Pesquisa: TikTok e Facebook estão aprovando anúncios com fake news sobre eleições. Como podemos ajudar a conter isso?

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A disseminação de conteúdo traz todo tipo de informação. Mas, às vezes, essas peças não são 100% verdadeiras. Em outubro e novembro, estaremos enfrentando importantes eventos políticos em todo o mundo. Temos o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil e as eleições de meio de mandato nos EUA (midterms). Esses tempos são perfeitos para analisar se nossas tentativas de combater fake news são suficientes.

No entanto, parece que não são. De acordo com uma nova pesquisa da Global Witness and the Cybersecurity for Democracy (C4D), o TikTok e o Facebook ainda estão falhando em detectar desinformação nítida sobre as eleições.

Por que nos preocupamos tanto com a legitimidade da informação? Porque esquecemos que as redes sociais se tornaram ferramentas para moldar a realidade. As pessoas tomam decisões com base no que veem em seus feeds.

Então, a discussão sobre a responsabilidade pelo que publicamos nas mídias sociais ainda é relevante.

Qual foi o desempenho do Youtube, TikTok e Facebook no levantamento?

Nesse experimento, os pesquisadores da Global Witness enviaram 20 anúncios com afirmações falsas no Facebook, TikTok e Youtube. De alguma forma, o Youtube conseguiu detectar todos os envios, mas esse resultado não se aplica ao Facebook e ao TikTok.

De acordo com o relatório, o TikTok aprovou 90% dos anúncios que continham informações descaradamente falsas ou enganosas. Enquanto isso, o Facebook aprovou um “número significativo”, de acordo com o relatório, embora visivelmente menor que o TikTok.

Em contrapartida, a Meta, em suas informações oficiais sobre as eleições de meio de mandato, reforçou seus compromissos em evitar interferências nas votações e compartilhar informações confiáveis.

Além disso, um porta-voz do Facebook declarou que o teste foi “baseado em uma amostra muito pequena de anúncios e não é representativo, dado o número de anúncios políticos que analisamos diariamente em todo o mundo”.

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Algo semelhante está acontecendo no Brasil. A mesma ONG, Global Witness, descobriu como o YouTube e o Facebook estão permitindo informações falsas durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

O que foi feito para acabar com as fake news?

Os líderes das grandes redes sociais não ficaram calados. O porta-voz do Facebook também acrescenta: “nosso processo de revisão de anúncios tem várias camadas de análise e detecção, antes e depois de um anúncio ser publicado” para responder à alegação da Global Witness.

Por outro lado, podemos ver como eles fizeram declarações e diretrizes tanto para as eleições nos EUA quanto para as eleições presidenciais no Brasil. Eles compartilham alguns pontos, como:

  • Investir em equipes especializadas;
  • Identificar potenciais ameaças em tempo real;
  • Trabalhar com fact-checkers independentes;
  • Defender a transparência

Parece que a Meta e o TikTok estão de alguma forma conscientes desse problema. E eles apreciam o feedback dado por diferentes organizações. No entanto, as fake news nas plataformas digitais ainda são um fenômeno novo e levará mais tempo para vermos mudanças relevantes.

Como combater fake news durante eventos políticos?

As campanhas políticas são complicadas, e devemos admitir que alguns partidos jogam sujo. Isso não tem nada a ver com redes sociais, mas como essas ferramentas terem adquirido mais camadas.

Uma prática interessante é um alerta feito pelo Twitter. Trata-se de uma mensagem que lembra você de ler todo o artigo antes de retuitar. Com esse aviso, é possível impedir que as pessoas compartilhem informações enganosas.

O lado positivo é que engenheiros e desenvolvedores já estão trabalhando para melhorar algoritmos e processos de fact-checking. Enquanto eles estão aprimorando essa tecnologia, é nossa responsabilidade como prosumidores de conteúdo aprender a identificar informações enganosas. Felizmente, existem muitas ferramentas de fact-checking que podemos usar, além de fazer uma pesquisa rápida no Google.

Checar as informações que lemos deve ser um novo hábito para manter a democracia em todo o mundo. Assim como não devemos acreditar em tudo que vemos na TV, não devemos acreditar em tudo que está na internet.

Dessa forma, podemos aprender como podemos criar nossos próprios critérios com base em fatos e informações confiáveis.

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