Gestor de tráfego: o que é e o que faz

Um Presente Pra Você

Empresas que contam com um gestor de tráfego costumam apresentar resultados superiores em sua estratégia digital.

E não é por acaso, afinal, esse é um profissional cada vez mais valorizado.

O motivo para isso é simples: ele é responsável por fazer marcas, produtos e serviços aparecerem na internet.

Para isso, utiliza principalmente as plataformas de mídia paga, nas quais foram investidos no ano passado mais de US$ 144 bilhões (matéria em inglês).

Tudo indica que esses investimentos só tendem a aumentar, já que as projeções apontam para mais de US$ 190 bilhões movimentados a partir de 2024.

Em um mercado em franca expansão, só quem conta com os melhores especialistas consegue de fato se destacar.

O gestor de tráfego é um deles.

Conheça suas funções e quais vantagens competitivas ele pode gerar para uma empresa. 

O que é gestão de tráfego?

Em marketing digital, chama-se tráfego o fluxo de visitantes de um site.

Quanto mais visitantes são atraídos, maior a visibilidade e, em consequência, maiores as chances de serem atingidos os objetivos de negócio.

Para isso, o tráfego precisa ser qualificado e segmentado, ou seja, formado por pessoas com real interesse e algum conhecimento sobre as soluções que o site apresenta.

Não adiantaria muito, por exemplo, eu ter um site de uma loja de artigos de pesca que atraia pessoas sem qualquer interesse nessa atividade.

O tráfego de visitantes precisa ser monitorado o tempo todo, de maneira a assegurar que os investimentos em mídia paga estão sendo bem direcionados.

Essa e outras funções fazem parte das rotinas de gestão de tráfego, na qual o gestor é o principal especialista.

Quais as funções de um gestor de tráfego?

O gestor de tráfego utiliza os canais de mídia paid-per-click (PPC), portanto, estamos falando de um profissional que lida essencialmente com anúncios.

Ele acumula uma grande variedade de funções, de modo que possa orientar os esforços de marketing digital com objetivo de obtenção de tráfego.

Afinal, é necessário manter a roda sempre girando.

Quem não se faz notar constantemente, está fadado a ver as receitas minguarem.

De certa forma, a gestão de tráfego é a aplicação da máxima “dinheiro gerando dinheiro”.

É uma prática que demanda investimentos constantes para potencializar os resultados das empresas, principalmente as que atuam no varejo.

Vamos então conhecer as principais funções desse gestor e de que forma elas influenciam nos resultados de um negócio na internet.

Definição de estratégia

Ganhar audiência é bom, mas em marketing digital, não é qualquer audiência que serve.

Esse é um princípio que todo gestor de tráfego deve seguir, a fim de gerar tráfego de pessoas que realmente se encaixem no perfil de público ideal para um site.

Como fazer para atrair visitantes que realmente tenham interesse nos conteúdos, produtos e serviços específicos que você ou seu cliente oferece?

A resposta para essa pergunta não poderia ser outra: montando uma estratégia.

Ela começa na definição do próprio público-alvo, ao construir uma buyer persona.

Conhecendo o tipo de audiência que se pretende atrair, o gestor pode então definir as melhores plataformas para isso, entre outras medidas estratégicas.

Definição de budget

Gerar tráfego pago não é só uma questão de ter ou não ter grana.

Já vi empresas investirem muito em campanhas e, no final, não obterem sequer o retorno para cobrir seus gastos.

Como vimos, tudo começa pela estratégia, que também serve para diminuir os riscos de prejuízos.

A partir da estratégia, o gestor pode definir o quanto poderá gastar, levando em conta os diversos fatores envolvidos.

Ele faz isso sempre contando com as lideranças da empresa para a qual venha a prestar serviços.

Dependendo de quanto seja reservado para o marketing, ele pode optar por uma ou outra estratégia direcionada à mídia PPC.

Distribuição de conteúdo e verba

Digamos, por exemplo, que foi definida uma estratégia omnichannel, na qual a empresa investirá em diversas plataformas de mídia paga.

Nesse caso, o gestor considerará as características de cada uma, de modo a distribuir o orçamento da forma mais equilibrada possível.

Se uma marca que trabalha no segmento B2B (venda de empresa para empresa) quiser aumentar seu tráfego, talvez seja mais adequado reservar mais verba para o Linkedin Ads do que para anúncios no Twitter, por exemplo.

Esses detalhes precisam ser colocados em perspectiva na hora de definir quanto vai ser investido em cada campanha paga.

Não há espaço para o erro ou, quando ele existe, é mínimo.

Por isso, o gestor de tráfego precisa ser um profissional com grande percepção do mercado e conhecimento sobre as principais plataformas de anúncios.

Produção de relatório

Como em toda atividade ligada ao marketing digital, a de gestor de tráfego depende de dados para balizar as decisões.

Ele faz isso por meio dos relatórios que ele mesmo gera, utilizando para isso as diversas ferramentas de analytics.

É a partir dos resultados mostrados nesses relatórios que ele poderá decidir sobre o que fazer nas próximas campanhas, sempre respaldado pela direção da empresa.

Esse é o documento que vai dizer o que está e o que não está funcionando, de modo que eventuais ajustes possam ser feitos.

Imagine, por exemplo, que de um mês para o outro, o número de conversões caiu em razão de problemas de usabilidade apontados pelo Google Search Console.

Nesse caso, cabe ao gestor de tráfego, junto aos desenvolvedores do site, encontrar a solução adequada para que problemas de UX não afetem a performance dos anúncios.

Relacionamento

O gestor de tráfego pode trabalhar para empresas, como um colaborador contratado, ou para agências de marketing digital, que atendem diversos clientes.

Quando presta serviços diretamente, ele tem que se reportar aos diretores que o contrataram, a fim de mostrar resultados ou para pedir orientações e esclarecimentos.

Nas agências, o gestor de tráfego pode cuidar ao mesmo tempo de diversas contas para diferentes clientes.

Em ambos os casos, ele precisa saber se relacionar bem, até para que tenha a abertura necessária para tomar suas decisões com mais autonomia.

Nas agências, a habilidade de se relacionar é testada em seus limites, considerando que muitas vezes o gestor terá que gerir dezenas de contas.

Busca por palavras-chave

Mídia paga e orgânica têm muitas diferenças, mas um ponto em comum: ambas dependem de palavras-chave para potencializar o alcance das publicações.

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Decidir quais dessas palavras serão utilizadas é mais uma tarefa do gestor de tráfego, considerando as muitas variáveis envolvidas.

Uma delas é o volume de busca para um certo termo, que, quanto maior, mais chances de atrair tráfego.

Porém, volumes altos nem sempre são vantajosos ao explorar mídia paga, já que geram custos mais altos por clique.

Em algumas situações, vale mais utilizar termos com menos buscas mensais, mas com uma concorrência menor e, assim, custos menores.

Essas e outras decisões cabem sempre ao gestor de tráfego, levando em conta a estratégia e os objetivos da empresa.

Qual a importância desse profissional?

Não vou negar, sou um defensor da otimização para motores de busca e do retorno que esse tipo de atividade gera no longo prazo.

No entanto, há casos em que não há tempo ou recursos suficientes para esperar pela consolidação do tráfego orgânico.

A mídia paga, nesse caso, é a melhor opção para gerar audiência rápida e qualificada, por meio de anúncios.

Como vimos, esses anúncios precisam ser veiculados de acordo com uma estratégia cuidadosamente elaborada.

É aqui que entra o gestor de tráfego, o especialista que vai direcionar os esforços e os recursos, de modo a obter os melhores resultados.

Quais os tipos de gestor de tráfego?

Como vimos, tráfego não é sempre igual, e isso se aplica inclusive ao que é gerado pela mídia paga.

Embora o gestor de tráfego possa atuar como um profissional generalista, sem foco em um tipo específico, em certos casos, a especialização é um caminho natural a seguir.

Vai depender de alguns fatores, como o porte da empresa, a “maturidade digital” e os próprios resultados que ela tem com as diferentes modalidades de campanhas patrocinadas.

O certo é que, quanto mais o gestor dominar os diferentes canais de geração de tráfego, melhores tendem a ser os resultados em suas estratégias e ações.

Confira a seguir os principais deles.

Social Ads

O tráfego social ou Social Ads é gerado por toda e qualquer rede social, com destaque para o Facebook, Instagram, Linkedin e Twitter.

Isso acontece por meio de anúncios veiculados nas plataformas específicas de cada uma dessas redes, exigindo assim uma cuidadosa avaliação do perfil dos usuários.

No Linkedin, por exemplo, os anúncios são mais indicados para uma estratégia de branding e de geração de tráfego qualificado, sem visar necessariamente conversões, em razão da sua pegada “corporativa”.

Já no Instagram, os anúncios podem ser estruturados para explorar vendas em e-commerce e até para downloads de aplicativos, tanto no Google Play quanto na Apple Store.

Google Ads

No caso do gestor de tráfego especializado em Google Ads, o foco das campanhas recai no uso das palavras-chave.

A partir do que já vimos, ele precisará utilizá-las estrategicamente, selecionando termos que tenham um volume razoável de buscas, mas que não apresentem tanta concorrência.

Por esse motivo, muitos gestores de tráfego especializados em anúncios no Google são especialistas também em SEO.

E isso é sempre bem-vindo para quem pretende explorar também o tráfego orgânico – os dois podem e devem andar juntos.

Gestor de tráfego no Instagram

Uma das especialidades que mais vejo crescer no mercado é a de gestor de tráfego para Instagram.

Provavelmente porque essa é a rede social que mais cresce no Brasil, o segundo país com maior número de usuários, atrás somente dos Estados Unidos.

Quem se especializa em gerar tráfego pago nessa rede social precisa conhecer a fundo a plataforma de anúncios do Facebook, por onde as campanhas no Instagram são geridas.

Também precisa saber configurar o Pixel do Instagram, fundamental para monitorar os resultados e desenvolver estratégias de remarketing.

Multidisciplinar

Esse é o tipo de profissional que as empresas mais querem, afinal, um gestor multidisciplinar consegue atuar em várias frentes com a mesma desenvoltura.

Ele consegue elaborar estratégias para Social Ads com a mesma maestria com que desenvolve para mídia programática e até para Native Ads.

O conhecimento amplo sobre canais variados permite ainda a diversificação de estratégias conforme os objetivos e o custo-benefício de cada plataforma.

Ou, se a empresa dispõe de verba suficiente, pode também atacar em todas essas frentes, gerando ainda mais tráfego e visibilidade.

Facebook Ads

Ainda que já não cresça com a mesma força de antes, o Facebook continua sendo a maior rede social do mundo.

Sua plataforma de anúncios gera receitas que aumentam a uma taxa de 2,2% ao ano (dados em inglês) nos últimos 10 anos.

Não é pouca coisa.

Hoje, Facebook, Instagram, WhatsApp e o Messenger são geridos por uma única empresa, a Meta.

Lembre que, no Facebook, a mídia paga pode ser explorada de diversas formas.

Alguns dos formatos mais utilizados são os anúncios visando reconhecimento de marca, instalações de aplicativo e geração de cadastros, entre outras possibilidades.

Como se tornar um gestor de tráfego?

Em muitos casos, o gestor de tráfego é um especialista que vem do marketing digital.

Boa parte começa exercendo essa função nas empresas e decide se especializar depois, por força das circunstâncias.

De qualquer forma, existem cursos online que formam gestores de tráfego, como o da Udemy, no qual você pode aprender a gerir anúncios no Google, Facebook e Instagram.

Quanto ganha um gestor de tráfego?

Os salários para o cargo de gestor de tráfego variam, com uma média de R$ 2,5 mil mensais no Brasil, segundo o site Glassdoor.

Como se trata de uma média que inclui profissionais de diferentes estágios da carreira e regiões do país, podemos dizer sem medo de errar que não é difícil encontrar empresas pagando salários acima de R$ 5 mil nas grandes metrópoles.

Também é possível ganhar bem mais do que isso trabalhando de forma autônoma, atendendo diversos clientes, ou para agências especializadas que paguem mais.

Conclusão

Está pensando em se tornar um gestor de tráfego?

As perspectivas são boas.

Essa é uma função cada vez mais requisitada pelas empresas, e o mercado deve continuar crescendo nos próximos anos.

Caso você esteja à frente de um negócio e queira gerar mais conversões e oportunidades de venda, então não deixe de contar com os serviços de um desses especialistas.

Espero que você tenha gostado deste conteúdo.

Agora, eu quero saber a sua opinião sobre a carreira de gestor de tráfego.

E se você tem uma empresa, use os comentários para tirar dúvidas ou expressar a sua opinião.

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