunicam com diversas redes. O recurso salva um resumo sobre os dados, sensores e acesso à internet por aplicativos. A pesquisa foi feita em 200 aplicativos e 20 categorias de app para descobrir como eles rastreiam os dados pessoais dos usuários.

O YouTube, que pertence ao Google, fez mais contatos com redes first-party (71%). Já o TikTok, da ByteDance, fez os contatos principalmente com rastreadores de terceiros (third-party), o que levanta muitas dúvidas em relação à privacidade e segurança.

Neste artigo, exploramos os resultados desse estudo e algumas preocupações sobre privacidade de dados que envolvem usuários, empresas e profissionais de marketing.

Quais são as principais descobertas?

A pesquisa do URL Genius mostrou que o número médio de contatos para aplicativos de rede social é 6. No entanto, YouTube e TikTok ficaram acima desse número, com 14 contatos de rede cada.

Fonte: pesquisa URL Genius

Vale ressaltar que o estudo estimou quantos domínios diferentes rastreiam a atividade de um usuário ao longo de uma visita antes de fazer login em uma conta. Ou seja, se o estudo for feito com os usuários logados, os números podem sofrer variações.

YouTube

Para o YouTube, 71% dos rastreadores eram contatos de rede primários. Isso implica que a coleta de dados é para fins próprios, frequentemente para veicular anúncios relevantes para os usuários. O restante dos contatos (4) eram de domínios de terceiros.

TikTok

Já o TikTok apresentou resultados mais preocupantes: 13 dos 14 contatos eram da rede de terceiros, e o rastreamento acontecia mesmo quando os usuários não marcavam para permitir rastreamento nas configurações do app.

Isso que o TikTok pode coletar informações desde quando você abre o aplicativo, até antes de se inscrever. Isso inclui informações como sua localização, endereço de IP, dispositivo que você está usando, histórico de pesquisa, entre outras.

De acordo com a pesquisa, “os consumidores que não concederam permissão para serem rastreados ficarão alarmados com o número de redes de terceiros contatadas por aplicativos — mesmo fazendo uso mínimo de aplicativos”.

O risco do third-party: quais são as preocupações com a privacidade?

Já que estamos falando de contatos de rede de terceiros, você pode se perguntar por que isso é tão problemático. A resposta é: há muitas questões não resolvidas.

  • Quem está rastreando esses dados?
  • Quais dados são compartilhados e como serão usados?
  • E quanto ao rastreamento de atividades para outros sites depois de sair do aplicativo?

Além disso, os consumidores não podem desativar os rastreadores em potencial. Portanto, se quiserem evitar isso, sua única alternativa é não usar o aplicativo.

Escândalos de privacidade de dados: como está a realidade?

Esse não é o primeiro, nem o último, escândalo relacionado à privacidade de dados. No passado, empresas como Google e Facebook também se envolveram em controvérsias sobre “práticas de marketing injustas” que afetaram severamente a imagem de sua marca.

Um exemplo é o escândalo da Cambridge Analytica, no qual os dados pessoais de milhões de usuários do Facebook foram coletados sem consentimento e depois usados ​​para publicidade política. Desde então, a empresa de Mark Zuckerberg enfrentou muitos desafios para ganhar a confiança dos usuários online. Em 2021, de acordo com o “US Digital Trust Benchmark Report”, a plataforma de rede social foi considerada a menos confiável pelo segundo ano consecutivo.

Outro caso é a Google, que em janeiro de 2022 foi processada nos EUA por práticas enganosas e desleais para obter dados de localização de usuários. A empresa também foi vinculada a outros escândalos de dados relevantes.

O rastreamento do usuário é a única maneira de obter dados relevantes?

A coleta de dados se tornou o assunto do momento entre os usuários de rede social nos últimos anos. Além disso, com a implementação de novos regulamentos de privacidade em todo o mundo, os usuários estão cada vez mais interessados ​​em tópicos como propriedade e processamento de dados pessoais.

Um exemplo é a Apple, que lançou o “Transparência no Rastreamento em Apps” para solicitar permissão dos usuários antes de rastreá-los em outros aplicativos e sites.

Mas então, o rastreamento de usuários é a única maneira de gerar estratégias de marketing eficazes? A resposta é não.

Sabemos o quanto os dados são essenciais para suas iniciativas de marketing digital! No entanto, mais do que nunca as empresas devem explorar outras formas de atingir seu público e usar a tecnologia para melhorar a experiência do usuário, em vez de prejudicá-la. Privacidade é importante, e é por isso que as empresas precisam conciliar as demandas dos negócios com as exigências da privacidade!

Para atingir esse objetivo, recomendamos que você use estratégias e ferramentas de dados primários que possam cumprir os requisitos de privacidade e transparência. Isso será fundamental para fortalecer o relacionamento com os clientes e aumentar o valor da marca por meio da confiança.

É claro que esse processo levará tempo. Mas agora que os usuários podem ver com quantas redes os aplicativos estão compartilhando seus dados, a atualização das estratégias é urgente.

Profissionais de marketing podem transformar o mundo com diversidade (veja o porquê)

Os profissionais de marketing podem exercer um papel significativo na transformação do mundo. Eles podem fazer isso educando o mercado, compartilhando a mensagem certa e, além disso, ajudando as organizações a criar uma mentalidade inclusiva duradoura e a promover um comportamento inclusivo, enquanto transmitem a mensagem com representatividade e autenticidade.

Atualmente, estamos vivendo em um mundo onde a maioria das pessoas não demonstra fidelidade às marcas. Mais de 80% dos entrevistados da pesquisa doMcKinsey Institute for Black Economic Mobility disseram que estavam dispostos a mudar de marca se outra tivesse uma representatividade melhor.

Porém, a pesquisa também apontou que os consumidores negros estão dispostos a pagar até 20% a mais pelos produtos e serviços certos que atendam às suas necessidades.

Como os dados de mercado estão nos mostrando, as empresas que levam o assunto a sério e têm uma abordagem real, possuem uma maior probabilidade de ter uma rentabilidade acima da média, atrair e reter clientes e funcionários e, ao mesmo tempo, melhorar as condições do mundo.

Vamos ver como você pode trazer esse pensamento para sua marca com responsabilidade e ação (e não apenas fazer marketing sobre o assunto), com alguns bons exemplos de empresas do mundo real que já estão fazendo isso.

Diversidade para marcas

A primeira coisa que as empresas devem considerar ao incluir a diversidade em suas diretrizes é que uma marca representa o que a empresa é em termos de crenças, comportamentos, visão, características — como a personalidade e a história de vida de uma pessoa.

Assim, da mesma forma que acontece com uma pessoa, se você tentar anunciar algo que não é ou em que não acredita, estará no caminho do fracasso.

Antes de incluir a diversidade na sua marca, comece a incluí-la no seu negócio, nas conversas dos funcionários, nos treinamentos, entendendo a diversidade dentro da sua cultura interna.

Só então, você pode passar para o próximo passo de trabalhar com diversidade para sua marca e marketing — o que é incrível, e eu te encorajo totalmente a fazer, não me entenda mal. Implementar a diversidade na sua marca e negócios será ótimo para a experiência de seus funcionários, receita de negócios e, claro, para construir um mundo melhor. De acordo com a análise daMcKinsey, as empresas que têm minorias culturais e étnicas em suas equipes têm 36% mais chances de obter rentabilidade líder do setor.

Inspirando-se com iniciativas de diversidade no mundo dos anúncios

Recentemente, a Publicis Media anunciouo lançamento de um marketplace para aumentar a representatividade, oferecendo a seus clientes a oportunidade de acessar um inventário aprovado de editores que atendem comunidades sub-representadas, com foco em aumentar o alcance de públicos diversificados.

Chamado de Diverse and Inclusive Media Exchange (DIME), o mercado será exclusivo para clientes da Publicis e teve como objetivo oferecer um conteúdo mais inclusivo, de acordo com a CEO da Publicis Media UK, Sue Frogley.

Tomando como inspiração um dos espaços publicitários mais caros, os anúncios do Super Bowl têm encantado o público nos últimos anos com diversos elencos e narrativas da vida real.

De acordo com Jon Evans, diretor de marketing da System1, eles encontraramtrês maneiras principais de empregar a diversidade como estratégia, embora seja importante entender que existem muitas consequências e pontos de análise do uso de cada uma, que diferem de marca para marca e entre campanhas. São elas:

  • mostrar várias cenas com uma variedade de pessoas;
  • expor um problema que afeta uma minoria;
  • usar diversos castings mesmo quando não é obrigatório, de forma menos explícita.

Agências de marketing e de conteúdo, como acontece na Rock Content, têm um potencial de impacto ainda maior. Como elas lidam com a comunicação e a estratégia de vários clientes, elas têm o poder de dar vida à diversidade em campanhas e educar vários clientes em diversos setores sobre o tópico e como as pessoas querem se sentir representadas pela mídia.

Cada cliente representa uma oportunidade de educação e o quanto ela é fundamental para a diversidade em qualquer negócio. Da próxima vez, esperamos que seja o cliente a pedir por isso no briefing, e não o contrário.

Como começar com a diversidade

Comece com um plano, é o que eu sempre digo. Além disso, inicie com o que você pode fazer hoje. Pode não ser muito, mas é alguma coisa, e isso é melhor que nada. Não procure o complexo ou ousado, lembre-se de que você só quer começar a fazer as coisas:

  • compartilhe a ideia com um pequeno grupo de pessoas, faça um brainstorming do tema;
  • traga as lideranças a bordo e para perto de você;
  • faça uma pequena pesquisa para entender como sua empresa está se saindo com a diversidade até agora, o que seu público interno gostaria de ver sendo feito e quais são as oportunidades de melhoria;
  • use as respostas das pesquisas para criar uma visão de sucesso para o projeto;
  • liste alguns dos primeiros passos para chegar lá, compartilhe com o mesmo grupo, revise e comece.

Conclusão: essa é a coisa inteligente e certa a fazer

Profissionais de marketing podem se beneficiar ao aprender como desenvolver uma estratégia de diversidade e inclusão. Isso melhora o estado do mundo enquanto aprimora os resultados de negócios tangíveis para as empresas.

Mas lembre-se:

  • comece olhando internamente, assuma o compromisso real de incluir a diversidade nos valores e na cultura do seu negócio, pois isso é fundamental para ter uma comunicação coerente ao compartilhá-la fora da empresa;
  • em seguida, expanda para os seus produtos e serviços, garantindo que sejam acessíveis a todos e com representação diversificada, principalmente quando estamos falando da influência e do impacto escalável que as agências e as empresas de marketing têm ao moldar a mensagem.

O segredo é essencialmente começar fazendo as coisas e aproveitar esse caminho cheio de aprendizados e desenvolvimentos.

Leia aqui para saber mais sobre o compromisso da Rock Content com adiversidade e o impacto global.

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A fidelidade às marcas está diminuindo: como manter os clientes engajados mesmo assim

Um estudo com 2.000 pessoas dos EUA e do Reino Unido pela Edit, especialista em dados de clientes, e Kin + Carta, uma consultoria de transformação digital, revela que mais de um quarto (27,4%) dos consumidores agora não mostram fidelidade à marca de forma alguma.

Entre os entrevistados, apenas 6% dos consumidores afirmaram demonstrar fidelidade ao setor de comércio eletrônico. Paradoxalmente, o que vimos nos últimos dois anos com a pandemia da Covid-19 foi um aumento significativo das compras online.

A pandemia mudou o comportamento do consumidor e acelerou diversas mudanças no setor de varejo. Por isso, precisamos mais do que nunca prestar atenção à experiência que estamos proporcionando aos nossos clientes. Caso contrário, perderemos força no mercado.

Compra recorrente não significa fidelidade

Além de aumentar a frequência de compra, uma empresa que foca a fidelidade é capaz de garantir que seu consumidor confie, engaje, defenda e recomende produtos e serviços. Assim, se cria um vínculo forte entre a marca e o cliente, que vai muito além de uma relação de compra e venda.

A Apple é um ótimo exemplo de marca que, ao longo dos anos, construiu uma forte lealdade. Pesquisas mostram que a Apple tem clientes de smartphones mais fiéis nos EUA e que mais de 90% dos consumidores dizem que pretendem comprar outro iPhone. É uma porcentagem alta. E isso não significa que a concorrência seja fraca ou que os produtos sejam inferiores, mas que a Apple proporciona uma experiência completa ao cliente e o posicionamento da marca se conecta com seu consumidor.

Inclusive, a relação é tão forte que os clientes têm adesivos, camisetas e até tatuagens com o logo da Apple! Isso também acontece com a Harley Davidson, por exemplo — os clientes não compram apenas uma motocicleta, eles compram uma experiência da cultura e do estilo de vida da marca.

Existem outros bons exemplos de empresas que fazem isso bem e, como resultado, têm alto índice de fidelidade à marca. Você pode ter pensado na Coca-Cola, Disney, Starbucks ou outros.

Mas, afinal, como criar marcas que encantam, cativam e retêm clientes engajados?

Crie conexões reais

Como a Apple, a Coca-Cola e a Harley-Davidson criaram uma lealdade e laços tão fortes? O que eles têm em comum?

Essas marcas vendem muito mais do que o produto ou serviço em si. Elas vendem nostalgia (Coca-Cola), inovação (Apple) ou estilo de vida (Harley Davidson). Toda a estratégia de comunicação e posicionamento é construída em torno do que a marca acredita, e isso cria uma conexão profunda com o consumidor.

Pode parecer clichê dizer isso aqui, mas a questão é: você quer criar uma marca memorável? Você realmente precisa começar com “o porquê”. Entenda claramente o propósito da sua marca e como ela cria uma conexão real com as necessidades e desejos do seu público. Qual é a razão de ser da sua empresa? Como isso a diferencia em um mercado cada vez mais saturado?

Vale a pena (re)assistir o TED Talk “Start with Why, de Simon Sinek.

Foque na experiência do cliente

Tudo bem, sabemos que é fundamental ter um propósito bem definido e clareza sobre como ele se relaciona com o público. É a partir disso que você consegue desenvolver uma estratégia organizacional.

Agora, o ponto importante revelado pela pesquisa é, que “a afinidade da marca por meio da conexão emocional enfraqueceu para ser substituída por laços habituais baseados em experiências vividas e relacionadas com marcas e varejistas”.

E, nesse cenário em que a fidelidade à marca está perdendo força e a criação de conexões profundas perde espaço para a volatilidade do mercado, proporcionar experiências positivas ao cliente é crucial para sua empresa.

A experiência do cliente é definida pelas interações que ele tem com a sua marca — sejam elas diretas ou indiretas. Para garantir uma boa experiência do cliente, o primeiro passo é ter uma visão holística e completa de toda sua jornada (antes, durante e depois da compra).

Por mais que falemos do assunto há anos, na prática isso ainda não é tão difundido: segundo outra pesquisa da Kin + Carta, mais da metade das empresas (55%) não tem uma visão única e completa de todas as interações com seus clientes. A falta desse conhecimento cria uma experiência desconexa e cheia de atritos.

É fundamental mapear os pontos de interação que o consumidor tem com a sua marca e, a partir daí, pensar em melhorias para garantir que a experiência seja benéfica. Ela deve ser baseada no que faz sentido para o consumidor. Por isso, vale ressaltar a importância de conhecer profundamente seu cliente ideal, seus comportamentos e necessidades.

Dedique tempo e esforço para analisar a jornada do seu cliente com sua empresa. Entenda cada ponto de contato e interação, reduza os esforços do cliente e, finalmente, desenvolva uma jornada fluida e conectada.

Use dados de forma inteligente e estratégica

Seja para mapear a jornada, entender seu propósito ou identificar seu cliente ideal, os dados são essenciais para obter melhores resultados e decisões mais assertivas.

Colete dados do seu CRM, entreviste funcionários, conecte-se com clientes e analise os feedbacks recebidos. E, principalmente: foque o que realmente importa.

Em uma realidade em que estamos coletando e recebendo dados o tempo todo, é preciso ter clareza sobre o que será analisado e o que esses dados dizem. Ou seja, você precisa ter um entendimento sobre o que está por trás de tantos números.

Assim, sua estratégia deve ser norteada por dados reais, e você precisa ter uma ampla compreensão do que eles representam, desde uma perspectiva humanizada.

Considere programas de fidelidade

Criar um programa de fidelidade que ofereça incentivos aos clientes, como benefícios e descontos, também pode ajudar no processo de fidelização. De acordo com os entrevistados do estudo, um dos fatores que provavelmente aumentaria a fidelidade do cliente seria a possibilidade de ele ser recompensado.

Mas lembre-se: não existe programa de fidelidade que possa sustentar uma experiência ruim do cliente.

Com tantas mudanças no comportamento do consumidor, o foco na experiência ainda é um fator crucial para reter e encantar os clientes. Tudo precisa estar conectado na jornada do cliente: o propósito da marca, todas as interações, a experiência de compra, os programas de fidelidade. Ao criar uma experiência linear e fluida, você garante um cliente fiel.

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Saiba o que é arquitetura centrada em dados e como deixar a sua empresa preparada

No cenário de transformação digital das empresas, os dados deixaram de ser apenas fontes de informação ou ativos empresariais. Hoje eles são o núcleo das estratégias empresariais e, como tal, devem estar no centro das suas decisões.

Por isso, a arquitetura centrada em dados vem se tornando essencial para o desempenho das organizações. Esse conceito coloca os dados como elemento central, enquanto a tecnologia é construída no seu entorno — e não o contrário, como as empresas costumam fazer e acabam tendo que levar os dados de um lado para outro.

Neste artigo, vamos explicar melhor esse conceito que vem sendo aplicado nas organizações para favorecer a inteligência de negócio e o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial e machine learning. Acompanhe agora para saber como aplicar na sua empresa!

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O que é arquitetura centrada em dados?

Arquitetura centrada em dados é uma abordagem de negócios que coloca os dados como elemento central da infraestrutura das empresas, enquanto a tecnologia é construída em torno deles.

Dessa forma, entende-se que ferramentas, aplicações, softwares e outras tecnologias de infraestrutura podem ir e vir. Porém, os dados permanecem no mesmo lugar, porque são o principal ativo das empresas.

Na figura abaixo, você pode ver um exemplo de modelo em nuvem centrado em dados. Eles estão integrados no centro, enquanto as políticas e padrões estão na sua volta, mesmo com o uso de diferentes tipos de aplicações (SaaS, IaaS, On-premises, Edge).

No contexto da transformação digital, muito se fala no mercado sobre construir empresas orientadas por dados ou data-driven. De acordo com essa mentalidade, elas deveriam construir ferramentas e habilidades para adquirir e analisar dados, a fim de tomar melhores decisões.

O que se defende agora é que os dados são mais que orientadores das decisões: eles são os ativos principais das organizações. Por isso, as empresas devem passar a ser centradas em dados ou data-centric para alcançar inteligência de negócio e vantagem competitiva.

Tecnologias de inteligência artificial, deep learning, processamento gráfico e big data estão no centro da inovação das empresas e exigem uma base moderna para o seu processamento. Isso se reflete, então, na renovação da arquitetura de data-centers, que devem deixar de ser centradas nos computadores e aplicações para colocar os dados no seu lugar.

Quais são os benefícios de um modelo centrado em dados?

Em um mundo de tecnologias e aplicações em rápida evolução, as empresas se veem na necessidade de migrar os dados de um lado para o outro. Com o crescimento explosivo do big data e das fontes de dados com que as organizações operam, esse cenário pode se tornar caótico.

Nas migrações, dados se perdem, tornam-se vulneráveis, e esses processos geram prejuízos para as empresas. Por isso, o modelo de arquitetura centrada em dados tende a trazer benefícios às empresas, ao colocar os dados como ativos permanentes.

A seguir, vamos entender melhor quais são as vantagens de trabalhar com esse modelo na sua organização:

Integrabilidade dos dados

Em um modelo apenas orientado por dados, eles podem vir de diferentes fontes e em diferentes formatos. Os esforços não estão focados em harmonizar os dados, o que pode gerar inconsistências.

Já na abordagem centrada em dados, eles são catalogados e padronizados. Há uma arquitetura predefinida, em que as aplicações são desenvolvidas em torno dos dados, e não o contrário. Por isso, eles podem ser integrados para tornar as análises mais confiáveis e consistentes.

Proteção de dados mais confiável

Nos processos de migração de dados, eles podem ficar desprotegidos. Isso acontece nos modelos que são centrados em aplicações, já que novas tecnologias surgem, e os dados migram de sistemas antigos para novos.

Por outro lado, uma abordagem centrada em dados permite que as organizações protejam melhor seus dados contra acessos não autorizados, roubos, comprometimento e usos indevidos. Com uma arquitetura organizada, o sistema pode identificar dados confidenciais e aplicar a proteção com base em políticas apropriadas.

Resiliência cibernética

Resiliência cibernética se refere à capacidade de recuperação das empresas ao enfrentar incidentes cibernéticos.

Quando as organizações operam com a arquitetura centrada em dados, elas fortalecem essa resiliência. Esse modelo capacita as empresas a se preparar melhor, responder e se recuperar de incidentes, já que os dados são o foco do negócio e estão melhor protegidos e integrados em sistemas eficientes.

Quais são os princípios da arquitetura centrada em dados?

Centenas de líderes de empresas e profissionais de tecnologia assinaram um manifesto chamado de Data Centric Manifesto.

Lá estão dispostos os princípios da arquitetura centrada em dados, que surgiram diante do estado confuso da arquitetura da informação nas grandes instituições atuais. Segundo os signatários do manifesto, essa confusão vem da mentalidade que dá prioridade às aplicações em vez dos dados.

Estes são os princípios do Manifesto Centrado em Dados:

  • os dados são um ativo fundamental de qualquer organização;
  • os dados são auto descritivos e não dependem de um aplicativo para interpretação e significado;
  • os dados são expressos em formatos abertos e não proprietários;
  • o acesso e a segurança dos dados são de responsabilidade da camada de dados e não são gerenciados por aplicativos;
  • os aplicativos podem visitar os dados, realizar sua mágica e expressar os resultados de seu processo de volta na camada de dados para que todos possam compartilhar.

Quais são os pilares da arquitetura centrada em dados?

A seguir, vamos entender melhor como funciona a arquitetura centrada em dados a partir dos pilares que sustentam esse modelo. Confira:

Segurança

A segurança de dados é um assunto em alta, à medida que eles estão cada vez mais disponíveis e o mundo se torna cada vez mais digital. Durante a pandemia de Covid-19, os ataques cibernéticos a empresas triplicaram, diante do aumento da vulnerabilidade dos sistemas, como informa o G1.

Diante desse cenário, fica claro por que a segurança é um dos pilares da arquitetura centrada em dados. Como explicamos, esse modelo deve garantir maior proteção aos dados das empresas contra acessos indevidos.

Unificação

A arquitetura centrada em dados procura unificá-los para liberar todo o seu potencial. Em vez de criar silos de dados e múltiplas infraestruturas, que dificultam o seu acesso e análises, a intenção é obter uma arquitetura de dados contínua, que permita domar o enorme volume de dados.

Em uma analogia à arquitetura de imóveis, esse modelo permite criar uma casa bem integrada internamente, em vez de construções aleatórias e cômodos desconectados.

Agilidade

Outro pilar que sustenta a arquitetura centrada em dados é a agilidade. Tecnologias de IA exigem acesso em tempo real aos dados, a fim de propiciar uma resposta ágil aos usuários.

Nesse sentido, a infraestrutura unificada e a capacidade aprimorada de processamento devem permitir o acesso instantâneo aos dados pelas aplicações. Isso garante agilidade às organizações, para responder adequadamente à velocidade da era digital.

Acessibilidade

A arquitetura centrada em dados deve ser democrática. Qualquer pessoa, independentemente da sua especialização ou conhecimento técnico, deve poder acessar os dados para tomar decisões e melhorar processos.

Portanto, esse modelo deve priorizar também a acessibilidade dos usuários, considerando os diferentes níveis de permissão de acesso.

Como implementar a arquitetura centrada em dados?

A implementação seria muito mais fácil se a organização já começasse centrada em dados desde o início das suas operações. Porém, a realidade é que as empresas já estão lidando com diversas aplicações e ferramentas, já passaram por fusões e aquisições, e lidam com um cenário confuso em relação aos dados.

Por isso, a implementação da arquitetura centrada em dados exige um processo mais complexo para ser efetivada. Vamos ver agora o que a sua empresa deve fazer:

Comece no topo

A transformação tecnológica não começa por softwares e ferramentas. Deve iniciar no topo da empresa, ou seja, nos altos níveis de decisão. Gestores do negócio e do departamento de TI devem querer levar a organização à centralização nos dados.

Para isso, devem oferecer um ambiente propício, promover uma cultura voltada para dados e planejar os passos para a implementação.

Construa um departamento de TI evangelizador

O departamento de TI é o protagonista da transformação da empresa para o data-centric. Por isso, a equipe deve definir e promover políticas, procedimentos, padrões, metodologias e metas para implementar a arquitetura centrada em dados.

São essas definições que vão orientar as mudanças na empresa, a aquisição de ferramentas e os treinamentos dos colaboradores.

Mapeie e organize os dados

A organização deve mapear o cenário dos dados, suas fontes, formatos, volume e domínios de assuntos. Dessa forma, é possível organizá-los, definir níveis de hierarquia e planejar a infraestrutura de acordo com as necessidades e demandas da organização.

Além disso, é possível também definir a transição para o novo modelo de arquitetura de acordo com a ordem de importância dos dados para a empresa.

Controle as atividades

O departamento de TI deve também acompanhar a implementação da arquitetura centrada em dados em todas as suas etapas. É seu papel monitorar o desenvolvimento de aplicações, a unificação dos dados, o aprendizado da equipe e as transformações da empresa.

Assim, é possível medir se a implementação está no caminho certo, se está atingindo as metas definidas no planejamento e se existem oportunidades de otimização do processo.

Quais desafios podem surgir?

A implementação da arquitetura centrada em dados é uma tarefa complexa. Não se trata apenas de uma mudança de infraestrutura, mas também de mentalidade de negócio.

Se os dados se tornam o elemento central da infraestrutura tecnológica das empresas, as equipes precisam também colocá-los no centro das suas tarefas e decisões. Isso exige uma mudança de cultura que muitas vezes sofre resistência.

Além disso, se a empresa é centrada em dados, todas as pessoas devem poder acessar e analisar os dados facilmente, considerando os devidos níveis de permissão. Para isso, é importante que elas desenvolvam o conhecimento técnico e as habilidades para extrair valor dos dados, o que demanda das empresas esforços de preparação e treinamento.

A implementação da arquitetura centrada em dados também passa por alguns desafios técnicos. A unificação de um grande volume de dados, de diferentes fontes e formatos, aumenta a complexidade da operação. É preciso acessar dados até então fragmentados em silos para consolidá-los em formatos padronizados e analisáveis.

Desenvolver uma infraestrutura sólida, em que os usuários possam confiar para acessar e analisar dados de qualidade, também é um processo complexo e extenso. Requer o uso de ferramentas confiáveis e profissionais qualificados, que são responsáveis por conduzir esse processo de forma eficiente nas organizações.

A arquitetura centrada em dados representa um avanço no universo do business intelligence. A inteligência do negócio depende dessa mudança de mentalidade e infraestrutura, que coloca os dados no centro das organizações, como seu principal ativo.

Dessa forma, é possível explorar o uso de tecnologias de inteligência artificial e machine learning, que permitem agregar vantagens competitivas aos negócios.

Agora, aproveite para ler o nosso ebook gratuito sobre Inteligência de Mercado, que ensina a usar o monitoramento de dados para se destacar no mercado e tomar melhores decisões estratégicas. 

Google diz que emojis não prejudicam o SEO, mas vale a pena usá-los no conteúdo? 😐

Atenção, todos os profissionais de SEO: John Mueller atacou novamente.

Dessa vez, o nosso Search Advocate do Google preferido trouxe palavras de sabedoria sobre a presença de emojis em títulos de páginas da web, meta descrições e no próprio conteúdo.

Ele disse que se você quiser usá-los, pode ir em frente. Emojis não prejudicarão nem ajudarão suas estratégias de SEO.

Mueller revelou essa atualização durante o hangout do Google Search Central SEO office-hours de 28 de janeiro. Só que uma pergunta permaneceu na minha cabeça: você pode incluir emojis em suas páginas, mas você deve realmente fazer isso?

Aqui estão dois pontos a serem considerados

1: Usar emojis pode ser uma perda de tempo 🤡

Sim, eles são bonitinhos e engraçados. Mas como os emojis não farão nada para ajudar você a ter uma classificação alta nas SERPs, qual é o sentido de usá-los?

Como profissional de SEO, você não quer dedicar horas valiosas otimizando páginas para coisas que não trarão resultados positivos.

Além disso, a SERP está sempre mudando. Se o Google simplesmente decidir parar de mostrar emojis nas pesquisas, todo o seu ótimo trabalho com eles pode ser substituído por informações de código estranhas ou quadrados em branco □.

Além de tudo isso, o algoritmo do Google já está reescrevendo um número significativo de títulos de páginas simplesmente porque acha que pode criar títulos melhores do que você.

Isso significa que seu precioso emoji no título pode desaparecer ou se tornar outra coisa. De acordo com Mueller:

“Não mostramos todos esses [emojis] nos resultados da pesquisa, especialmente se acharmos que isso atrapalha os resultados no sentido de poder parecer enganoso, esse tipo de coisa. Mas você pode definitivamente mantê-los lá, não é que eles causem problemas.

Eu não acho que você teria nenhuma vantagem significativa em colocá-los lá, porque no máximo o que tentamos descobrir é o que é o equivalente a esse emoji e talvez usar essa palavra também, meio associada à página.”

2: Emojis em títulos podem aumentar sua taxa de cliques 👆

Digamos que você está usando emojis em títulos e meta descrições, e que eles não são enganosos ou spam. Eles têm a chance de melhorar sua taxa de cliques (CTR), gerando mais tráfego para suas páginas?

Alguns especialistas em SEO acreditam que sim, embora não haja dados claros para comprovar isso.

O que sabemos é que 92% dos usuários da internet usam emojis quando se comunicam. Na verdade, 36% dos millennials consideram que os emojis expressam seus pensamentos e sentimentos melhor do que palavras.

Então, dependendo do seu negócio, pode ser uma ótima ideia incluir emojis para aumentar a visibilidade da sua página na SERP e atrair a atenção dos leitores.

Por exemplo, se você tem uma pizzaria e quer aparecer no radar de alguém que está procurando por “🍕 perto de mim”, então você pode escrever versões do seu título usando o emoji de pizza. É tudo uma questão de ter uma hipótese e colocá-la à prova.

A empresa SplitSignal, por exemplo, fez um experimento para investigar o impacto de um emoji de bebida (🍹) no título de uma página de receita. O resultado foi uma CTR maior e um aumento no tráfego orgânico de 11,3%.

Conclusão 🔚

Então, aonde chegamos?

Emojis podem tornar seu negócio mais amigável e acessível, mesmo que não contribuam diretamente para o sucesso de suas estratégias de SEO.

Como citamos, é impossível ter 100% de certeza de que seus emojis aparecerão nos resultados de pesquisa. Mas, se aparecerem, eles podem influenciar positivamente sua CTR e tráfego.

Isso realmente depende do seu negócio, do seu mercado e de quem você está tentando alcançar.

Nesse sentido, aqui vai uma dica para entender melhor seu público: confira nosso gerador interativo e construa sua buyer persona para conhecer todos os aspectos de seus clientes ideais!